E-Commerce - O que vem por
aí?
Por Sandra Turchi
22/10/2010
O e-commerce cresce consistentemente no Brasil,
apresentando índices superiores a 30% a.a., nos
últimos anos. A perspectiva é encerrar 2010 com
quase 25 bilhões de reais em faturamento, se
incluirmos leilões, automóveis e turismo. Além
disso, cresce a participação da baixa renda que,
somada aos compradores anteriores, deverão compor um
grupo de aproximadamente 23 milhões de pessoas
consumindo on-line.
A quantidade de internautas no Brasil é superior à
população de muitos países, como França, Itália e
Espanha. Esses dados justificam a busca crescente de
novos varejistas por participar desse universo de
oportunidades.
Notamos o fortalecimento de grandes operações como
Grupo Pão de Açúcar, Grupo B2W, WalMart, Carrefour,
Magazine Luiza, entre outros. Porém, o principal
movimento que percebemos hoje é a entrada de
pequenas e médias empresas, seja para vender
on-line, ou ao menos, divulgar suas campanhas e
depois estabelecer seu negócio virtual.
Os Clubes de compras, como ClickOn, Peixe Urbano, e
o Save Me – que reúne a oferta de todos os clubes –
demonstraram a força da web, inclusive para empresas
que nem têm um site formatado ainda. Essas empresas,
ao publicarem ofertas relevantes para os
consumidores, puderam vender grandes lotes de
produtos e, principalmente, de serviços, em
curtíssimo espaço de tempo, gerando conhecimento de
sua marca, trazendo novos clientes e novo
faturamento.
No entanto, as novidades não param por aí. Para
outros negócios, as melhorias que podem ser feitas
na exposição dos produtos ainda trarão excelentes
resultados, como é o caso do setor de vestuário,
muito desenvolvido nos EUA (sendo uma das principais
categorias vendidas), pois já tinham tradição na
venda por catálogos,e que migrou para a web, mas
também porque lá existe um excelente sistema de
numeração, o que não ocorre aqui.
Para facilitar a escolha dos clientes, sites
investem em tecnologia para otimizar essa
apresentação, utilizando, por exemplo, realidade
aumentada, sistema em 3D (que exige monitores
adequados), entre outras novidades, fazendo com que
o cliente possa visualizar melhor os itens que tem
interesse em adquirir. Além disso, fotos de boa
qualidade, que podem ser ampliadas por zoom e
permitem ver detalhes do tecido, da costura e do
acabamento, também são fundamentais.
Embora a categoria ainda represente apenas 2% das
vendas via web no país, segundo a consultoria e-bit,
com essas e outras inovações que aprimoram a
experiência de compra do consumidor, como ainda o
aperfeiçoamento dos padrões de numeração é possível
afirmar que há muito espaço para o crescimento
também dessa categoria.
Sandra Turchi é graduada pela FEA-USP, pós-graduada
pela FGV-EAESP e MBA pela Business School São Paulo
com especialização pela Toronto University e em
empreendedorismo pelo Babson College em Boston. É
superintendente de Marketing da Associação Comercial
de São Paulo (ACSP) instituição que administra o
SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Site:
www.sandraturchi.com.br - Twitter:
http://twitter.com/SandraTurchi