O Atendimento na palma da mão
Por Luiz Renato Roble
02/02/2010
O cuidado de uma loja ou empresa, com a
sua apresentação visual torna claro o
seu posicionamento com a qualidade. Para
que se atinja a qualidade total,
entretanto, não basta se preocupar
apenas com aquilo que se vê, é
importante também, preocupar-se com
aquilo que as pessoas sentem. É preciso
encantar o cliente, oferecendo algo
novo, antes que seus concorrentes o
façam. Oferecer o máximo de conforto,
por exemplo, é um pouco do que pode ser
feito. O segredo pode estar na ponta dos
dedos. Tenha uma estratégia, por trás do
gesto. Conte até cinco e não faça nada
por acaso. Quem sabe contando nos dedos,
você consiga mais fácil:
1. O Mindinho sai rapidinho. Não trate
seu cliente com indiferença. Vendedor
que não se dirige ao cliente quando este
entra na loja, secretária que não
levanta a cabeça para cumprimentar quem
acabou de descer do elevador ou garçom
que costuma passar os olhos um pouco
acima da altura dos olhos do cliente que
está ali sentado, tentando
desesperadamente, chamar sua atenção,
tratam os clientes como se eles fosse o
menor e o mais insignificante dos dedos.
Parece até que eles não trabalham para a
empresa que os contratou, que trabalham
para o concorrente. Não é justo que
recebam o salário da empresa errada.
Corrija isso rapidinho.
2. Seu-vizinho fica bem pertinho.
Exponha o seu produto em uma distância
próxima aos olhos de seu cliente. Não é
porque ao usarmos sapatos, eles ficam no
chão, que os mesmos devam
necessariamente, estar expostos no chão
da vitrine ou da loja. Uma coisa é olhar
sapatos nos pés das pessoas, outra
coisa, é escolher um modelo para
comprar. O que dizer de jóias e relógios
em exposição na altura dos joelhos do
cliente, pois assim cabem mais 2
prateleiras na vitrine? Se ninguém
consegue ver direito os detalhes dos
produtos, qual é a vantagem de se ter
tantos produtos em exposição? Deixe os
produtos bem pertinho do cliente. Os
olhos e as costas dele, valorizarão seu
gesto e ele agradecerá comprando seus
produtos
3. Pai-de-todos todo poderoso. Lembre-se
que atendimento com conforto não é
apenas colocar poltronas confortáveis e
macias, mas também, saber que apesar de
nenhum cliente gostar de ficar
perguntando muito, todos necessitam de
respostas e que apesar de detestarem
correr atrás de vendedores, ao mesmo
tempo, todos adoram quando aqueles os
procuram oferecendo uma atenção
especial. O cliente quando dentro de sua
loja é um deus e por isto mesmo, é
preciso entender suas necessidades para
fazê-lo se sentir ainda mais importante
e valorizado. Faça as perguntas da
maneira certa e no momento certo. Fique
do lado direito do pai.
4. Fura-bolo, o indicador. Através de
uma boa sinalização, indique tudo o que
for importante para o cliente. Isto
evita aborrecimentos para ambas as
partes, agiliza o atendimento e,
principalmente, mostra que você tem
respeito para com o cliente, já que ele
não está muito interessado em procurar
pelas coisas que deseja, mas sim, em
encontrá-las.
5. Mata-piolho o arrasa quarteirão. Não
encare o bom atendimento, como sendo
apenas um custo alto. Veja-o como uma
necessidade permanente na manutenção do
retorno do trabalho. Um supermercado,
trabalhando com pessoal em quantidade
abaixo do mínimo para poupar hora extra,
eletricidade ou custos com folha de
pagamento, por exemplo, está na verdade
poupando o cliente de retornar aquele
estabelecimento. É muito fácil implodir
as vendas, pois não existe imagem melhor
do descaso com o cliente, do que ter
várias caixas registradoras e deixá-lo
perdendo o tempo dele (algo que é raro e
valioso a todos) em uma ou duas filas
demoradas que poderiam ser evitadas,
caso houvesse um ou dois atendentes a
mais disponíveis.
O posicionamento de sua empresa com a
qualidade deve estar presente em tudo
que se refere à ela. Caso contrário, o
consumidor sentirá na pele, sentindo-se
desprezado, tendo que se abaixar para
conseguir enxergar algo na vitrine,
esquecido, perdido ou desvalorizado
dentro da loja. Acredite, não é bem
assim que você estará agradando seu
público. É bom fazer uma avaliação,
contar até cinco e rever suas
estratégias. Não é preciso nem ter muita
cabeça para saber que encantar o
cliente, faz parte do jogo!
Luiz Renato Roble
criacao@datamaker.com.br
Designer e Diretor de Criação da
Datamaker Designers www.datamaker.com.br
Fonte: Datamaker