O Negócio é Investir em Responsabilidade Social
Por Antomar Marins e Silva
01/04/2009
No final da década 80 e no decorrer de 90, inúmeras empresas acreditaram e se prepararam para certificar suas empresas promovendo a integração entre o meio ambiente e gestão estratégica. Estas empresas estão de parabéns, pois estão preparadas para enfrentar nessa década a certificação social e a gestão dos direitos humanos.
O impacto da globalização não só repercutiu no mercado mundial, como também ocasionou um grande movimento das empresas não governamentais e de instituições que, organizadamente, vêm difundindo através dos meios de comunicação e exigindo dos dirigentes do mundo que monitorem com maior atenção e eficácia as suas atividades empresarias.
Casos como degradação do meio ambiente, exploração do trabalho infantil, desemprego em massa e fome deixam de ser responsabilidade de poucos e passa a ser responsabilidade de todos cidadãos, entre eles os dirigentes de organizações, que vêm investindo grandes somas na integração dos aspectos humanos às suas gestões.
Dentro desse panorama, surge uma pergunta: que meios tem a empresa para poder assegurar que suas atividades estão respeitando os direitos humanos e os temas já mencionados? A pergunta a esta questão está no Council on Economic Accreditation Agency. Ela reuniu-se em 1997 com representantes de organizações de direitos humanos e da infância, sindicatos, provedores, universidades, fabricantes, fornecedores, empresas de consultoria e associações de indústrias para criar a norma SA 8000.
O objetivo desta norma é melhorar as condições globais do trabalho e assegurar que sejam respeitados os direitos de trabalho fundamentais. Seus conteúdos estão baseados nas distintas concessões da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Convenção da ONU de Direitos da Infância e na Declaração Universal de Direitos Humanos.
Agora é o momento das organizações certificarem-se através desta norma. Para tanto, as empresas deverão seguir as partes definidas no documento guia. As três primeiras definem o panorama geral do modelo, a interpretação de seus elementos normativos e a definição dos termos-chave utilizados na SA 8000.
As seguintes partes estão divididas em nove itens: trabalho infantil, trabalho forçado, saúde e segurança, liberdade de associação e direito a contratação coletiva, discriminação, práticas disciplinares, horário de trabalho, compensação e sistemas de gestão. Cada um destes itens avalia os requisitos necessários que devem ser atendidos para estar em compatibilidade com os princípios dos direitos fundamentais.
Apesar da controvérsia que foi criada devido à complexidade de se criar um modelo global aplicável a qualquer cultura ou País, em três anos de implementação 59 empresas espalhadas no mundo já foram certificadas. Curiosamente, o país que mais implementou a norma até o momento foi a China.
As associações de creditação para auditar a conformidade da SA 8000, como por exemplo Det Norsek Veritas, e Bureau Veritas Quality, se mostram positivas com o auge da norma, e constatam que muitas das empresas multinacionais que investem em países em desenvolvimento, estão exigindo que os provedores locais que adotem a norma para assegurar que cumprem com os requisitos éticos.
Tal como sucedeu com a gestão ambiental, este novo fato pode ser interpretado como uma ameaça por parte de algumas empresas conservadoras, entretanto vem sendo vista como oportunidade para líderes empresários voltados para inovação.
A globalização está mudando a mentalidade dos empresários do século. seu concorrente deixa de estar na sua cidade, ele está no mundo e o empresário brasileiro precisa estar preparado para enfrentar o mercado mundial. Esta nova postura empresarial não só exige eficiência para posicionar-se acima dos competidores estrangeiros e ter rápidas respostas às demandas da sociedade, como também obriga as empresas a demonstrar um comportamento ético em consonância com os direitos humanos universais.
As empresas voltadas para estas mudanças serão as organizações vencedoras do futuro...
Antomar Marins e Silva é Escritor e Consultor de melhoria de resultados de negócios das organizações e especialista em gestão estratégica, professor e facilitadores de treinamentos para os níveis tático e estratégico das empresas. Autor dos livros: Sonhar é para Estrategistas; Gestão Estratégica de Negócios: Pensamentos e Reflexões; Habilidades Gerenciais; Liderando Seu Time Sem Stress; Qualidade: O Desafio da Secretária; Desperdício: Como Eliminá-lo Através dos 5S´s, Lições Aprendidas e outros, além de mais 1.000 artigos técnicos publicados no Brasil e no exterior. Detentor de inúmeros prêmios profissionais, além de honrarias nacionais e internacionais. E-mail: profamarins@gmail.com
Por Antomar Marins e Silva
01/04/2009
No final da década 80 e no decorrer de 90, inúmeras empresas acreditaram e se prepararam para certificar suas empresas promovendo a integração entre o meio ambiente e gestão estratégica. Estas empresas estão de parabéns, pois estão preparadas para enfrentar nessa década a certificação social e a gestão dos direitos humanos.
O impacto da globalização não só repercutiu no mercado mundial, como também ocasionou um grande movimento das empresas não governamentais e de instituições que, organizadamente, vêm difundindo através dos meios de comunicação e exigindo dos dirigentes do mundo que monitorem com maior atenção e eficácia as suas atividades empresarias.
Casos como degradação do meio ambiente, exploração do trabalho infantil, desemprego em massa e fome deixam de ser responsabilidade de poucos e passa a ser responsabilidade de todos cidadãos, entre eles os dirigentes de organizações, que vêm investindo grandes somas na integração dos aspectos humanos às suas gestões.
Dentro desse panorama, surge uma pergunta: que meios tem a empresa para poder assegurar que suas atividades estão respeitando os direitos humanos e os temas já mencionados? A pergunta a esta questão está no Council on Economic Accreditation Agency. Ela reuniu-se em 1997 com representantes de organizações de direitos humanos e da infância, sindicatos, provedores, universidades, fabricantes, fornecedores, empresas de consultoria e associações de indústrias para criar a norma SA 8000.
O objetivo desta norma é melhorar as condições globais do trabalho e assegurar que sejam respeitados os direitos de trabalho fundamentais. Seus conteúdos estão baseados nas distintas concessões da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Convenção da ONU de Direitos da Infância e na Declaração Universal de Direitos Humanos.
Agora é o momento das organizações certificarem-se através desta norma. Para tanto, as empresas deverão seguir as partes definidas no documento guia. As três primeiras definem o panorama geral do modelo, a interpretação de seus elementos normativos e a definição dos termos-chave utilizados na SA 8000.
As seguintes partes estão divididas em nove itens: trabalho infantil, trabalho forçado, saúde e segurança, liberdade de associação e direito a contratação coletiva, discriminação, práticas disciplinares, horário de trabalho, compensação e sistemas de gestão. Cada um destes itens avalia os requisitos necessários que devem ser atendidos para estar em compatibilidade com os princípios dos direitos fundamentais.
Apesar da controvérsia que foi criada devido à complexidade de se criar um modelo global aplicável a qualquer cultura ou País, em três anos de implementação 59 empresas espalhadas no mundo já foram certificadas. Curiosamente, o país que mais implementou a norma até o momento foi a China.
As associações de creditação para auditar a conformidade da SA 8000, como por exemplo Det Norsek Veritas, e Bureau Veritas Quality, se mostram positivas com o auge da norma, e constatam que muitas das empresas multinacionais que investem em países em desenvolvimento, estão exigindo que os provedores locais que adotem a norma para assegurar que cumprem com os requisitos éticos.
Tal como sucedeu com a gestão ambiental, este novo fato pode ser interpretado como uma ameaça por parte de algumas empresas conservadoras, entretanto vem sendo vista como oportunidade para líderes empresários voltados para inovação.
A globalização está mudando a mentalidade dos empresários do século. seu concorrente deixa de estar na sua cidade, ele está no mundo e o empresário brasileiro precisa estar preparado para enfrentar o mercado mundial. Esta nova postura empresarial não só exige eficiência para posicionar-se acima dos competidores estrangeiros e ter rápidas respostas às demandas da sociedade, como também obriga as empresas a demonstrar um comportamento ético em consonância com os direitos humanos universais.
As empresas voltadas para estas mudanças serão as organizações vencedoras do futuro...
Antomar Marins e Silva é Escritor e Consultor de melhoria de resultados de negócios das organizações e especialista em gestão estratégica, professor e facilitadores de treinamentos para os níveis tático e estratégico das empresas. Autor dos livros: Sonhar é para Estrategistas; Gestão Estratégica de Negócios: Pensamentos e Reflexões; Habilidades Gerenciais; Liderando Seu Time Sem Stress; Qualidade: O Desafio da Secretária; Desperdício: Como Eliminá-lo Através dos 5S´s, Lições Aprendidas e outros, além de mais 1.000 artigos técnicos publicados no Brasil e no exterior. Detentor de inúmeros prêmios profissionais, além de honrarias nacionais e internacionais. E-mail: profamarins@gmail.com