Habilidades e Desenvolvimento em Marketing
Por Rafael Mauricio Menshhein
12/11/2007
Desenvolver as habilidades e conhecimentos de cada um dos seus
colaboradores é um processo contínuo e as organizações tentam
realizar os melhores investimentos, mas nem sempre o resultado é
satisfatório, há momentos em que o melhor a se fazer é estudar
corretamente o perfil dos colaboradores e estruturar um planejamento
de tudo o que pode ser oferecido para melhorar seus pontos fortes.
Treinamentos são fundamentais em qualquer área, estudar
continuamente é um processo que permite evoluir, acompanhar o
mercado, suas tendências e desenvolver cada vez mais as habilidades
de maior força de cada pessoa, mas para que a organização possa
acertar qual é o melhor a fazer é necessário conhecer seus
colaboradores.
Como o mercado não para é natural que muitas organizações apenas
encontrem um curso e ofertem aos colaboradores, muitas vezes sem
conhecer qual é a necessidade da organização e se aqueles
colaboradores terão um aproveitamento real do conteúdo ministrado.
Hoje ainda é possível que muitas empresas invistam de forma errada
em seus colaboradores, tentando aprimorar as habilidades mais fracas
destes colaboradores, o que é um erro, porque se a pessoa não tem
aptidão para uma determinada tarefa hoje, não é com treinamento que
irá se tornar expert no assunto, mas é muito natural que o
investimento seja exatamente no ponto em que a pessoa seja mais
“fraca”.
Esta cultura é parte de um processo de tentar igualar todas as
pessoas, mas se você parar um pouco para pensar irá perceber que já
deve ter passado por uma situação assim, onde teve que enfrentar um
desafio de lidar com algo em que não possuía muita habilidade.
Mas esta cultura já é implantada há longos anos, como exemplo
pode-se citar o futebol no Brasil, onde todas as pessoas são
obrigadas a gostar e praticar o esporte, especialmente os meninos,
mas se um menino não tem habilidade para desfrutar do jogo é forçada
a entrar em uma escola para aprender, só que as pessoas que tomam
esta ação não percebem que este menino pode ser muito melhor em
outras áreas, outros esportes e forçam-no a jogar futebol.
Nas organizações também acontece desta forma, se alguém não é bom em
informática é logo inserido em um curso, como se da noite para o dia
esta fosse a solução, e assim o ciclo permanece, sem avaliar qual é
o ponto forte da pessoa.
O que ocorre na maioria dos casos é tentar melhorar um ponto que
jamais será forte em uma pessoa, então a pessoa se sente sem
motivação para trabalhar ou desempenhar suas funções, e ainda há
muito o que aprender sobre as habilidades individuais de cada
pessoa.
Mesmo em uma organização há uma cultura de igualar todas as pessoas,
como se isto fosse possível e natural, e desta forma os clientes
tornam-se idênticos, o relacionamento com eles é igual e a empresa
não sabe porque perde clientes.
Ao lidar com estas questões é muito fácil achar, o difícil é pensar
sobre o que é melhor para cada pessoa, mas sempre há um início para
todos, até mesmo as organizações podem aprender que se investir
corretamente em cada colaborador terá muito mais conhecimento, uma
vantagem competitiva muito maior do que o concorrente e a percepção
da igualdade some.
Também é possível que você tenha uma habilidade que deseja
desenvolver, sabe que tem condições de melhorar e que, mesmo assim,
não será a melhor pessoa nesta área, todos possuem pontos a ser
desenvolvidos e a melhor forma de se fazer isso é melhorar o que
você faz de melhor, pois há outras pessoas que irão complementar as
habilidades em que você não tem um desenvolvimento muito bom.
Enquanto as organizações acharem que todos os colaboradores são
iguais não há como mudar a cultura já instalada, você vai passar por
cursos que não agregam nada ao seu currículo, a organização tem a
ilusão de que está fazendo o melhor e todos perdem.
O que tem mais peso nestas decisões é uma visão de futuro baseada no
passado sem estar com os pés no presente, o que distorce todas as
ações, deixa margem para erros e mantém todas as pessoas dentro de
um mesmo nível sem realmente saber o que é necessário fazer para
obter êxito no mercado diante da concorrência.