Autorealização - O Maior Benefício
Por Carlos Hilsdorf
22/01/2009
Aqui estamos nós, no maravilhoso universo de conquistas em
RH. Elas custaram a dedicação, o esforço e os melhores anos
da vida e carreira de profissionais competentes e
profundamente comprometidos com o ser humano. Muitas
conquistas se materializaram, e, a cada ano que passa,
outras vão sendo implantadas para a vitória daqueles que
constroem o sucesso das empresas e o progresso do mundo.
Os caminhos não foram fáceis, tampouco serão os que ainda
teremos que percorrer no desafio de domesticar o
"Capitalismo Selvagem". Ele não é selvagem porque os homens
são "selvagens", mas porque suas premissas teóricas
contemplavam somente aspectos materiais, esquecendo que
estes só se realizam (da produção à comercialização) pelas
pessoas. Em fases anteriores da sua maturação, o sistema não
compreendia que pessoas não são bens de produção e que a
depreciação do conhecimento é mais rápida do que a das
máquinas. Com a compreensão de que pessoas são ativos
(patrimônio) e que o capital intelectual é o fator de
competitividade que conduz à tecnologia de ponta e à
inovação, as coisas começaram a mudar. Descobriu-se um
importante fator: o FATOR RH.
Sob uma ótica mais humana, as organizações perceberam que as
ações de RH faziam muito bem aos negócios e a política de
benefícios passou a ser mais efetiva. Atualmente muitos
benefícios são oferecidos pelas empresas conscientes aos
seus colaboradores.
Mas, algo nos convida à reflexão. Aristóteles disse: "Nada
envelhece mais rápido que um benefício". Esta frase,
incompreendida por muitos, atrasou a evolução dos benefícios
no mundo corporativo. Ao empresário, parecia que os
benefícios não eram reconhecidos pelos funcionários e
representavam custos e não um investimento. Ocorre que um
benefício, uma vez concedido, é incorporado pela pessoa que
o recebe e passa a fazer parte do conjunto de direitos a que
ela entende fazer jus. Passado algum tempo, o benefício
torna-se tão natural que não é lembrado como um plus, e sim
como uma parte do contrato de trabalho. Concluímos que o
envelhecimento citado por Aristóteles não é culpa ou
conseqüência do benefício, mas sim, da falta de uma cultura
de comunicação que valide periodicamente a percepção dos
benefícios oferecidos. Além da implantação de "upgrades" que
demonstrem ao funcionário que o crescimento da empresa se
reflete na melhoria da sua vida pessoal (assim é mais fácil
falar em comprometimento).
Entre os benefícios disponíveis, não devemos esquecer que os
atuais profissionais têm uma ambição particular que muitas
vezes sobrepõe-se às suas pretensões salariais e seu "kit
benefícios". Eles buscam desafios, possibilidades de
crescimento humano e profissional. Se oferecermos todos os
benefícios disponíveis, mas esquecermos deste, não
conseguiremos manter estes talentos, que por dignidade
aceitam um salário e um kit de benefícios menor, desde que
possam continuar a aprender e a crescer!
Para manter os melhores talentos devemos oferecer-lhes
condições e apoio à sua auto-realização, que é o maior
benefício que uma empresa pode oferecer a um ser humano.
Lembra-se dos profissionais que, como você, dedicaram os
melhores anos da vida e carreira comprometidos com o ser
humano na empresa?
Eles o fizeram porque trabalhar por nós e pelos avanços que
hoje vivemos era para eles a auto-realização de seus nobres
ideais.
Agora é a nossa vez de buscarmos a nossa autorealização e
continuarmos contribuindo para implantar as novas fases de
uma cultura vencedora de RH.
Carlos Hilsdorf
Considerado pelo mercado empresarial um dos melhores
palestrantes do Brasil. Economista, Pós-Graduado em
Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento
humano. Palestrante do Congresso Mundial de Administração
(Alemanha) e do Fórum Internacional de Administração
(México). Autor do best seller Atitudes Vencedoras, apontado
como uma das 5 melhores obras do gênero. Presença constante
nos principais Congressos e Fóruns de Administração, RH,
Liderança, Marketing e Vendas do país e da América Latina.
Referência nacional em desenvolvimento humano.
www.carloshilsdorf.com.br