As pessoas não deixam as empresas... abandonam chefes !
Por Miguel Cristovão
16/01/2009

As pessoas não deixam as empresas; abandonam chefes que confundem o título da função, com liderança real. Vale a pena pensar nisso...

Ou será que não mudou já de um bom emprego por ter conflitos com o chefe ? Por outro lado, o negócio também precisa de "grandes" pessoas, que ajudem a empresa a crescer e a prosperar. Então, talvez seja uma boa idéia aprender como evitar os seguintes erros capitais na Gestão de Recursos Humanos:

EGOÍSMO: as pessoas irão embora se prevalecer a arrogância dos chefes, interesses próprios destes e necessidade constante de ficarem com os créditos do trabalho de outros. E isto mata o interesse dos colaboradores e o seu entusiasmo.
INSENSIBILIDADE: as pessoas irão embora se os chefes considerarem o seu feedback desnecessário e houver falta de empatia entre chefia e colaborador.
DESCRÉDITO: as pessoas irão embora se a atitude do chefe inspirar descrença e receio, bem como, se o chefe só confia naquilo que ele próprio faz.
DESCONFIANÇA: as pessoas irão embora se o chefe não confiar nelas. Isso mata o seu espírito de iniciativa, torna os colaboradores autômatos sem vontade própria.
INDECISÃO: as pessoas irão embora se os chefes forem incapazes de decidir, causando confusão e frustração. E sobre os chefes também recairá o ônus de deixar de haver qualquer esperança de progresso e futuro na empresa.
NEGATIVISMO: as pessoas irão embora se a disposição dos chefes for permanentemente negativa, matando o desejo e a motivação de transformar ameaças em oportunidades.
CEGUEIRA: as pessoas irão embora se os chefes tiverem falta de visão e clareza sobre o propósito da organização e seus objetivos. Isso irá confundir os colaboradores, matando assim qualquer boa intenção de ir atrás e seguir aquele que deveria ser um verdadeiro líder.

Isto é, nem todos os chefes conseguem ser bons gestores de Recursos Humanos, pois isso requer muita experiência e muito conhecimento teórico. Penso também que muitos dos que são hoje bons gestores de recursos humanos, é porque tiveram a felicidade de terem anteriormente tido chefes, bons gestores de recursos humanos e que também os treinaram. Pela inversa: os que trabalharam com maus gestores, tendem a não controlar a sua raiva e frustração quando chegam a chefes.

Miguel Cristovão é Pós-Graduado em Gestão de Marketing e Mestrado em Estratégia e Desenvolvimento Empresarial. Experiência de quase 20 anos nas áreas de Marketing e Vendas, com funções em empresas como 3M , Tudor, ABB-Adtranz e Sixt. Atualmente na Samsung Portugal, Mobile Divison, com a Gestão de Grandes Contas. Membro ainda da APPM - Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing, do Clube da Negociação e palestrante convidado de Seminários do IIR - Instituto for International Research.