Os Três Porquinhos - Contos Corporativos
Por Wagner Campos
04/01/2009
Durante o século XVIII surgiram vários contos de fadas envolvendo
animais. Entre centenas de histórias, criou-se um conto representado
por três porquinhos. Em 1933 a Disney reformulou o conto e tornou-o
famoso em todo mundo, batizando cada um dos porquinhos com um nome:
Prático, Heitor e Cícero.
Conforme relata o conto, um belo dia os três porquinhos resolveram
sair de onde moravam e cada um combinou construir sua casa. Cícero
era o porquinho menos esforçado e relaxado, então construiu uma
casinha de palha. Heitor queria um pouco mais de conforto e
aconchego e construiu uma casa de madeira. Já o Prático, queria uma
casa confortável, segura, resistente, durável e que refletisse sua
personalidade. O resto da história você já sabe. Vem o lobo mau,
assopra a casinha de palha e a derruba; o porquinho Cícero corre
para a casa de madeira de seu irmão Heitor, o lobo vai atrás,
assopra-a e a destrói e os porquinhos fogem para a casa de pedra do
Prático. O lobo assopra, assopra, assopra e não derruba a casa.
Tenta entrar pela lareira e cai em um caldeirão de água quente,
fugindo assustado enquanto os porquinhos comemoram a vitória.
Em todas corporações podemos encontrar colaboradores que assumem
papéis de personagens semelhantes aos vividos pelos três porquinhos.
Há aquele com o perfil do porquinho Cícero, que ao resolver iniciar
suas atividades não as realiza com paixão e determinação, e muito
menos as finaliza. Seu maior interesse é em cumprir a carga horária,
e não apresentar resultados ou contribuir com estratégias criativas
para a empresa. Encontra-se constantemente tomando cafezinhos,
batendo papo, fumando, navegando na Internet com interesses
particulares e quando questionado, apresenta seus relatórios
incompatíveis com a expectativa para sua função.
Quando percebe que sua segurança profissional torna-se abalada,
corre em direção de alguém que possa auxiliar para que complete sua
atividade. Não em direção de quem necessariamente o oriente, mas de
quem literalmente faça o que ele deveria ter feito. Vai atrás de
alguém com o perfil do porquinho Heitor, colaborador que realmente
se dedica ao realizar suas atividades e cumpre exatamente aquilo que
foi orientado a fazer. Como um bom executor, é receptivo e
prestativo, ajudando muitas vezes os colaboradores com perfil do
porquinho Cícero, buscando inclusive encobrir a falha ou má vontade
dele em razão da amizade existente.
Para a sorte das corporações existem os colaboradores que vão além
do mínimo ou necessário. São aqueles que desenvolvem projetos,
apresentam estratégias, buscam melhorias constantes que possam
contribuir para o resultado da empresa e também de todos que atuam
conjuntamente, muito além de apenas desempenharem atividades para as
quais foram contratados. Estes colaboradores são aqueles que possuem
o perfil do porquinho Prático. Não querem apenas construir um abrigo
ou simples casa. Não querem fazer igual ou o necessário, querem
apresentar mais trabalho e melhor, em menos tempo, com maior
duração, com resultados expressivos e em benefício de todos.
E porque os profissionais com as características dos porquinhos
Cícero e Heitor iriam solicitar auxílio ao profissional com o perfil
do porquinho Prático? Pelo mesmo motivo da história. Por causa do
lobo mau! O lobo mau da concorrência, da necessidade de redução de
custos e de tempo, da exigência de inovação, do desenvolvimento de
novos produtos, novas campanhas e da melhoria da competitividade.
Este lobo mau mercadológico vive faminto e não perdoa. Porquinho que
não inova vira lombo defumado no café da manhã. Porquinho que não
reduz seus custos fica com sua estrutura pesada, não consegue fugir
e vira porquinho assado no almoço. Porquinho que não melhora sua
competitividade, não desenvolve campanhas e não se demonstra
preparado fica sem conseguir se diferenciar de outro e vira ensopado
no jantar.
Dificuldades à parte, somente com muito esforço, determinação e
paixão pelo que se faz, juntamente com muito profissionalismo é que
se consegue conquistar mais espaço e ampliar os horizontes.
Aquele hábito de ficar enrolando ou simplesmente executando o que
ordenaram para se fazer, tornando-se um “pau mandado”, não é o
melhor caminho e cedo ou tarde, como na história, a casa cai.
Perdoe-me o trocadilho, mas que tal então, ter um perfil mais
“prático”?
Prof. Wagner Campos é Palestrante e Conferencista em Vendas,
Motivação e Liderança. Diretor da True Consultoria. Administrador de
empresas e Especialista em Marketing. Possui experiência há mais de
12 anos na área tendo atuado em empresas como Cia Cervejaria Brahma,
Unibanco, Multibrás Eletrodomésticos, Bebidas Wilson e Sebrae. É
autor do Livro "Vencendo Dia a Dia" e Coordenador e Prof. dos cursos
de Marketing, Com. Exterior, Logística Empresarial e Recursos
Humanos da Universidade Paulista – UNIP e Prof. e Coordenador do
Curso de Marketing do Grupo Anhanguera Educacional. Contato:
wagner@trueconsultoria.com.br – www.trueconsultoria.com.br – F: (19)
3702.2094 – 98128.6818.