Melhorar ou Criar
Por Glauberto Lourenço
12/08/2008
Começamos com as de pedra, depois vieram as de madeira, as de ferro,
mas hoje temos as de alumínio, magnésio, inúmeras funções foram
desenvolvidas e criadas: polias, rolamentos, engrenagens, mas todas
são rodas. Então deduzimos que, mesmo antes de o conceituarem, o
benchmarketing já existia. Isso é notório, caso contrário a evolução
antes descrita não teria ocorrido.
Imaginemos então quanto tempo teríamos perdido se esses
espetaculares homens tivessem se eximido a responsabilidade de
melhorarem a roda pelo simples fato de não os pertencerem a
invenção.
Agora nos respondamos quantas vezes fizemos isso? Por quantas vezes
nos negamos a oportunidade de aprendermos com as demais pessoas pelo
simples fato de não aceitarmos que suas idéias, métodos, fórmulas,
funcionem melhor ou mais eficazmente do que as nossas?
Do mesmo modo, por quantas vezes trancamos e escondemos a “fórmula
da coca-cola” por medo de ganharem os nossos créditos ou de com mais
criatividade e afinco melhorarem nossas idéias. Será que isso nos
tiraria o crédito da criação? E o que ou quem te garante que você
realmente criou algo? Talvez aquilo que hoje faça como inédito tenha
sido, quem sabe, arquivado por várias vezes antes!
Compartilhar idéias, abrir portas, ouvidos e ter a humildade de se
permitir e de pedir para que se veja como o “dele dá certo” é uma
boa estratégia. Pouparemos tempo, energia, inheiro e aprenderemos
mais, pois além de trabalho estaremos consumindo sinergia humana, e
esta é rara, em tempos tão competitivos e turbulentos.
Não necessariamente precisamos sair de onde estamos. Podemos
simplesmente olhar ao redor, o colega do lado, a outra filial, uma
matéria de jornal, revista ou até mesmo na imensa Internet. O
importante é ter a certeza que o método se aplica a nossa situação.
A competitividade no mercado não pode impedir que grandes idéias
sejam copiadas, einventadas, melhoradas ou até como arriscaria
Lavoisier: “transformadas”. O respeito a criação deve ser rigoroso,
isso há de ser dito e cumprido. No entanto, a disseminação da idéia
deve ser perpétua e rápida. Olhemos para os japoneses e o seu
brilhante Kaizen que pede antes de uma nova criação o contínuo
melhoramento. Até me pergunto se benchmarketing, não seria uma “dor
de cotovelo” dos americanos, pois se bem lembrarmos os
vídeos-cassete Beta Max inventados pelos “Yankes” foram dissolvidos
pela melhoria japonesa e mundialmente substituídos pelos VHS. Sem
falarmos dos automóveis aprimorados por Ford, reinventados pelos
europeus e hoje, novamente, melhorados pelos japoneses, já imaginou
quanto a Mitsubishi vem melhorando seus carrinhos e os coreanos da
Nissan estão a desejar?
Então vamos começar agora ou com benchmarketing ou com kaizen, vamos
olhar para os lados, abrir nossas portas, olhos e ouvidos, vamos
aprender a pedir e como diria Bial: “Ta na hora de dá uma
espiadinha”.
Você conhece seu concorrente, sabe suas diferenças e quais seus
diferenciais? Como aquele seu colega conseguiu aquela promoção? O
que terá feito seu vizinho que chegou em casa hoje com uma medalha
ou troféu? O que sabes fazer, o que podes ensinar a alguém e por
isso se destacar entre os demais? Qual foi a última vez que você
tentou fazer algo melhor do que já vem sendo feito?
E como já falei de muitos, diria Joelmir Beting: Tudo isso “é para
pensar na cama”.
GLAUBERTO LOURENÇO
Com 19 anos de atuação no mercado. Iniciou suas atividades no
mercado financeiro, como Operador de Crédito. Atuou em empresas
como: Banco Real, Banco ABN AMRO (Aymoré Financiamentos), Decagi
Auto-Socorro, DCG Rent a Car, Domínio Treinamentos- S.O.S Educação
Profissional, atualmente está a frente da área comercial da Softium
Informática e atua como consultor de Marketing para a BIT Company –
Fortaleza. Frequentemente ministra palestras de Marketing Pessoal,
Empregabilidade e facilita cursos de Atendimento e Vendas. Gerente
comercial e marketing de carreira, aredita que toda estratégia deve
ser voltada aquele que produz e consume: O Homem.