Empresas, ciclos e
aprendizado em Marketing
Por Rafael Mauricio Menshhein
24/12/2007
A satisfação do consumidor dependerá da sua
percepção, ligada diretamente ao produto ou serviço,
tendo a base para avaliação a comparação com os
concorrentes, assim como as informações obtidas por
ele por meio das próprias organizações, pesquisas ou
amigos.
Houve um tempo em que o consumidor foi percebido
como conhecedor profundo e exigente, mas esta
novidade já deveria ter sido superada pelas
organizações, o que não aconteceu por não entenderem
realmente o que devem fazer no mercado.
Da mesma forma era possível perceber que as empresas
que mais se aproximaram dos clientes obtiveram
resultados melhores, o que não significa êxito.
Então surgem questões que ainda não são
compreendidas pelas empresas, talvez seja necessário
que muitas desapareçam para que o mercado seja
entendido, o que é uma péssima notícia para muitas
pessoas.
Também é engraçado verificar que muitas empresas não
aprendem com seus equívocos, deixam de fazer o
básico e ainda assim tendem a colocar a culpa no
mercado, em seus concorrentes ou na exigência
excessiva dos consumidores.
Diante da incapacidade de enxergar o que a própria
empresa deixa de fazer de correto, muitas vezes a
culpa é repassada, como se o mercado fosse uma
brincadeira onde não há motivos para assumir
responsabilidades e atender adequadamente os desejos
do cliente.
Só que o mercado acaba cobrando um alto preço em
pouco tempo, pois o espaço acaba limitado a três
modalidades de empresas, as maiores, as pioneiras e
as melhores, e se a sua empresa não se encaixa em um
destes conceitos é provável que em breve ela tenha
que tomar uma decisão que já deveria ter tomado há
muito tempo, criando o seu próprio mercado e
informando aos outros qual é a sua posição.
Mas, além de aprender como interagir com o mercado,
a empresa deve voltar seu foco para o cliente, criar
um relacionamento é essencial e muitas vezes as
organizações se esquecem de regras simples como a do
princípio de Pareto.
Outra característica interessante que povoou a mente
de muitas pessoas era a impossibilidade de uma
empresa desaparecer, como se os tempos e a evolução
não existissem, criando mitos de que certas empresas
jamais deixarão de existir, mas não é assim e muitas
já se reinventaram ao longo de sua existência.
Todas as empresas irão desaparecer, algumas mais
cedo outras aprenderão e aumentarão a sua vida no
mercado, mesmo que necessitem deixar de lado o
produto ou serviço em que um dia foram referência
para a concorrência.
Ao mesmo tempo em que uma empresa deixa de existir,
outra a substituirá, oferecendo produtos e serviços
melhores, atendendo aos desejos do consumidor e
procurando melhorar continuamente, até que seu ciclo
se encerre ou haja uma mudança profunda.
Todos os riscos que envolvem o mercado podem
permitir o êxito de uma organização, basta que estas
empresas aprendam a enxergar as oportunidades, criem
uma base de informações realmente úteis e possam
compreender que um dia acabarão desaparecendo ou
mudando.