Tipos Psicológicos
por Daniel Portillo Serrano
18/09/2000
Jung desenvolveu uma teoria
de tipificação onde cada
indivíduo foi caracterizado
de acordo com sua
orientação. Assim, as
pessoas poderiam ser
orientadas para o seu
interior ou para o seu
exterior. Para Jung,
entretanto, o indivíduo não
é totalmente introvertido
(orientado para o seu
interior) ou extrovertido
(orientado para o exterior).
Algumas vezes a introversão
prevalece, em outras a
extroversão é mais
apropriada. Ambas, no
entanto, se excluem
mutuamente, de forma que não
se pode manter as duas
prevalecendo ao mesmo tempo.
Ele também enfatizava que
nenhuma das duas seria
superior, melhor ou mais
adequada que a outra,
afirmando que o mundo
precisaria dos dois tipos de
pessoas.
Os introvertidos
concentram-se em suas
próprias idéias, tendendo à
introspecção. O problema de
tais pessoas é viver de
forma exagerada em seu mundo
interior, perdendo o contato
com o mundo exterior e com
os estímulos que lhe são
inferidos. O consumidor
distraído, é um exemplo
claro deste tipo de pessoa
absorta em suas reflexões.
Os extrovertidos,
por outro lado, são
envolvidos com o exterior
das pessoas. São,
normalmente, mais sociais e
mais preocupados com tudo
que ocorre à sua volta. Se
protegem para não serem
dominados por outras pessoas
e são muito mais facilmente
convencidos. Esses
consumidores são tão
orientados para os outros
que podem facilmente ser
levados a mudar sua opinião
ou convicção, ao invés de
demonstrarem suas próprias
idéias.
As Funções Psíquicas
Jung apresenta quatro tipos
psicológicos: Pensamento,
Sentimento, Sensação e
Intuição. Cada um desses
tipos pode ser tanto
introvertido quanto
extrovertido.
O Pensamento
O pensamento é uma maneira
opcional de elaborar
julgamentos e tomar
decisões. O Pensamento, está
relacionado à verdade, com
julgamentos derivados de
aspectos não pessoais,
lógicos e não subjetivos. As
pessoas que se encaixam na
função do Pensamento, são
reflexivas. Esses tipos
gostam de planejar e se
prendem a suas idéias,
planos e teorias, mesmo que
por isso, sejam confrontados
com idéias contrárias.
O Sentimento
As Pessoas do tipo
sentimento são orientados
para o aspecto emocional.
Preferem emoções e
experiências fortes e
intensas, mesmo que
negativas, a experiências
que não tragam emoção. Os
princípios não materiais são
mais aceitos e valorizados
pela pessoa sentimental.
Para este tipo de indivíduo,
tomar decisões deve ser de
acordo com as idéias e
julgamentos próprios, como
por exemplo, o sim e o não,
o bem e o mal, do certo ou
do errado, do que agrada ou
não, ao invés de julgar em
termos de lógica ou
racionalidade, como faria
uma pessoa com a função
Pensamento mais
desenvolvida.
A Sensação
Jung classifica a sensação,
como uma maneira de obter
informações, diferentemente
da forma de chegar a uma
decisão. A Sensação se volta
para a experiência direta,
com detalhes, de fatos
racionais, materiais. A
Sensação se refere ao que
uma pessoa pode ver, tocar,
cheirar, ouvir, e sentir
materialmente. É a
experiência racional e se
sobrepõe sobre a dúvida ou a
análise do que se
experimenta.
Os indivíduos sensitivos
tendem a ser imediatistas
com resultados visíveis no
momento, e sabem lidar,
tranquilamente, com aspectos
negativos. Em geral estão
sempre prontos para o aqui e
agora.
A Intuição
A pessoa intuitiva processa
o conhecimento e os sinais
em termos de experiências já
vividas e objetivos a serem
alcançados através de
processos inconscientes. Os
resultados das experiências
são mais importantes para os
intuitivos do que a própria
experiência em si. Os
intuitivos obtém e
decodificam os sinais e as
informações rapidamente e
relacionam, automaticamente,
a experiência já vivida com
o que pode ser usado na
experiência atual.