Aos Colegas Estudantes
Por Wagner Herrera
20/11/2006
Usando uma metáfora podemos considerar
uma faculdade como uma indústria de
transformação onde os clientes (alunos)
adquirem lotes de serviços que tornam
seus intelectos irremediavelmente
“maiores”, acompanhado de uma
certificação da transformação, pois
segundo A. Einsten “A mente que se abre
para o saber jamais volta ao seu tamanho
natural."
Utilizando outra metáfora: podemos
compará-la à um hospital. Os alunos
(clientes pacientes) submetem-se à doses
homeopáticas por método não invasivo de
um poderoso tônico, que uma vez ingerido
e absorvido pelo cérebro tem efeitos
irreversíveis, sem contra-indicação mas
com forte efeito colateral, tratamento
que, em se locupletando segundo a
prescrição plena aufere um atestado de
vacina contra a inépcia que abunda em
nossa sociedade.
A busca do conhecimento é uma meta
perenal, pois se houve iterativamente
que vivemos num ambiente de mudanças, o
que pressupõem o desconhecimento desse
novo cenário imposto onde novas
competências serão exigidas. O que
levamos de um estágio de vida anterior
para a futura, são nossas experiências,
que servirão somente para coibir a
incidência em novos erros. Entretanto, a
preocupação não é evitar errar e sim
gerar os acertos!
Estudar e aprender não são sinônimos,
mas um leva ao outro. Se estudarmos de
forma eficiente, eficazmente
alcançaremos a efetividade, que é a
aprendizagem! Volto a insistir nos
conceitos de eficiência, eficácia e
efetividade já citados pelo autor em
artigo anteriormente escrito neste
sítio.
Desconsideremos o fato de se estudar ou
não em uma instituição de “ponta”, com
orientadores proficientes ou não, com
material didático preparado com esmero
ou não; certo é que semear, regar e
adubar na medida certa propicia à
semente um desenvolvimento maior do que
é esperado supor em condições adversas,
não obstante, o mérito é somente da
semente! (desculpem o trocadilho). Só
ela, através de mecanismos internos
vence as vicissitudes e rompe o solo em
busca da luz, desenvolve-se e frutifica.
Voltando à eficiência, cujo entendimento
básico é “fazer mais com menos” ou
“fazer certo a coisa” em busca de um
rendimento superior. Referimo-nos ao
método de estudar que conduz ao
aprendizado maior ou menor, rápido ou
lento, consistente ou superficial, enfim
a diferença entre o aprender e o
memorizar, entre introjetar um conceito
ou ter vaga idéia, entre criar um modelo
mental ou uma imagem distorcida. Claro é
que, somos diferentes nas aptidões
cognitivas, portanto resta-nos descobrir
os mecanismos individuais que
propiciarão o aprendizado eficiente, e
isto é “aprender a aprender”.
A eficácia (fazer a coisa certa) é a
nossa satisfação pessoal fruto do estudo
– a aprendizagem, o conhecimento
agregado, nosso lucro na aquisição do
saber, no crescimento pessoal.
Questionar conteúdo (o que, o por que, o
como, o onde, o quanto, o quando
aplicar), o que não é propriamente,
duvidar e sim, procurar dimensões,
perspectivas, vieses, posto que a
verdade pode ter “outras faces”.
Por fim, a efetividade do aprendizado –
a transformação do indivíduo. Ascender a
um novo grau na escala do conhecimento,
no crescimento pessoal e todo o ganho
decorrente. Volto a citar Einsten, o
maior gênio do século XX: a mente que
aprende nunca mais volta ao tamanho
natural - torna-se um novo ser.
Na busca de novos caminhos onde nossa
experiência inexiste, quiçá nos leve a
novos erros, um risco que corremos, mas
progredir é se arriscar, não se descobre
novidades fazendo repetidamente as
mesmas coisas! É ai que entra em cena o
conhecimento – a agregação dos novos
conceitos adquiridos e que se
transformam em outros ainda mais novos.
Somente veremos a planície por traz da
montanha, se a escalarmos.
Vejo colegas na escola lamentando o
preço dos livros indicados pelo docente
da disciplina! Digo-lhes que existem
vários sebos na cidade que
disponibilizam bons livros. Mas talvez o
desejo da primazia do manuseio dum livro
novo seja o fator impeditivo ou mesmo, o
trabalho da busca. O conhecimento não
tem primaz, não pertence ao que chega
primeiro mas a quem o busca.
Certo que o conhecimento é altamente
perecível, porém não pelo motivo de
alguém já te-lo utilizado! Aproveito e
divulgo um sebo virtual para vocês:
www.estantevirtual.com.br (sem interesse
financeiro)
O estudante de nosso tempo é um
privilegiado! A Internet transformou-se
na primeira e uma das principais fontes
de pesquisa. Ah! Falta tempo? Talvez!
Mas se desperdiçarmos menos tempo em
sites de relacionamentos e em troca de
e-mails fúteis ou em visita à sites
escusos, quem sabe?
A escolha será nossa, pois sucesso e
fracasso sempre caminham juntos, mas
você só reconhece aquilo que está
procurando e aquilo que idealizamos,
cedo ou tarde aparece em nossas vidas.
Wagner Herrera é Graduado em Ciência da
Computação e Engenharia de Producao na
Universidade Mackenzie (SP) e
pós-graduação em Administração
Estratégica no IESC- Instituto de Ensino
Superior Camões (Ctba-PR)