Atendimento Suicida: Seduzir para
Desprezar
Por André Vinicius
12/07/2010
Valores astronômicos são gastos todos os dias com campanhas
mirabolantes de marketing para atrair clientes. Empresas
despendem grandes quantias para anunciar na mídia: Internet,
TV, rádio, jornais, panfletagem e outros canais de
comunicação.
Em um primeiro momento a campanha parece funcionar. As
pesquisas apontam que um número maior de consumidores passa
a conhecer a marca e as lojas recebem mais clientes
interessados em adquirir os produtos.
Com o passar do tempo observamos que os resultados obtidos
estão muito longe do que era esperado. A loja vendeu menos
do que o previsto para aquela ação de marketing. Mas o que
será que aconteceu? Onde nós erramos dessa vez? Investimos
uma grande quantia na publicidade da empresa, possuímos bons
produtos e mesmo assim o retorno não veio. Como isso é
possível?
Situações como esta são muito mais comum do que imaginamos.
O erro não está na publicidade ou no produto. O grande
problema de muitos fracassos que ocorrem nas estratégias
está no atendimento suicida que é responsável por destruir
tudo que você planejou.
É como se você convidasse uma pessoa para sair, levasse ao
melhor restaurante e causa-se uma excelente primeira
impressão. Mas no dia seguinte, você simplesmente despreza a
pessoa e diz que não quer mais manter contato.
É exatamente isso que os atendentes e vendedores
despreparados fazem com nossos clientes. Eles simplesmente
desprezam o nosso maior patrimônio e jogam fora o dinheiro
investido para levar o cliente até a empresa.
Reclamam do baixo salário e da falta de vendas mas não se
empenham para agradar ao cliente que com tanto custo foi
convencido a dar uma oportunidade para que a empresa possa
conquistá-lo. Discutem porque o Brasil perdeu o jogo mas não
abrem a boca para dizer porque perderam o cliente. Caminham
em direção ao grupinho de funcionários, mas não se empenham
em ir ao encontro do cliente quando este entra na empresa.
Este é o atendimento suicida que consome seus recursos e
mata sua lucratividade. Então eu pergunto: Até quando nossos
clientes vão ser desprezados? Quando vamos deixar de rasgar
dinheiro e converter campanhas de marketing em clientes?
Pense nisso e vamos em frente!
André Vinícius é consultor, professor e palestrante em temas
abordando o desenvolvimento empresarial, pessoal e marketing
digital. Envie perguntas, opinião, críticas, dúvidas,
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