Os Males da Concorrência
Por Ivan Postigo
17/06/2010
Acredito que noventa e nove por cento dos materiais que encontramos a respeito de concorrência dirá que ela é salutar.
Há fortes argumentos para sua defesa, que vão desde o aprimoramento dos produtos com melhoria de qualidade até a redução de preço, permitindo maior acesso aos consumidores.
Artigos, teses, defesas de pontos de vista, não mudam muito de um para outro.
O que há de novo?
A globalização e os produtos descartáveis!
Nesse aspecto não podemos, nem devemos pensar em reserva de mercado como forma de proteção, pois onde a experiência existiu dois problemas se instalaram: Altos preços e brutal atraso tecnológico.
O mercado se move por ondas. Há momentos em que as ofertas de produtos são menores e em outros maiores.
As razões são inúmeras, o fato é que surgindo oportunidades teremos empresários, empreendedores e especuladores agindo para tirar proveito.
Esses movimentos, com o tempo, leva à ofertas que excedem substancialmente a procura, e como forma de desova de estoques os preços são reduzidos.
Os especuladores e alguns empreendedores, ao sentirem que o retorno não será tão vantajoso, se retiram, mas ainda assim a oferta continua substancial para o volume de estoque sem giro.
Com os revendedores estocadas e seletivos a forma de manter a roda girando é via preço, reduzindo-o cada vez mais.
Há um limite para isso e empresas continuam a sair do segmento.
Para as que não têm opção ou querem ficar, a análise das margens de contribuição mostra que estão atuando na faixa de prejuízo, então o caminho é reduzir os custos ainda mais. Trabalho que certamente muitas já vinham fazendo.
Nesse sentido começa ação de simplificação do produto e redução desesperada de custos. Esse é um tópico sobre o qual pouco se escreve.
O que é qualidade?
Algo subjetivo, pois qualidade é o que qualidade faz. É o benefício percebido pelo cliente.
Fabricantes acrescentam a seus produtos predicados que os clientes desconhecem, por isso não valorizam.
E por que fazem isso?
Porque conhecem as vantagens dessas medidas e os fabricam com as melhorias características para que tenham a qualidade física assegurada.
Ao migrarem para materiais mais baratos e procedimentos menos onerosos fragilizam os produtos e os tornam descartáveis.
Onde está o rigor do consumidor exigindo qualidade?
Esse rigor vai diminuindo com a queda de preço.
Chegamos a um ponto, em muitos segmentos, que o produto é tão barato que o consumidor acha que não compensa reclamar, é melhor jogar fora.
Muitas pessoas diriam: “O consumidor que teve essa experiência jamais voltará a comprar algo semelhante!”
Os consumidores são atraídos pelos preços baixos, talvez não comprem mais um guarda-chuva ruim, se essa foi a experiência, mas o farão com uma roupa, um sapato, um aparelho eletrônico, mas a questão é mais delicada.
Quando o processo de degradação do produto atinge o segmento arrasta boa parte dos fabricantes, por que esses sabem que os preços nunca mais serão os mesmos.
Esse é um processo sem reversão?
Não, desde que os avanços tecnológicos permitam a oferta dos produtos com melhorias dentro do novo patamar de preços.
E o tema marcas onde entra? Não garantem os preços?
Neste mundo sem fronteiras, onde a preferência por estas são voláteis, os fabricantes no mundo todo estão em busca de lugares onde possam compensar suas perdas de margens por queda de preços.
Nesses momentos, o esforço da marca é para manter o produto fora das zonas das commodities, caso contrário o impacto nas margens será maior.
Comer é bom, em demasia por pode causar uma congestão.
Andar é bom, exageradamente provoca danos à saúde.
Como tudo na vida, concorrência é boa sem exageros ou ficaremos expostos aos seus males.
Temos que nos lembrar que conflitos para serem resolvidos têm que ser transformados em problemas, estes sim tem solução, enquanto permanecerem como dilemas só podemos aguentá-los!
Ivan Postigo é Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP. Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas e diretor da Postigo Consultoria de Gestão Empresarial - Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br - ipostigo@terra.com.br
Por Ivan Postigo
17/06/2010
Acredito que noventa e nove por cento dos materiais que encontramos a respeito de concorrência dirá que ela é salutar.
Há fortes argumentos para sua defesa, que vão desde o aprimoramento dos produtos com melhoria de qualidade até a redução de preço, permitindo maior acesso aos consumidores.
Artigos, teses, defesas de pontos de vista, não mudam muito de um para outro.
O que há de novo?
A globalização e os produtos descartáveis!
Nesse aspecto não podemos, nem devemos pensar em reserva de mercado como forma de proteção, pois onde a experiência existiu dois problemas se instalaram: Altos preços e brutal atraso tecnológico.
O mercado se move por ondas. Há momentos em que as ofertas de produtos são menores e em outros maiores.
As razões são inúmeras, o fato é que surgindo oportunidades teremos empresários, empreendedores e especuladores agindo para tirar proveito.
Esses movimentos, com o tempo, leva à ofertas que excedem substancialmente a procura, e como forma de desova de estoques os preços são reduzidos.
Os especuladores e alguns empreendedores, ao sentirem que o retorno não será tão vantajoso, se retiram, mas ainda assim a oferta continua substancial para o volume de estoque sem giro.
Com os revendedores estocadas e seletivos a forma de manter a roda girando é via preço, reduzindo-o cada vez mais.
Há um limite para isso e empresas continuam a sair do segmento.
Para as que não têm opção ou querem ficar, a análise das margens de contribuição mostra que estão atuando na faixa de prejuízo, então o caminho é reduzir os custos ainda mais. Trabalho que certamente muitas já vinham fazendo.
Nesse sentido começa ação de simplificação do produto e redução desesperada de custos. Esse é um tópico sobre o qual pouco se escreve.
O que é qualidade?
Algo subjetivo, pois qualidade é o que qualidade faz. É o benefício percebido pelo cliente.
Fabricantes acrescentam a seus produtos predicados que os clientes desconhecem, por isso não valorizam.
E por que fazem isso?
Porque conhecem as vantagens dessas medidas e os fabricam com as melhorias características para que tenham a qualidade física assegurada.
Ao migrarem para materiais mais baratos e procedimentos menos onerosos fragilizam os produtos e os tornam descartáveis.
Onde está o rigor do consumidor exigindo qualidade?
Esse rigor vai diminuindo com a queda de preço.
Chegamos a um ponto, em muitos segmentos, que o produto é tão barato que o consumidor acha que não compensa reclamar, é melhor jogar fora.
Muitas pessoas diriam: “O consumidor que teve essa experiência jamais voltará a comprar algo semelhante!”
Os consumidores são atraídos pelos preços baixos, talvez não comprem mais um guarda-chuva ruim, se essa foi a experiência, mas o farão com uma roupa, um sapato, um aparelho eletrônico, mas a questão é mais delicada.
Quando o processo de degradação do produto atinge o segmento arrasta boa parte dos fabricantes, por que esses sabem que os preços nunca mais serão os mesmos.
Esse é um processo sem reversão?
Não, desde que os avanços tecnológicos permitam a oferta dos produtos com melhorias dentro do novo patamar de preços.
E o tema marcas onde entra? Não garantem os preços?
Neste mundo sem fronteiras, onde a preferência por estas são voláteis, os fabricantes no mundo todo estão em busca de lugares onde possam compensar suas perdas de margens por queda de preços.
Nesses momentos, o esforço da marca é para manter o produto fora das zonas das commodities, caso contrário o impacto nas margens será maior.
Comer é bom, em demasia por pode causar uma congestão.
Andar é bom, exageradamente provoca danos à saúde.
Como tudo na vida, concorrência é boa sem exageros ou ficaremos expostos aos seus males.
Temos que nos lembrar que conflitos para serem resolvidos têm que ser transformados em problemas, estes sim tem solução, enquanto permanecerem como dilemas só podemos aguentá-los!
Ivan Postigo é Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP. Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas e diretor da Postigo Consultoria de Gestão Empresarial - Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
www.postigoconsultoria.com.br - ipostigo@terra.com.br