Quebrando Paradigmas se Constrói
Soluções
Por Luiz Renato Roble
12/06/2007
Latinos são calientes, americanas bregas. Baianos são preguiçosos, gaúchas bonitas. Médicos são frios, advogadas calculistas. O mercado está retraído e as empresas só devem aplicar em propaganda, marketing, promoção e design, na época do natal.
Rótulos, pré-conceitos e paradigmas. Desde que o mundo é mundo e o Homem começou a acreditar que já raciocinava, iniciou-se a mania universal de rotular as pessoas, desenvolver preconceitos e criar paradigmas. Os que nascem além do vale têm tacapes menores, uga. As que têm cabelos da cor do milho, não sabem como ascender fogo, uga, uga. Macho que é macho só come carne crua, uga, uga, uga.
Trabalhando há 14 anos com design, pude deparar com alguns rótulos, preconceitos e paradigmas deste setor, que apesar de hoje estar tão em voga, há poucos anos atrás, ninguém sabia bem o que era. Foi necessário explicar a muita gente boa o que realmente fazia um escritório de design. Muitas vezes lutei contra rótulos, argumentando pacientemente que design não é caro, que não é gasto, é investimento, que não é só para empresas grandes e que deve ser o mais simples e claro possível. Acredito que assim, venho contribuindo para a construção de uma profissão respeitável, reconhecida e com rótulos, somente, os dos produtos.
Além da luta contra os rótulos, é preciso combater certos preconceitos, argumentando que os brasileiros têm talento e que fora do eixo Rio-São Paulo também existem boas empresas de design. É bom lembrar que no Brasil até pouco tempo atrás, trabalhos de design eram solicitados, mais a agências de publicidade e a escritórios de arquitetura, do que a escritórios especializados em design. A quebra de paradigmas como este é sempre uma constante. Ao contrário dos Estados Unidos e países da Europa, onde cada empresa procura atuar, e bem, em sua especialidade, ainda existe no Brasil o medo de repartir o trabalho, deixando a cada empresa aquilo que realmente é a sua especialidade. A boa notícia é que aos poucos este paradigma está sendo quebrado e, felizmente, cada vez mais vemos parcerias produtivas entre agências de publicidade, empresas de arquitetura e escritórios de design. Neste tipo de parceria ganha todo mundo, principalmente o cliente que leva o melhor do que cada área pode oferecer.
Para que um simples rótulo transforme-se em um preconceito, basta um passo. Um passo para trás, em direção à indiferença, à segregação, à injustiça e a guerra. O triste é que pouca gente vê que ter preconceitos é algo tão pré-histórico quanto arrastar a mulher pelos cabelos até a caverna. Quebrar paradigmas é justamente deixar este tipo de pensamento de lado, progredir de alguma forma tendo assim, uma visão mais abrangente da vida.
Luiz Renato Roble criacao@datamaker.com.br
Designer e Diretor de Criação da Datamaker Designers www.datamaker.com.br
Fonte: Datamaker
Por Luiz Renato Roble
12/06/2007
Latinos são calientes, americanas bregas. Baianos são preguiçosos, gaúchas bonitas. Médicos são frios, advogadas calculistas. O mercado está retraído e as empresas só devem aplicar em propaganda, marketing, promoção e design, na época do natal.
Rótulos, pré-conceitos e paradigmas. Desde que o mundo é mundo e o Homem começou a acreditar que já raciocinava, iniciou-se a mania universal de rotular as pessoas, desenvolver preconceitos e criar paradigmas. Os que nascem além do vale têm tacapes menores, uga. As que têm cabelos da cor do milho, não sabem como ascender fogo, uga, uga. Macho que é macho só come carne crua, uga, uga, uga.
Trabalhando há 14 anos com design, pude deparar com alguns rótulos, preconceitos e paradigmas deste setor, que apesar de hoje estar tão em voga, há poucos anos atrás, ninguém sabia bem o que era. Foi necessário explicar a muita gente boa o que realmente fazia um escritório de design. Muitas vezes lutei contra rótulos, argumentando pacientemente que design não é caro, que não é gasto, é investimento, que não é só para empresas grandes e que deve ser o mais simples e claro possível. Acredito que assim, venho contribuindo para a construção de uma profissão respeitável, reconhecida e com rótulos, somente, os dos produtos.
Além da luta contra os rótulos, é preciso combater certos preconceitos, argumentando que os brasileiros têm talento e que fora do eixo Rio-São Paulo também existem boas empresas de design. É bom lembrar que no Brasil até pouco tempo atrás, trabalhos de design eram solicitados, mais a agências de publicidade e a escritórios de arquitetura, do que a escritórios especializados em design. A quebra de paradigmas como este é sempre uma constante. Ao contrário dos Estados Unidos e países da Europa, onde cada empresa procura atuar, e bem, em sua especialidade, ainda existe no Brasil o medo de repartir o trabalho, deixando a cada empresa aquilo que realmente é a sua especialidade. A boa notícia é que aos poucos este paradigma está sendo quebrado e, felizmente, cada vez mais vemos parcerias produtivas entre agências de publicidade, empresas de arquitetura e escritórios de design. Neste tipo de parceria ganha todo mundo, principalmente o cliente que leva o melhor do que cada área pode oferecer.
Para que um simples rótulo transforme-se em um preconceito, basta um passo. Um passo para trás, em direção à indiferença, à segregação, à injustiça e a guerra. O triste é que pouca gente vê que ter preconceitos é algo tão pré-histórico quanto arrastar a mulher pelos cabelos até a caverna. Quebrar paradigmas é justamente deixar este tipo de pensamento de lado, progredir de alguma forma tendo assim, uma visão mais abrangente da vida.
Luiz Renato Roble criacao@datamaker.com.br
Designer e Diretor de Criação da Datamaker Designers www.datamaker.com.br
Fonte: Datamaker