O Novo P do Marketing
Por Rafael Mauricio Menshhein
23/12/2006
As empresas produzem bens e serviços, são produtos gerados para
atender aos desejos e necessidades do consumidor, levando em conta
suas Pesquisas, feedbacks, estudos etc.
Com a evolução natural do mercado, o consumidor passou a ser mais
exigente quanto aos produtos e serviços que consome, desde a
embalagem até a qualidade do produto ou serviço em si, trazendo ao
profissional de Marketing a oportunidade de aprender cada dia mais e
lembrar que para a existência da sua organização no mercado deve-se
prestar atenção no que o consumidor deseja adquirir, quais as
necessidades a serem supridas.
Muito mais do que lembrar do mix de Marketing (4 P´s) deve-se ter em
mente que um dos pontos mais importantes durante todo esse processo
é a pessoa (people), o quinto P do Composto mercadológico de
Marketing.
Sem pessoas não são produzidos produtos e serviços, não há para quem
vender e razão para uma organização existir, nada mais óbvio que
isto.
Mas há muito mais do que simplesmente inserir a pessoa neste
processo, saber que alguém existe não quer dizer que há a devida
valorização, em algumas empresas pessoas entram e saem da linha de
produção e representam apenas números.
Uma organização preparada para sobreviver neste século recém
iniciado deve trazer em seu planejamento o que ofertará às pessoas
da empresa, para todas que estão envolvidas direta ou indiretamente
no processo, desde os seus próprios funcionários até seus
fornecedores.
Quando uma empresa recebe todos os certificados de qualidade, de
respeito ambiental etc., deve também priorizar seu principal
colaborador, o homem.
Muito mais do que treinamentos, fazer atualizações de conhecimento
(reciclagem deve ser um termo abolido neste novo século), envolver
as pessoas em ações junto à comunidade e possibilitar a geração de
novas idéias.
Muitas organizações iniciaram processos para que suas estruturas
possam dar espaço para a criatividade de todos, desde o funcionário
mais modesto até seus presidentes, pois existem inúmeros pontos que
só podem ser apontados por aqueles que vivem diariamente a
realidade, seja na produção ou mesmo na gerência.
Há de se cultivar dentro das organizações a cultura da mudança, essa
nova percepção não gera custos, são investimentos realizados e que
geram frutos duradouros, sendo que o último deles é o lucro, pois as
pessoas ganham motivação para trabalhar, têm programas para melhorar
seus conhecimentos, geram riqueza intelectual e tornam a empresa em
um organismo “vivo”.
Com o passar dos anos as organizações poderão aprender e ensinar
umas as outras as Vantagens competitivas conquistadas ao investir em
pessoas, especialmente na chamada era do conhecimento, comprovando
que uma empresa sem pessoas não gera nada, porque sempre é
necessário alguém para apertar o botão que inicia a produção.
Alguns mercados exigem das empresas ações que promovam
Responsabilidade Social, mas antes devem fazê-la dentro da
organização, essencialmente porquê o primeiro cliente da empresa é
seu funcionário, algo que poucos têm visão e percepção para
perceber.
Daqui a alguns anos, apenas as organizações que investirem neste
quinto P poderão sobreviver, mas para que esse P seja valorizado há
de se aprender a valorizar o Talento Humano e não os recursos
humanos que muitas empresas ainda usam.