Crise de gestão ou gestão de crise?
Por Werner Kugelmeier
18/01/2007
Os executivos vêm sendo cada vez mais pressionados a desenvolver competências e comportamentos que os capacitem a identificar crises e a lidar com elas mediante respostas rápidas e assertivas, que minimizem desdobramentos negativos e gerem condições de superar as perdas e preservar a dinâmica organizacional.
Para uma empresa as consequências de uma crise mal gerenciada podem ser dramáticas: perda de confiança, perda de credibilidade e/a perda de competitividade.
Os executivos de todos os níveis da organização são contratados para gerenciar crises. Suas competências são testadas quando têm que enfrentar crises significativas como a atual, que podem romper o processo da criação do valor da organização, comprometer fontes de renda, aumentar as despesas operacionais, etc.
A intensidade com que a atual crise econômico-financeira passou a fazer parte do cotidiano organizacional desafia o profissional, no sentido de analisar, decidir e agir sob a pressão dos stakeholders da Organização (colaborador, cliente, fornecedor, comunidade e investidor).
Em pesquisa recente sobre o que os executivos brasileiros pensam sobre gestão de crise e como eles estão preparados para situações inusitadas (conduzida pela Imagem Corporativa - www.imagemcorporativa.com.br e publicada na VOCÊ S/A de 25/01/09) constam indicadores preocupantes como:
À pergunta “se ocorresse uma crise em sua empresa...” mais que 70% responderam que ela estaria “parcialmente” ou “não preparada”.
Do outro lado, à pergunta “qual é a importância que sua empresa atribui a planos de prevenção e gestão de crises” mais que 80% responderam entre “fundamental e “importante”.
À pergunta se, como executivo, ele “acredita que a globalização e as novas tecnologias para multiplicar a comunicação são capazes de potencializar o efeito de crises empresariais, a ponto de exigir um nível mais sofisticado de mapeamento de riscos potenciais e programas de prevenção e gestão de crises”, 100% responderam “sim”.
Em assim sendo, como enfatiza a pesquisa, praticamente 10% das empresas estão cada vez mais preocupadas em criar e implementar programas de prevenção e gestão de crises.
“Quando já se escutam os trovões, já é muito tarde para se construir a arca” (Bill Patterson).
Respostas personalizadas às crises são essenciais, porque nem todas são iguais.
A preparação para uma Gestão de Crise é uma questão de postura que implica na adoção de algumas práticas, que qualquer executivo pode incorporar, com o intuito de se preparar para enfrentar problemas inesperados, ou seja, para evitar uma Crise de Gestão.
O que fazer? Damos aqui algumas dicas básicas para uma Gestão de Crise:
1 - Prepare Planos de Contingência (Plano “B”), ou seja, um plano da continuidade do negócio, identificando aquelas funções e processos que são críticos ao negócio e que podem comprometer o relacionamento com um ou mais stakeholder chave.
2 – Anuncie, imediata e claramente, para toda a Organização que as únicas pessoas a falarem sobre a crise em ambiente externo são os membros da Alta Direção.
3 - Dê a informação exata e correta para evitar a “vingança” de uma informação mascarada.
4 - Mova-se rapidamente. A gestão mais eficaz da crise ocorre quando a crise é detectada e tratada rapidamente - antes que possa impactar o negócio da Organização ou seu relacionamento com os stakeholders.
5 – Envolva o corpo gerencial e, eventualmente, crie uma “Equipe de Crise”; ao decidir ações, considere não somente as perdas a curto prazo (queda do lucro operacional), mas focalize-as também nos efeitos a longo prazo (queda da rentabilidade do negócio).
Acima de tudo, lembre que, em chinês, o símbolo da palavra “Crise” é formado pelos ideogramas das palavras “risco” e “oportunidade”. Portanto, crie seu 2009, transformando o risco de uma “Crise de Gestão” na oportunidade de uma “Gestão de Crise”!
Werner Kugelmeier é Diretor da WK PRISMA - EDUCAÇÃO CORPORATIVA MODULAR, Empresa de Treinamentos Empresariais, de Campinas – SP, www.wkprisma.com.br, Autor do Livro “PRISMA – girando a pirâmide corporativa”, wkprisma@wkprisma.com.br - (19) 3296 4341/ 3256 8534
Por Werner Kugelmeier
18/01/2007
Os executivos vêm sendo cada vez mais pressionados a desenvolver competências e comportamentos que os capacitem a identificar crises e a lidar com elas mediante respostas rápidas e assertivas, que minimizem desdobramentos negativos e gerem condições de superar as perdas e preservar a dinâmica organizacional.
Para uma empresa as consequências de uma crise mal gerenciada podem ser dramáticas: perda de confiança, perda de credibilidade e/a perda de competitividade.
Os executivos de todos os níveis da organização são contratados para gerenciar crises. Suas competências são testadas quando têm que enfrentar crises significativas como a atual, que podem romper o processo da criação do valor da organização, comprometer fontes de renda, aumentar as despesas operacionais, etc.
A intensidade com que a atual crise econômico-financeira passou a fazer parte do cotidiano organizacional desafia o profissional, no sentido de analisar, decidir e agir sob a pressão dos stakeholders da Organização (colaborador, cliente, fornecedor, comunidade e investidor).
Em pesquisa recente sobre o que os executivos brasileiros pensam sobre gestão de crise e como eles estão preparados para situações inusitadas (conduzida pela Imagem Corporativa - www.imagemcorporativa.com.br e publicada na VOCÊ S/A de 25/01/09) constam indicadores preocupantes como:
À pergunta “se ocorresse uma crise em sua empresa...” mais que 70% responderam que ela estaria “parcialmente” ou “não preparada”.
Do outro lado, à pergunta “qual é a importância que sua empresa atribui a planos de prevenção e gestão de crises” mais que 80% responderam entre “fundamental e “importante”.
À pergunta se, como executivo, ele “acredita que a globalização e as novas tecnologias para multiplicar a comunicação são capazes de potencializar o efeito de crises empresariais, a ponto de exigir um nível mais sofisticado de mapeamento de riscos potenciais e programas de prevenção e gestão de crises”, 100% responderam “sim”.
Em assim sendo, como enfatiza a pesquisa, praticamente 10% das empresas estão cada vez mais preocupadas em criar e implementar programas de prevenção e gestão de crises.
“Quando já se escutam os trovões, já é muito tarde para se construir a arca” (Bill Patterson).
Respostas personalizadas às crises são essenciais, porque nem todas são iguais.
A preparação para uma Gestão de Crise é uma questão de postura que implica na adoção de algumas práticas, que qualquer executivo pode incorporar, com o intuito de se preparar para enfrentar problemas inesperados, ou seja, para evitar uma Crise de Gestão.
O que fazer? Damos aqui algumas dicas básicas para uma Gestão de Crise:
1 - Prepare Planos de Contingência (Plano “B”), ou seja, um plano da continuidade do negócio, identificando aquelas funções e processos que são críticos ao negócio e que podem comprometer o relacionamento com um ou mais stakeholder chave.
2 – Anuncie, imediata e claramente, para toda a Organização que as únicas pessoas a falarem sobre a crise em ambiente externo são os membros da Alta Direção.
3 - Dê a informação exata e correta para evitar a “vingança” de uma informação mascarada.
4 - Mova-se rapidamente. A gestão mais eficaz da crise ocorre quando a crise é detectada e tratada rapidamente - antes que possa impactar o negócio da Organização ou seu relacionamento com os stakeholders.
5 – Envolva o corpo gerencial e, eventualmente, crie uma “Equipe de Crise”; ao decidir ações, considere não somente as perdas a curto prazo (queda do lucro operacional), mas focalize-as também nos efeitos a longo prazo (queda da rentabilidade do negócio).
Acima de tudo, lembre que, em chinês, o símbolo da palavra “Crise” é formado pelos ideogramas das palavras “risco” e “oportunidade”. Portanto, crie seu 2009, transformando o risco de uma “Crise de Gestão” na oportunidade de uma “Gestão de Crise”!
Werner Kugelmeier é Diretor da WK PRISMA - EDUCAÇÃO CORPORATIVA MODULAR, Empresa de Treinamentos Empresariais, de Campinas – SP, www.wkprisma.com.br, Autor do Livro “PRISMA – girando a pirâmide corporativa”, wkprisma@wkprisma.com.br - (19) 3296 4341/ 3256 8534