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Comunicação Interpessoal na Empresa

Por Maria Rita Gramigna

29/03/2007


A comunicação entre os seres humanos faz história através dos tempos. Haja Babel!
Digo gato, o outro entende sapato, tenho uma intenção e recebo uma reação inesperada e adversa. Sorrio e tenho como resposta expressões de desagrado. Pergunto sobre flores recebo espinhos.
Ouvindo a música “ a seta e o alvo” (Paulinho Moska e Nilo Romero) imediatamente sua letra fez-me pensar nos desencontros entre as pessoas no ambiente empresarial e destacar algumas falas, inspiradas na letra, das quais vou tratar neste artigo, e que influenciam sobremaneira na comunicação e nos relacionamentos:
... enquanto alguns andam no labirinto, outros caminham em linha reta. Eles querem a festa e seus pares só pensam em atingir a meta. Há aqueles que lançam a alma no espaço e outros ficam com os pés na terra. Há os que querem saber a verdade e aqueles que se preocupam em não se machucar. Olhar o infinito ou colocar óculos escuros? Experimentar o futuro ou lamentar-se pelo que não se é ? Correr riscos ou se satisfazer com metades? Liberdade ou portas fechadas?
Desde que iniciei minha atuação como facilitadora de grupos empresariais, em treinamento e desenvolvimento (e lá se vão mais de vinte anos!) o tema comunicação e relacionamento interpessoal tem sido vasculhado, tratado, desenvolvido e teorizado por diversos especialistas. As publicações são diversas e sua abrangência é infinita.
O processo aparentemente simples, está em meio a um paradoxo: os diversos meios de comunicação se expandem (principalmente devido aos avanços tecnológicos) enquanto as pessoas se afastam mais e mais, perdendo a oportunidade de encontrar um ponto comum – um alvo – que permita o realinhamento dos relacionamentos.
Como conseqüência, estamos diante de um ambiente altamente tecnológico, onde os mais modernos recursos de comunicação estão cada vez mais acessíveis e eficientes, administrados e manuseados por pessoas que não se alinham, levando os empresários e gerentes a uma atuação desintegrada, afetando os resultados do negócio.
Quando ouço depoimentos de gerentes que se queixam do recebimento excessivo de e-mail sem importância, da dificuldade em reunir o staff para tratar de assuntos estratégicos e das omissões de informações importantes para o desenvolvimento de seu trabalho, percebo que a comunicação interpessoal está por trás deste cenário.
É para ela que nossos olhares devem se dirigir. Mas não podemos analisá-la somente sob a ótica do conhecimento ou da informação. Estes, podemos acessar livremente.
Ao tratar a comunicação interpessoal, precisamos compreendê-la como um processo que envolve duas palavras-chave: SABER e QUERER
Olhar o infinito ou colocar óculos escuros? Experimentar o futuro ou lamentar-se pelo que não se é ? Correr riscos ou se satisfazer com metades? Liberdade ou portas fechadas?
SABER
O saber, aqui caracterizado como aqueles procedimentos, fatos e conceitos apreendidos nas experiências vividas - as informações que recebemos e julgamos corretas no trato cotidiano com o outro.
Estes saberes por vezes tornam-se obsoletos quando não há uma atitude de constante curiosidade e vontade de aprender, de compreender e buscar a comunicação assertiva. Lidar com gente é diferente de lidar com algo inanimado.
O ambiente empresarial é formado por pessoas únicas, com um universo particular e expectativas variadas, onde todos interagem e, geralmente, apontam para alvos diferentes.

“ ...Há os que querem saber a verdade e aqueles que se preocupam em não se machucar...

...outros querem festa e seus pares só pensam em atingir a meta...”

O que um profissional deve saber para melhorar seu relacionamento interpessoal?

- Como funcionam os grupos em sua dinâmica.

- Quais as principais estratégias de comunicação interpessoal assertiva.

- Maneiras de decifrar os diversos códigos no seu ambiente, muitas vezes, ocultos e revelados de forma subliminar.

QUERER
O querer é o início de qualquer intenção de mudança. Se não houver a vontade pessoal em melhorar a comunicação interpessoal, de nada adianta possuir informações e conhecimentos específicos. O querer está relacionado com os momentos existenciais do profissional.

“ ...Há aqueles que lançam a alma no espaço e outros ficam com os pés na terra. Há os que querem saber a verdade e aqueles que se preocupam em não se machucar...”

Como resgatar o sonho, a vontade, o desejo de construir um ambiente qualitativo?
Talvez este seja o ponto crucial nas relações humanas. Ninguém ensina o outro a querer.
A melhor maneira de lidar com a descrença pessoal e a ausência de motivação para uma comunicação aberta é programar espaços dentro da empresa para trabalhar as emoções. É através de programas atitudinais, realizados em forma de seminários, workshop ou encontros sistematizados que as empresas vêm alcançando resultados neste sentido. Através do resgate da auto estima, o ser humano consegue enxergar as próprias possibilidades e tende a ver seus pares de forma mais positiva.
A conseqüência da mudança de atitudes reflete-se no clima de trabalho, na produtividade e amplia a vantagem competitiva daquela empresa que investiu no querer.
Hoje, os programas atitudinais constituem a base para a melhoria da comunicação interpessoal. Diversas são as empresas que mantém esta modalidade de trabalho.
Destacamos o exemplo da Bosch, com seu programa de sucessores e desenvolvimento de competências, cujos módulos além de valorizar conhecimentos e habilidades, enfatizam a mudança de atitudes. Seu programa de capacitação foi aberto com um seminário de Comunicação e Feedback e tive a oportunidade, como facilitadora, de constatar a importância deste tema como elemento alavancador de resultados.
Comunicação nos novos tempos.
O saber e o querer fazem a dobradinha do sucesso.
O quadro a seguir traz um somatório do que está sendo trabalhado nas empresas em que atuamos, podendo servir de sinal para o investimento na comunicação interpessoal.

 

O SABER O QUERER

Blocos temáticos:

• Métodos

• Técnicas

• Processos

• Ferramentas

Tipos de intervenções:

• Treinamento específico

• Aprendizado no ambiente de trabalho.

• Mentoramento

• Grupos de aprendizagem

• Aconselhamento

• Redes de feedback

Blocos temáticos:

• Comunicação interpessoal

• Fortalecimento da identidade

• Auto estima

• Visão de mundo e visão sistêmica

• Realinhamento comportamental

• Integração

Tipos de intervenções:

• Seminários vivenciais

• Auto diagnósticos com ferramentas específicas

• Aconselhamento

• Redes de feedback


Maria Rita Gramigna é Mestre em Criatividade Total Aplicada pela Universidade de Santiago de Compostela (Espanha). Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos pela UNA – União de Negócios e Administração (MG). Atua no Mapeamento de Competências, contatos estratégicos com clientes, capacitação gerencial e treinamento da equipe de consultores da MRG Consultoria e Treinamento Empresarial.




 


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