Vamos Vender? Então precisamos falar a mesma língua
Por Augusto César
04/01/2009

Sinergia. Esta é uma das principais palavras capazes de alavancar e destruir um projeto, sem possibilidade de reversão. Conseqüentemente vem a perda de dinheiro, tempo e energia.
Mas como obtê-la? O que fazer para alcançá-la e torná-la um verdadeiro diferencial competitivo? É simples, bastam alguns minutos de diálogo cordial, onde os envolvidos estejam realmente voltados para o mesmo objetivo final.
Vocês leitores devem estar achando tudo muito óbvio, certamente. Pois é. Não há mistério algum neste processo. Há bom senso, boa vontade, pensamento estratégico, foco em resultado.....
Agora respondam: quem jamais percebeu esta falta de sintonia dentro da empresa que trabalha, principalmente quando a tomada de decisão necessita agilidade frente ao mercado concorrente? Acredito que poucos (ou ninguém).
E por quê? Porque simplesmente a cobrança pelos resultados é diferente para cada setor, sendo que no final das contas quem paga o salário de todos é o cliente final (pra quem nunca ouviu falar, cliente final aqui significa aquele que compra, divulga nossa marca e aumenta o faturamento pagando por nossos serviços).
Então está tudo resolvido. A partir de agora é todo mundo focado na famosa “Gestão de Clientes”. A operação passa a girar em torno da superação das expectativas dessa turma, e nos tornamos uma empresa orientada para o mercado., correto? Que bom se fosse simples assim.......
Certa vez, em uma das empresas por onde trabalhei nesta minha até então jovem carreira comercial, nos deparamos com uma situação em que parecia que o fim do mundo era o próximo passo.
Estávamos no meio de um projeto, com forte comunicação para o mercado e uma demanda completamente favorável ao que havíamos planejado. O cenário era o melhor possível, com uma previsão de venda acima da média.
Precisávamos apenas disponibilizar o produto nos pontos de venda, até determinada data. Eis que surgiram, em cima da hora, alguns daqueles e-mails desafiadores, encaminhados por pessoas da própria empresa (pasmem!), com dizeres do tipo: “quem vocês pensam que são?......”, “área comercial é uma zona mesmo, é tudo de qualquer jeito......”, “estes produtos só sairão daqui e chegarão ao destino final com o nosso aval, e mesmo assim mediante X, Y e Z considerações.......”. Todavia, depois de uma troca saudável de idéias, convencemos “nossos concorrentes” que a perda de tempo daquela discussão era maior do que o tempo que levaríamos para ajustar as arestas.
O produto foi pra rua, obteve uma venda acima da média, e todos os envolvidos na operação foram ovacionados pela diretoria, tendo em vista os números atingidos, a boa aceitação do tal cliente final para com nossa marca, e o conseqüente aumento da receita operacional, capaz de manter todos com salários em dia.
Vamos fazer o dever de casa. É mais simples que imaginamos, e sai mais barato na maioria das vezes. Certamente, existem coisas mais importantes para gastarmos nossas energias.

Augusto César é graduado em Marketing, com MBA em Gestão Empresarial (CEFET-RJ) e especialização em Gestão Estratégica. Profissional com passagens por empresas de porte como Golden Cross, ABN Amro Bank e Organizações Globo, em diversos projetos nas áreas de marketing e vendas. Consultor empresarial pela Thompson Management Horizons , e Sócio-consultor da Damac Consultoria em Gestão. Contato:contato@damac.com.br
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