Você Lida Bem com os Outros?
Por Lívia Torres
07/11/2007
Uma das coisas mais difíceis de se lidar no ambiente de trabalho são as outras pessoas, concorda? Seu emprego pode estar estressante, difícil, volumoso, mas se torna mais complicado de acordo com quem você convive durante as oito, dez, alguns até mais de doze horas dentro da empresa. Na vida moderna, efetivamente, convivemos mais tempo com os colegas de trabalho do que com a própria família.
Façamos os cálculos: normalmente o horário de trabalho é de 9 horas. Tire mais 8 horas de sono, uma hora para acordar e se arrumar até ir ao trabalho, mais uma hora até chegar na empresa e mais uma hora para voltar para casa. Total de 20 horas. Isso quando não se passa nem um minuto a mais na empresa. Tirando as margens de erro (alguns demoram menos para se arrumar, para ir até o trabalho, dormem menos, ou mais, etc.), o tempo que se passa com a família por dia gira em torno de quatro, cinco, seis horas. Na grande maioria dos casos, não mais do que isso.
Mas se já é difícil algumas vezes lidar com o clã familiar -a mãe que reclama, o filho que não obedece, a esposa ou marido que não pára de falar- imagine com as pessoas do trabalho, aqueles seres que você nunca viu na vida, e é obrigado a dividir funções, trabalhar em equipe, liderar personalidades. Haja jogo-de-cintura. Sem dúvida, o mais difícil é lidar com outro ser humano em qualquer instância, seja profissional ou pessoal, porque simplesmente trata-se de um outro “EU”, alguém com próprios sentimentos, próprias histórias, frustrações, alegrias.
Mas, de acordo com o nosso próprio aprendizado, podemos saber como lidar melhor com cada um e, a lição mais importante é perceber que não podemos, não temos o direito e nem conseguiremos modificar “o outro”. Imagine uma torta dividida em 3 partes: “EU”, “O OUTRO” e o “AMBIENTE”. Cada um tem o seu pedaço, e essa é a vida, composta por você, pelo “outro” (seja esposa ou marido, filhos, colegas de trabalho) e pelo ambiente (sua casa, seu trabalho, uma situação específica). Você pode modificar suas ações se quiser. Pode estar incomodado por alguma situação e resolver agir diferente. Você pode se modificar, mas não pode modificar o outro. Você interfere no seu pedaço da torta, mas não pode modificar a torta do outro, muito menos modificar o ambiente, ele está ali, e vai permanecer ali, o que você pode fazer é decidir continuar fazendo parte dele ou não. Você não pode evitar, por exemplo, que a chuva caia. Mas pode levar um guarda-chuva ao sair de casa, e é aí que você vai estar agindo em você (ao seu favor) e nas suas próprias atitudes.
Quando algo nos incomoda, ou nos decepcionamos porque esperávamos uma atitude diferente do chefe ou daquele colega de trabalho, lembre-se que você não pode agir sobre ele, mudar suas atitudes. Você pode conversar, se mostrar incomodado, mas isso não garante que o outro vá modificar suas próprias ações. Tenha em mente: a pessoa só irá mudar se quiser mudar, ou seja, se estiver incomodada suficientemente para querer mudar. Se não quiser, se não estiver sendo incomodada, não mudará por você. Cabe à você fazer a sua parte.
Por isso, olhe para o espelho. Reflita se suas atitudes estão sendo passadas para os outros da melhor forma já que as reações não estão lhe agradando. Olhe para dentro de si, e não para o lado de fora, e pense nas suas ações e também nas suas reações. Provavelmente, transformado a si mesmo e não querendo modificar o outro, você contribuirá muito mais para o seu próprio bem-estar.
Lívia Torres é Formada em Jornalismo pela PUC-RJ e pós-graduanda em Marketing Empresarial pela UFF. Já trabalhou em organizações como a FIRJAN.
Por Lívia Torres
07/11/2007
Uma das coisas mais difíceis de se lidar no ambiente de trabalho são as outras pessoas, concorda? Seu emprego pode estar estressante, difícil, volumoso, mas se torna mais complicado de acordo com quem você convive durante as oito, dez, alguns até mais de doze horas dentro da empresa. Na vida moderna, efetivamente, convivemos mais tempo com os colegas de trabalho do que com a própria família.
Façamos os cálculos: normalmente o horário de trabalho é de 9 horas. Tire mais 8 horas de sono, uma hora para acordar e se arrumar até ir ao trabalho, mais uma hora até chegar na empresa e mais uma hora para voltar para casa. Total de 20 horas. Isso quando não se passa nem um minuto a mais na empresa. Tirando as margens de erro (alguns demoram menos para se arrumar, para ir até o trabalho, dormem menos, ou mais, etc.), o tempo que se passa com a família por dia gira em torno de quatro, cinco, seis horas. Na grande maioria dos casos, não mais do que isso.
Mas se já é difícil algumas vezes lidar com o clã familiar -a mãe que reclama, o filho que não obedece, a esposa ou marido que não pára de falar- imagine com as pessoas do trabalho, aqueles seres que você nunca viu na vida, e é obrigado a dividir funções, trabalhar em equipe, liderar personalidades. Haja jogo-de-cintura. Sem dúvida, o mais difícil é lidar com outro ser humano em qualquer instância, seja profissional ou pessoal, porque simplesmente trata-se de um outro “EU”, alguém com próprios sentimentos, próprias histórias, frustrações, alegrias.
Mas, de acordo com o nosso próprio aprendizado, podemos saber como lidar melhor com cada um e, a lição mais importante é perceber que não podemos, não temos o direito e nem conseguiremos modificar “o outro”. Imagine uma torta dividida em 3 partes: “EU”, “O OUTRO” e o “AMBIENTE”. Cada um tem o seu pedaço, e essa é a vida, composta por você, pelo “outro” (seja esposa ou marido, filhos, colegas de trabalho) e pelo ambiente (sua casa, seu trabalho, uma situação específica). Você pode modificar suas ações se quiser. Pode estar incomodado por alguma situação e resolver agir diferente. Você pode se modificar, mas não pode modificar o outro. Você interfere no seu pedaço da torta, mas não pode modificar a torta do outro, muito menos modificar o ambiente, ele está ali, e vai permanecer ali, o que você pode fazer é decidir continuar fazendo parte dele ou não. Você não pode evitar, por exemplo, que a chuva caia. Mas pode levar um guarda-chuva ao sair de casa, e é aí que você vai estar agindo em você (ao seu favor) e nas suas próprias atitudes.
Quando algo nos incomoda, ou nos decepcionamos porque esperávamos uma atitude diferente do chefe ou daquele colega de trabalho, lembre-se que você não pode agir sobre ele, mudar suas atitudes. Você pode conversar, se mostrar incomodado, mas isso não garante que o outro vá modificar suas próprias ações. Tenha em mente: a pessoa só irá mudar se quiser mudar, ou seja, se estiver incomodada suficientemente para querer mudar. Se não quiser, se não estiver sendo incomodada, não mudará por você. Cabe à você fazer a sua parte.
Por isso, olhe para o espelho. Reflita se suas atitudes estão sendo passadas para os outros da melhor forma já que as reações não estão lhe agradando. Olhe para dentro de si, e não para o lado de fora, e pense nas suas ações e também nas suas reações. Provavelmente, transformado a si mesmo e não querendo modificar o outro, você contribuirá muito mais para o seu próprio bem-estar.
Lívia Torres é Formada em Jornalismo pela PUC-RJ e pós-graduanda em Marketing Empresarial pela UFF. Já trabalhou em organizações como a FIRJAN.