Pensar em Marketing viral
sem pensar que ele não
existiria caso a pessoa
checasse antecipadamente as
informações antes de
disseminá-las seria um
despropósito.
O Marketing viral só cresceu
dessa forma pois o ser
humano tem uma tendência a
transmitir informações sem
verificar a veracidade.
Temos uma necessidade
latente de dizer ao maior
número de pessoas possível
que aquela informação ele
soube por nossa boca. E,
assim, nos sentimos cada vez
mais importantes. Seja
disseminando piadas,
anúncios, vídeos engraçados
ou notícias das
celebridades.
Segundo Levy (1993), Boato é
“o processo pelo qual
informações não comprovadas
são transmitidas de pessoa a
pessoa que o aceita,
transmite, segundo princípio
de quem conta um conto
acrescenta um ponto, e acaba
por orientar um
comportamento em função
dele”.
Na prática, não há a
necessidade de acrescentar
um ponto cada vez que
disseminamos uma mensagem,
mas o princípio básico do
Viral com o Boato é o mesmo:
transmitir informações
muitas vezes não
comprovadas. Se o boato era
uma ferramenta boca a boca
que podia demorar meses para
se disseminar, atualmente,
com as ferramentas de
comunicação disponíveis
(emails, sites de
relacionamento, blogs, entre
outros), um boato pode ter
início às 8:00 da manhã em
Paris e, duas horas depois
estar rodando o mundo, com
as suas devidas traduções
por cada país que passa.
Se antes o chamariz para o
boato era “Já te contei
que...” ou “Não conte para
ninguém, mas...”, hoje em
dia as mensagens vem
precedidas com uma mensagem
com algo do tipo:
“incrível...”, “Leia até o
fim...”, “Passe para o maior
número de pessoas possível”.
Passar para o maior número?
Isso se eu quiser, ou se
concordar, ou se assim o
desejar.. mas com os atuais
instrumentos, ninguém pensa
duas vezes: Xampu dá câncer?
Envie para seus amigos.
Estão matando baleias na
Austrália? Envie para seus
amigos. O governo está
tramando algo que não
divulgou? Mande para seus
amigos.
Essas mensagens acabam tendo
o mesmo efeito do Boato:
Nenhum. Assim como era o
boato antigamente, a partir
do momento que
retransmitimos a mensagem,
nos sentimos livres.
Cumprimos nossa missão.
Dessa forma, quando alguém
me perguntar o que estou
fazendo para salvar as
baleias responderei
orgulhoso: enviei um email
que recebi com imagens
chocantes de baleias sendo
caçadas para o maior número
de amigos possível. Que por
sua vez enviaram para outro
tanto. Espero que isso seja
suficiente para salvar as
baleias.
Referências:
LEVY, Moisés Mishel -
Informação Executiva -
Primeira edição - Edicon -
São Paulo - 1993
SERRANO, Daniel Portillo -
Marketing Viral - Disponível
em
http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Marketing_Viral.htm
- acessado em 17 de maio de
2010
Daniel Portillo Serrano
é Palestrante, Consultor e
Professor. Bacharel em
Comunicação Social com
ênfase em Marketing Pela
Universidade Anhembi
Morumbi, e pós graduado em
Administração de Empresas
pelo Centro Universitário
Ibero-Americano - Unibero,
Mestre em Administração de
Empresas pela Universidade
Paulista - UNIP. É consultor
de Marketing e Comportamento
do Consumidor e editor dos
sites
Portal do Marketing e
Portal da Psique . Tem
atuado como principal
executivo de Vendas e
Marketing em diversas
empresas do ramo
Eletroeletrônico,
Telecomunicações e
Informática. É professor de
Marketing, Administração,
Estratégia, Comportamento do Consumidor e Planejamento em cursos universitários de graduação e pós-graduação. Contato: daniel@portaldomarketing.com.br .