Asas de Beija-flor, corpo de elefante
Por Ivan Postigo (Texto) e Cristiano
Postigo (arte)
14/06/2010
Olhando a história do mundo, veremos
povos que alcançaram maior
desenvolvimento econômico que outros.
Alguém poderia dizer: - Essas nações
tiveram maior acesso à recursos ou
oportunidades, e nesse sentido listar
uma série de vantagens.
Não é difícil derrubar esse argumento: -
O Japão ai se enquadraria?
O que permite o desenvolvimento são
informação e cultura.
Há um fino fio com o qual se constrói a
sua malha. Sua resistência será tanto
maior quanto maiores qualidades lhe
forem adicionadas.
A experiência positiva com o
desenvolvimento leva às pessoas
conforto, saúde, segurança, que as
motiva a seguir em frente em um processo
de aprimoramento, mas também, como se o
futuro já estivesse garantido, a
atitudes negligentes.
Informação e cultura contribuem
significativamente para formação do
caráter das pessoas.
Essa afirmação pode ser contestada, como
se caráter fosse algo imutável e
tivéssemos isso no nosso DNA.
Caráter tem a ver com os traços
psicológicos, o modo de ser, de agir, de
sentir dos indivíduos que se formam com
as experiências vividas.
Informação permite uma avaliação mais
criteriosa da situação.
Informação gera curiosidade, provoca a
especulação e desejo de mudança.
O caminho inverso também foi e será
percorrido por muitos povos.
A concentração do conhecimento nas mãos
de poucos, por questões de segurança e
interesses políticos, leva a derrocada.
Peguemos um exemplo para reflexão,
situação que todos vivenciamos: Os
grupos de trabalho na escola.
Uma classe, com os mesmos recursos e
professores, sem qualquer diferença de
orientação, podendo consultar livros
amigos, colegas, quando a tarefa é em
grupo os resultados são completamente
diferentes.
Teremos trabalhos maravilhosos e alguns
que sequer merecem comentários.
Note que aqueles que se deram muito mal
poderiam ter consultado os colegas que
foram muito bem.
Para avaliar o ponto de desvio, façamos
uma reunião com cada grupo, dividindo a
atenção em duas etapas:
Vamos ouvi-los sobre a concepção do
projeto e sobre a execução.
Quando tiver oportunidade faça esse
exercício. As surpresas serão enormes.
Não são poucas as ocasiões em que grupos
que tiveram um desempenho sofrível, em
mais de um projeto logicamente,
apresentaram idéias muito mais
interessantes do que aquelas dos grupos
que se saíram bem.
A dificuldade residiu na execução.
Transporte esse raciocínio para a sua
empresa e fará descobertas
surpreendentes.
Somos rápidos para pensar, imaginativos,
lentos para desenvolvimento e
materialização.
Esta situação pode ser observada em
momentos de desenvolvimento, quando os
recursos são abundantes.
Nas crises, a questão execução realmente
acaba prejudicada.
Isso lhe parece lógico?
Bom, mas não é!
Soluções fantásticas surgiram em
momentos de grandes dificuldades, quando
uma mente privilegiada encontrou um
grupo de abnegados.
A rápida mente, com as asas de um
beija-flor, é capaz de colocar em
movimento o pesado corpo, que com a
força de um elefante derruba as
barreiras.
Nesse momento a informação que conduz a
criação se une à cultura da
transformação para materialização.
Isso costuma ser chamado de progresso.
Ora, então que batam as asas que movem
os pesados corpos.
Temos que nos lembrar que conflitos para
serem resolvidos têm que ser
transformados em problemas, estes sim
tem solução, enquanto permanecerem como
dilemas só podemos aguentá-los!
Ivan Postigo é Economista, Bacharel em
contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP. Autor do livro:
Por que não? Técnicas para estruturação
de carreira na área de vendas e diretor
da Postigo Consultoria de Gestão
Empresarial - Fones (11) 4526 1197 / (
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