Gestão de Mudanças
Por Ricardo Aun
24/01/2008
"Mudar significa evoluir, transformar, deixar um patamar para
alcançar outro."
Em uma organização, as mudanças podem ser impulsionadas por fatores
externos, como adesão às novas tecnologias para acompanhar a
demanda, ou ainda, por almejar crescimento em relação aos seus
concorrentes. Há ainda diversos outros impulsos para mudanças, como
a inserção de novos produtos e serviços, a conquista de novos
clientes ou manutenção dos que detém - cada vez mais exigentes -,
inserção de programas de responsabilidade social e ainda a
transformação da imagem empresarial com os públicos os quais ela se
relaciona.
Sabemos que tudo é passível de mudanças, e normalmente quando essas
ocorrem trazem expectativas de compensadores novos tempos. Governos
mudam de tempos em tempos; em nossas vidas pessoais também há
mudanças, seja de emprego, de casa ou de vida. Dessa forma, podemos
considerar as mudanças como um processo natural. Já para uma empresa
quando resolve mudar é sinônimo de modernidade e flexibilidade.
Mudar significa evoluir, transformar, deixar um patamar para
alcançar outro.
Num primeiro momento, qualquer mudança requer o desejo para que ela
aconteça e, para tanto, precisa existir o conhecimento profundo da
organização e de seus negócios, chamado de diagnóstico
organizacional. Nessa hora é preciso buscar a visão macro da
empresa, e quando são levantados os dados de como está ela está em
relação à concorrência e seus clientes, os seus problemas e causas
geradoras de tais, análises das situações atuais, seus pontos
fortes, onde se almeja chegar, e também se existe e quem são as
pessoas capazes de tal feito.
É o "raio X" de coisas que nem sempre gostaríamos de ver ou saber,
mas que são extremamente necessárias para que as mudanças sejam
positivas e tragam melhorias para a organização, causando o menor
ônus material e o menor trauma humano possível. A partir desse
momento é que começa a transformação. É quando passamos a enxergar
nossos erros e acertos e ver também o que pode ser melhorado. Daí
traça-se o futuro desejado para a empresa.
Quando pensamos saber tudo sobre o nosso negócio é que estamos
prontos para qualquer alteração no percurso. E o ponto crucial é
como gerenciar essas mudanças sem trazer problemas ou rupturas? Como
podemos mudar uma empresa, um departamento, uma área de atendimento
ou qualquer outro setor?
Trabalhamos agora com fatos. Se uma organização, de qualquer tamanho
ou ramo, decide mudar e aperfeiçoar seus departamentos e divisões,
entre elas, a sua área de Tecnologia da Informação,
conseqüentemente, a empresa e os seus colaboradores irão modernizar
seus métodos de trabalho, muitas vezes, tornando-os mais simples e
diretos. Mas ter a certeza dos benefícios dessa nova gestão de
tecnologia da informação à empresa cabe um estudo profundo das reais
necessidades e de como ficará a companhia após a implantação.
Se relembrarmos da industrialização do País, os empregados que
resistiram as demissões em massa tiveram que se adaptar e deixar de
fazer tudo manualmente e passaram a contar com a ajuda das máquinas.
Da mesma forma, quando deixamos a nossa máquina de escrever para
utilizarmos os nossos modernos computadores ou quando trocamos
nossos laptops pelos i-phones houve também um processo de mudança,
da relação com o trabalho, da forma de contratação etc. Tudo muda,
tudo evolui, tudo se transforma! É um processo natural do ser humano
e da sociedade.
Quando há pouco questionamos se existem e quem são as pessoas
capazes de tal feito, falamos sobre a expertise dos gestores na
condução dessas alterações, pois tal processo quase sempre é visto,
pela própria empresa ou pelos seus funcionários, como uma ameaça ao
que se já tem estabelecido e, portanto, reconhecido por nós como
algo seguro e imutável, nossa zona de conforto. Com todos os
horizontes estabelecidos, cabe agora o envolvimento do corpo
funcional com a transformação que virá.
Prepare e alerte a sua equipe, todos devem estar envolvidos, pois
terão o impacto, de uma forma ou de outra, das mudanças. Num
primeiro momento todos devem estar esclarecidos sobre as novas
diretrizes da empresa, pois são os principais reflexos dos novos
direcionamentos, seja no trato com os clientes ou ainda nos
relacionamentos internos. Mudar agora significa transformar também a
cabeça das pessoas.
Temos que orientá-las de acordo com o que almeja a empresa. Se
desejarmos crescer, o nosso foco está em trabalhar para que isso
ocorra, todos juntos, em uma só direção.
Um atributo básico e fundamental é a qualidade, quando se muda de um
patamar para outro, deve-se manter o que já existe, criá-la se ainda
não a detém e preparar-se para aprimorá-la no novo processo.
Qualidade no atual mercado corporativo é o que garantirá a sua
sobrevivência, pois quantos concorrentes existem no setor, então
priorize isso para manter e conquistar clientes pela excelência.
Se estivermos com horizontes e com o planejamento estratégico
definido, as novas práticas bem estabelecidas, o resultado de todas
as mudanças, independente de qual instância ocorrer,
conseqüentemente, será o sucesso.
Ricardo Aun, é pós-graduado em Marketing de Gestão Empresarial e
formado em Publicidade e Propaganda. Atualmente é diretor Comercial,
de Marketing e Canais da New Age Software
(www.newage-software.com.br), software-house que atua na gestão de
negócios empresariais em médias e grandes corporações. e-mail:
(linkaun@linkportal.com.br).