A Arte de Elaborar Planos
Motivacionais
Por Evaldo Costa
29/05/2008
Você elabora planos
motivacionais com freqüência?
Tem conseguido bons resultados?
Recorre a alguma técnica em
especial? Pois saiba que
resultados otimizados com ações
motivacionais só ocorrem quando
alguns cuidados básicos são
observados.
A motivação é um fenômeno
psicológico. O ser humano vive
em busca de experiências. Seja
ela subjetiva, como amar e ter
uma carreira profissional de
sucesso ou experiências
objetivas, como os cuidados
físicos e independência
financeira. Em quase tudo sempre
haverá uma questão humana
determinante. Pode ser uma
atitude, uma crença, uma
insatisfação, comportamento etc.
que, de fato, funcionará como o
fiel da balança entre o triunfo
ou fracasso da missão.
“Resultados dependem de nossa
motivação. Motivação é ter um
‘motivo para a ação’ Descubra
qual o seu motivo para a ação, e
seja uma pessoa de sucesso.
Basta querer!”
Dirk Wolter
Podemos considerar que a
motivação é a mola propulsora
para a realização otimizada de
qualquer processo. Um time
depende da sinergia do grupo
para fazer a diferença. Ter um
bom motivo para ação pode ser a
diferença entre o sucesso e o
fracasso do projeto. Se formos
buscar a origem da palavra
motivação, vamos constatar que
vem do latim motivus, que
significar mover. Ou seja, mover
para fazer alguma coisa.
Muitas vezes, recorrer ao
esporte coletivo pode ser uma
boa forma de encontrar bons
exemplos para o mundo
corporativo. Recentemente,
presenciamos uma magnífica
equipe do futebol brasileiro que
conseguiu reunir talento e muita
motivação. O resultado foi a
conquista do principal torneio
nacional com algumas rodadas de
antecipação. Porém, com o título
assegurado o time pareceu não
ter encontrado uma outra boa
razão para continuar vencendo.
Acabaram derrotados por
adversários tecnicamente
inferiores nas últimas rodadas.
Ao elaborarmos uma ação
motivacional é aconselhável
recorrer a alguns conceitos
fundamentais, senão vejamos:
para Abraham Maslow, a fonte da
motivação está ligada às
necessidades humanas, que podem
ser biológicas ou intuitivas.
Para ele, no interior de cada
ser humano, existe uma
hierarquia de necessidades:
fisiológicas, de segurança,
sociais, afeto e
auto-realização. Já a teoria de
ERC ensina que devemos trabalhar
em três frentes de necessidades
humanas: de existência,
relacionamento e de crescimento.
“Metas são necessárias não
apenas para motivar. Elas são
essenciais para nos manter
vivos.”
Roberto H. Sderller
Também, podemos refletir sobre a
teoria X e Y de Douglas
McGregor. Muito embora haja
contestações, acho que há muito
a ser assimilado, por exemplo,
na questão do trabalho como
fonte de satisfação do ser
humano, da receptividade do
trabalhador por novos desafios e
da habilidade dos membros do
grupo em compartilhar e tomar
decisões. Também, não devemos
ignorar a teoria dos dois
fatores ou teoria da
motivação-higiene de Frederick
Herzberg, como também é
conhecida. Ele defende que a
motivação resulta da natureza da
tarefa e não somente de
recompensas ou das condições do
trabalho.
Trazendo essas teorias para o
campo prático, eu quero crer,
que ao elaborar ações
motivacionais devemos, no
mínimo, nos ater aos seguintes
pontos:
a) Criação de metas
inteligentes: desafiadoras,
porém factíveis;
b) Participação dos agentes
envolvidos. Ao invés de criar e
repassar as metas pedir que cada
um crie o seu próprio objetivo e
negocie a viabilidade da mesma
com o seu líder;
c) Mantenha feedback constante
para toda a organização da
performance das equipes;
d) Recompense bem
financeiramente e com honraria.
Muitas vezes, uma carta para a
esposa exaltando as qualidades
do marido funciona mais que um
prêmio em dinheiro;
e) Regras simples, transparentes
e objetivas;
f) Contemplar pontos
qualitativos e quantitativos;
individuais e coletivos;
g) Não remunerar de forma
parcial. Ou se atinge a meta e
ganha-se o acordado ou nada
feito;
h) Inove nas campanhas de
incentivos. Prêmios de viagens
(misto de lazer com trabalho –
congressos) são sempre ótimas
oportunidades para provocar o
desenvolvimento pessoal e
profissional à medida que expõe
o participante a novas culturas
e aprendizados;
i) Recorrer à ajuda de
consultores especializados.
Tudo isso é muito importante,
mas ao contratar gente para a
sua equipe, dê preferência por
profissional automotivado.
Aquele que depende de terceiro
para atingir sua motivação
máxima quase sempre ficará a
reboque dos que não têm essa
dependência.
Pense nisso e ótima semana,
Leia mais aqui:Teoria de Maslow - A Pirâmide de Maslow
Evaldo Costa é Escritor,
Consultor, Conferencista e
Professor. Autor dos livros:
“Alavancando resultados através
da gestão da qualidade”, “Como
Garantir Três Vendas Extras Por
Dia” e co-autor do livro
“Gigantes das Vendas”