Incríveis Mulheres
Por Wagner Campos
04/01/2009
Durante séculos os homens dominaram as sociedades. Sempre foram
líderes, reis, guerreiros. Conquistaram aldeias, reinados inimigos e
até continentes. Considerando as enormes responsabilidades
guerreiras, intelectuais e de lideranças, contavam com a submissão
de suas mulheres (literalmente suas, pois em alguns casos eram mais
do que uma). Mulheres sem poder e sem liberdade. A fragilidade
feminina não proporcionava posições de destaque, respeito, decisão
ou liderança.
Homens atuam nos mais variados segmentos, “suportando” pressões no
trabalho, viagens, happy hour com clientes, conversas sobre futebol,
etc., enquanto as mulheres “apenas” realizam suas atividades
profissionais e depois têm o “prazer” de ficar em casa com a família
e realizando “pequenos” afazeres como arrumar as crianças, preparar
as refeições, cuidar das roupas de todos e “implicar-se”
desnecessariamente com detalhes relacionados a alguns pertences que
deixamos pela casa, não jogados como elas vêem, mas de fácil acesso
para quando precisarmos utilizá-los. (Homens não podem ficar se
apegando a detalhes aos quais as mulheres se prendem
inutilmente...).
Enquanto trabalhamos arduamente somos obrigados a conviver com
mulheres incríveis que de alguma forma apresentam uma enorme vontade
de superar nosso reinado através de sua admirável determinação.
Relacionemos algumas conquistas femininas alcançadas nos últimos
séculos, tanto no Brasil quanto no mundo.
Enquanto seus maridos iam para a guerra, as mulheres foram sendo
obrigadas a assumir os negócios da família e a posição dos homens no
mercado de trabalho. Pelo fato de muitos maridos falecerem ou
voltarem impossibilitados de trabalhar após o combate, elas
sentiram-se na obrigação de deixar a casa e os filhos para levar
adiante os projetos e as atividades que eram realizadas pelos
esposos.
Em 1827 foi determinada a primeira lei sobre educação das mulheres,
permitindo que freqüentassem as escolas elementares. Em 1879 tiveram
autorização do governo para freqüentar o ensino superior e eram
criticadas pela sociedade. Em 1932 Getúlio Vargas dá o direito de
voto às mulheres. Em 1914 a primeira jornalista do Brasil, Eugênia
Moreira, aos 16 anos escreve artigos em jornais afirmando que "a
mulher será livre somente no dia em que passar a escolher seus
representantes". Declarou-se em 1945 a igualdade de direitos entre
homens e mulheres. (Não é que a mocinha conseguiu prever o que iria
acontecer?).
Em 1974, Izabel Perón tornou-se a primeira mulher presidente.
Roseana Sarney em 1994 é a primeira mulher eleita governadora de um
estado brasileiro, o Maranhão, e ainda conseguiu ser reeleita em
1998. Uma mocinha conhecida como Coco Chanel que havia saído de um
orfanato no interior da França, com seu jeito despojado de se vestir
anunciou as grandes mudanças que viriam a ocorrer nos guarda-roupas
femininos. Aboliu os espartilhos, os vestidos com armações e os
cabelos postiços, deixando-os na altura do pescoço (assim surgiu o
famoso corte Chanel).
Vários estudiosos afirmam que a grande virtude das mulheres é
colocar a liderança como uma orientação e que homens e mulheres
podem ser igualmente eficientes.
Empresas de Recursos Humanos reconhecem grandes vantagens na
contratação de uma mulher em vez de um homem.
Segundo afirmam essas empresas, as mulheres:
São mais persistentes numa negociação;
Trabalham em equipe;
Fazem planejamento a longo prazo;
Preocupam-se com detalhes, etc.
Estão começando a servir como modelo na hora de contratar.
Finalmente compreendi como as mulheres têm tanto para falar,
discutir e participar. Ficou difícil para o sexo masculino ter que
lutar de igual para igual no mercado de trabalho e muitas vezes
aceitar sair na pior. A luta pela igualdade das mulheres trouxe um
constante desafio para os homens.
É “insuportável” comprovar que as mulheres estão conquistando cada
vez mais os cargos de liderança. É “insuportável” aceitar que além
de toda jornada de trabalho externo, assumem uma nova jornada dentro
de casa, e no final percebemos que por mais que nos esforcemos, elas
se dedicam mais, trabalham mais e ainda têm disposição para nos dar
atenção e carinho.
É “insuportável” saber que entre milhares de pessoas em todo o
mundo, nós, homens, somos a minoria. No entanto, é preciso dar o
braço a torcer reconhecendo que aprendemos muito com as mulheres que
nos deram a vida, a educação, o exemplo, o carinho e formaram nossos
valores pessoais.
Tanta determinação, dedicação, energia e pró-atividade das mulheres
se devem a séculos de batalhas das quais não participarmos com o
mesmo empenho. Lutas em busca de espaço, respeito e dignidade. O
resultado destas conquistas femininas não envolve valor financeiro,
mas um valor inestimável: seu amor próprio.
É gratificante reconhecer que em meio a tantas batalhas que se
fizeram necessárias para essas conquistas, as mulheres ainda mantêm
consideração pelos homens e não propõem como maior objetivo superar
o sexo masculino, e sim desfrutar do mesmo espaço!
Parabéns a todas essas INCRÍVEIS MULHERES, pois INSUPORTÁVEL mesmo,
seria não podermos participar de suas vidas e conquistas!
Prof. Wagner Campos é Palestrante e Conferencista em Vendas,
Motivação e Liderança. Diretor da True Consultoria. Administrador de
empresas e Especialista em Marketing. Possui experiência há mais de
12 anos na área tendo atuado em empresas como Cia Cervejaria Brahma,
Unibanco, Multibrás Eletrodomésticos, Bebidas Wilson e Sebrae. É
autor do Livro "Vencendo Dia a Dia" e Coordenador e Prof. dos cursos
de Marketing, Com. Exterior, Logística Empresarial e Recursos
Humanos da Universidade Paulista – UNIP e Prof. e Coordenador do
Curso de Marketing do Grupo Anhanguera Educacional. Contato:
wagner@trueconsultoria.com.br – www.trueconsultoria.com.br – F: (19)
3702.2094 – 98128.6818.