Relações Tóxicas
Por Ivan Postigo
08/01/2011
As redes sociais estão em alta, com isso também as relações.
Nunca foi tão fácil incrementar o networking, não importa se para
tratar de trabalho ou dos nossos hobbies.
Quer falar de cinema, trocar dicas de livros, procurar lugares para
acampar, fazer intercâmbio, encontrar uma moradia no exterior,
construir um orquidário, buscar um novo emprego, formar um grupo
para happy hour, passar o tempo e jogar conversa fora?
Simples, fácil. Internet, redes sociais. As possibilidades são
muitas.
Amplitude e variedade demandam critério de seleção para que suas
novas e velhas relações tenham qualidade.
O isolamento, o sentimento de solidão por falta de amigos, que dão
às pessoas um sentimento de uma droga de vida, ao não fazerem as
adequadas escolhas, trazem a droga à sua vida.
Esse é um mundo no qual não é difícil entrar. Não faltam produtos
nocivos no mercado e pessoas tóxicas.
Pessoas ruins estão sempre prontas para entrar em ação, basta lhes
dar oportunidades. Isso ocorre na vida e no trabalho.
Como gestão é meu negócio, sobre esta questão é que vou tratar.
As relações no trabalho são complexas, pois tratam de negócios e
vantagens.
Vantagens, no sentido positivo, tratando de promoções e recompensas
pelo bom desempenho. Também no sentido negativo, tirando proveito de
uma situação em benefício próprio, qualquer que seja o prejuízo aos
colegas de trabalho.
Os aspectos mais complexos em gestão, normalmente, não residem em
questões técnicas, mas na administração de interesses para
equilíbrio e harmonia das relações.
Muitos conflitos não são gerados por discordância técnica, mas de
interesses. O homem ao decidir para ter razão e não para gerar
resultados confronta a lógica das relações e traz toxicidade ao
ambiente.
A influência negativa independe de cargo e situação. A toxicidade
gerada nos altos escalões costuma ter rápida disseminação e adesão
para segurança dos cargos. Vinda dos escalões menores demora a ser
percebida, ainda que possa causar sérios danos.
Preocupados com seus empregos, muitos gestores não se arriscam a
interferir nesses processos, negligenciando seus efeitos
devastadores. Quando se vêem obrigados a agir, o mal já está feito.
Empresas perdem profissionais competentes por não terem um alerta
que dispare e indique o grau de toxicidade nas relações.
Ao se sentirem impotentes e prejudicadas, pessoas qualificadas
preferem não dar murros em ponta de faca e seguem para o mercado em
busca de ambientes mais saudáveis.
Quanto mais tóxico o ambiente, menor é a capacidade dos gestores
perceberem os danos que provocam as perdas de profissionais.
Relações tóxicas influenciam pessoas, situações e opiniões.
Uma vez o desastre ocorrendo, as escusas são óbvias: - Não sabíamos
que isso estava acontecendo!
Como todos estão comprometidos com a negligência, a desculpa
rapidamente é aceita.
Relações tóxicas não podem ser avaliadas por gestores intoxicados, é
necessário ajuda de pessoas isentas desses elementos.
A manipulação das toxinas costuma gerar muita dor até que sejam
eliminadas.
O processo não é simples e demanda muita determinação e disposição
dos gestores.
Por negligência ou inocência o homem paga muito caro por criar
relações tóxicas.
Ivan Postigo é Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado
em controladoria pela USP. Autor do livro: Por que não? Técnicas
para estruturação de carreira na área de vendas e diretor da Postigo
Consultoria de Gestão Empresarial - Fones (11) 4526 1197 / ( 11 )
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