Serendipite ou Serendipity
por Daniel Portillo Serrano
20/09/2007
A palavra Serendipite representa
a descoberta, de forma
acidental, de algo que tenha ou
desperte muito valor para nós,
ou que nos seja útil. Pode ainda
significar a descoberta (também
acidental) de alguma coisa que
nos seja agradável.
A palavra foi criada no século
XVIII pelo escritor inglês
Horace Walpole, em uma carta que
ele escreveu ao seu amigo Horace
Mann, que na época morava em
Florença.
O motivo da carta era a
descoberta de uma pintura da
condessa de Toscana, Bianca
Capello: O teor da carta era:
"Esta descoberta é a do tipo que
vou chamar de Serendipite, uma
palavra muito expressiva que vou
tentar te explicar, já que não
tenho nada melhor a fazer: você
a compreenderá melhor através da
sua origem do que através de
definições. Eu li, uma vez, um
conto chamado "Os três príncipes
de de Serendip": Nele, suas
altezas realizavam contínuas
descobertas em suas viagens.
Descobertas por acidente e por
sagacidade, de coisas que, a
princípio, não estavam buscando.
Por exemplo, um deles descobre
que uma mula cega do olho
direito,andava sempre, na beira
da estrada pelo lado esquerdo,
já que lá, estava a grama já
comida. Compreende, agora o
Serendipity?"
Na Carta, ele se referia ao
conto "Os três Príncipes de
Serendip" (Serendip era, na
ocasião, o nome do Ceilão, atual
Sri Lanka). Os 3 príncipes
fazem, durante toda a narrativa
da história diversas descobertas
acidentais. Da mesma forma,
acabam se livrando de problemas,
dificuldades e chegam a ganhar
presentes, dons e dádivas,
sempre por acaso.
Em inglês costuma-se grafar
“Serendipity”, enquanto em
português se usam as formas
Serendipity, Serendipite ou
Serendipidade. Muitos a grafam
erroneamente como "Serendipiti".
O Termo é sempre utilizada por
cientistas quando alguma
descoberta positiva surge de um
experimento cujo objetivo tinha,
originalmente, outro fim.
Exemplos de descoberta
"serendipiticas" são: o
Princípio de Arquimedes
(Eureka... Eureka....),
Penicilina, Teflon, Nylon, Vidro
de segurança, Raios X e a
Dinamite.
Recentemente tem sido utilizada
em Psicologia, Administração e
Marketing. E, com certeza (já
que é muito difícil descrever ou
descobrir um sinônimo com o
mesmo significado), em breve
fará parte da linguagem
coloquial.
Daniel Portillo Serrano é Palestrante, Consultor e Professor. Bacharel em Comunicação Social com ênfase em Marketing Pela Universidade Anhembi Morumbi, e pós graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário Ibero-Americano - Unibero, Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Paulista - UNIP. É consultor de Marketing e Comportamento do Consumidor e editor dos sites Portal do Marketing e Portal da Psique . Tem atuado como principal executivo de Vendas e Marketing em diversas empresas do ramo Eletroeletrônico, Telecomunicações e Informática. É professor de Marketing, Administração, Estratégia, Comportamento do Consumidor e Planejamento em cursos universitários de graduação e pós-graduação. Contato: daniel@portaldomarketing.com.br .