Autoliderança e você
Por Carlos Alberto de Faria
03/07/2008

Se não mudarmos de direção, provavelmente
chegaremos onde estamos nos dirigindo.
Provérbio chinês

Autoliderança, que eu defino como a sua capacidade de
consistentemente perseguir e atingir os seus sonhos e desejos, é
condição primeira do exercício da liderança.

Eu posso afirmar isto, pois quem não sabe se conduzir em sua própria vida, quem não se posta e se mostra como um bom exemplo a ser seguido, não inspira confiança, que é a base da liderança.

Ou de outra forma: somente quem sabe onde ir, como ir, e está disposto a ir, pode conduzir outros, além dele próprio.

Isto pode ficar claro se nós diferenciarmos as respostas a duas questões que, para alguns são a mesma questão, mas que a realidade dos fatos mostra ser muito diferente. São elas:

1º) Eu acho que sei quem eu sou?

2º) Eu realmente sei quem eu sou? Eu realmente tenho as capacidades que eu julgo ter?

A nossa análise e descobertas virão com as duas possibilidades de
respostas a estas duas perguntas: o "Sim" e o "Não".

Aquelas duas perguntas, para quem as entende como iguais, veremos, podem conduzir essas pessoas a erros e falhas que ficam extremamente visíveis aos outros, diminuindo a confiança que essas outras pessoas depositavam nessa pessoa.

Vejamos as razões da afirmação anterior e de algumas outras
informações, que podemos aprender sobre este assunto, com a ajuda de um gráfico:



O cruzamento das quatro respostas possíveis às 2 perguntas, resulta na Matriz da AUTOLIDERANÇA acima.

Analisemos cada uma, em separado:

APRENDIZADO CONTÍNUO:

Quando:

- eu não sei o que eu sou e

- realmente eu não possuo as capacidades,

a única saída é o aprendizado contínuo, tanto sobre quem eu sou,
como também sobre as minhas capacidades de levar a bom termo
os meus sonhos e desejos. Este é o quadrante da capacitação
contínua, inclusive com a opção de uma terapia para se colocar em
contato com o seu verdadeiro "eu", não tão limitado e humilde.

FALHAS:

Este é o quadrante típico da Síndrome de Tássia - as pessoas aqui
"tão se achando". No entanto o que elas acreditam ser capazes, na
realidade, não o são.

Este é o caso freqüente daquelas pessoas que erram e falham e, ao
invés de tentarem aprender com os seus próprios erros e falhas,
apontam o dedo, culpando os outros e o mundo.

Esta pessoa típica precisa sofrer um confronto com a realidade, o
que normalmente seu ego inflado não permite ela enxergar, nem
tampouco a sua humildade permite que ela ouça os outros.

As avaliações 360º são um excelente instrumento para colocar essas
pessoas em contato com a realidade, pois essa avaliação é a média da
equipe que trabalha ou vive com ela, e não somente a avaliação de
um chefe.

Em alguns casos somente a terapia pode resolver a limitação da
auto-percepção do seu "eu", que invariavelmente é limitado, pois
somos todos humanos, cada um à sua própria maneira.

MELHORIA DA AUTO-ESTIMA E DA SEGURANÇA:

Este é o caso das pessoas que são capazes mas tem dúvida das suas capacidades, elas não acreditam em si, mas efetivamente são
capazes.

Estas pessoas precisam aumentar a sua auto-estima e ganhar
segurança para empreender a sua jornada no sentido de atingir
seus sonhos e desejos. Iniciar por pequenos projetos, colher o
sucesso, de uma maneira contínua, é um bom caminho para as
pessoas que se enquadram neste quadrante.

SUCESSO:

A obtenção do SUCESSO depende do uso das capacidades
conhecidas e presentes em cada pessoa. Se você quiser saber
mais sobre Autoliderança, leia:

"PROBLEMAS: O Que É Isso E Como Resolvê-los"

e releia também os dois últimos Boletins enviados o ano passado:

"AUTOLIDERANÇA: O Conceito" e

"LIDERANÇA E AUTOLIDERANÇA".

Você lendo tudo isso, me pergunta:

- "Está tudo muito bem, está tudo muito claro, mas... o que eu faço com isso?"

E eu respondo:

- "A melhor maneira de usar esse conhecimento é saber em qual
quadrante você se situa no gráfico acima. Para saber o que os outros pensam de você, o que os outros acham das suas capacidades, é fácil: pergunte a eles."

O Teste de Autoliderança é uma ferramenta sistêmica para você
encontrar as respostas do que os outros vêem em você, e o quanto isso está próximo ou afastado de como você se percebe.

Carlos Alberto de Faria é sócio diretor da Merkatus - Fonte: Merkatus