Ter um site bonitinho já não resolve mais
Por Sandra Turchi
09/06/2010
Com o crescimento consistente da web, tanto em número de usuários
como no tempo médio online da população brasileira, de 48 horas/mês,
como na presença empolgante nas mais diversas redes sociais, tem
ficado evidente para muitas empresas a necessidade de estar presente
no universo digital, seja através da reformulação dos seus velhos
sites, ou mesmo da iniciação de um projeto novo de vendas pela web.
Temos assistido ao sucesso perpetrado por algumas empresas na
internet, como a Tecnisa, que já virou sinônimo de boas práticas,
que até já vendeu pelo Twitter e pelo Iphone, que está presente no
Formspring e no Tablet, além de ter uma operação muito bem
estruturada de atendimento, seja online ou offline, àqueles que
fazem contato.
Por outro lado, ainda podemos observar empresas que consideram que
seu site, reformulado há alguns anos, ainda está bem “bonito”,
portanto, concluem não ser necessário atualizá-lo. Para essas eu
gostaria de dar uma triste notícia, ter um site bonitinho já não
resolve mais. Se ele foi feito ou refeito sem os pré-requisitos
básicos para que seja “encontrável” (desculpem o neologismo) ou
mesmo para que seja mais interativo com seus clientes ou interligado
às redes sociais, eu lamento muito, mas hoje ele não é de grande
valia aos seus negócios!
Ao concluir isso muitas empresas renomadas estão passando a dar
maior atenção ao que tem ocorrido à sua volta, como o Fran’s Café,
que reformulou seu site para aprimorar o atendimento aos seus
clientes. Ou então a rede de móveis Etna, que lançou sua megastore
virtual com mais de quatro mil produtos.
Além de bons exemplos no mundo do turismo como a Decolar.com, que
oferece planos de milhagem e fornece descontos especiais em
newsletters segmentadas. Ou o lançamento de 1400 títulos em
português de livros digitais pela Saraiva.com para o iPad, com
preços até 30% menores que as versões físicas, assim como sua
concorrente, a Livraria Cultura, que também tem uma loja virtual com
150 mil títulos disponíveis para download. Ainda temos a Sony Music
que reinventou seu modelo de negócios apostando na venda de músicas
para celulares e internet.
Há também as redes sociais que proliferam com boas opções, como a
+QueReceitas, site de relacionamento voltado aos profissionais e
amantes da culinária, focado em aprendizado gastronômico. Ou então o
Vaga-lume, de música e entretenimento, a rede Drimio, voltada para
integrar pessoas às marcas, existente há um ano e que já tem quase
70 mil usuários. Ou a ByMK, voltada para o mundo da moda, que já
conta com 80 mil internautas cadastrados e já foi utilizada por
agências de publicidade e a rede voltada para quem é apaixonado por
cinema, a MovieMobz, que tem mais de 25 mil usuários.
Apesar disso, muitas empresas ainda estão “patinando” com relação ao
que fazer no mundo da web e nas mídias sociais, utilizando-a para
divulgação pura e simples, perdendo a oportunidade de se relacionar
e aprender mais sobre os seus consumidores.
Sandra Turchi é graduada pela FEA-USP, pós-graduada pela FGV-EAESP e
MBA pela Business School São Paulo com especialização pela Toronto
University e em empreendedorismo pelo Babson College em Boston.É
superintendente de Marketing da Associação Comercial de São Paulo
(ACSP) instituição que administra o SCPC (Serviço Central de
Proteção ao Crédito). Site: www.sandraturchi.com.br - Twitter:
http://twitter.com/SandraTurchi