Profissionalismo Amador. Amadorismo Profissional
Por Luiz Renato Roble
08/02/2010
O presidente Bush quer guerra. O presidente Lula quer matar a fome do povo. A gasolina não pára de subir. Os impostos continuam altos e o salário, baixo e para completar o quadro da dor, este ano o carnaval é só em março. Chega ou quer mais? Se quiséssemos poderíamos aumentar a lista dos prováveis e possíveis motivos para explicar o porquê das coisas neste país não acontecerem.
Graças à globalização, podemos por a culpa em tudo. Desde o conflito do Golfo Pérsico até em qualquer coisa que acontecer em qualquer lugar do mundo, de preferência, bem longe de nós. Mas será que a razão pela qual as coisas no Brasil não acontecem, não está relacionada com o mundinho que nos rodeia ou pior, com nós mesmos?
Acostumamo-nos a escutar cantores que não têm ouvido musical. É comum vermos empresários que não têm visão e vendedoras que não sabem vender nada, pois foram contratadas, não pela capacidade ou conteúdo, mas pelo visual e não nos assustamos.
Sabemos de pessoas que abrem uma empresa, fecham os olhos e viram as costas deixando tudo por conta de funcionários. Enquanto elas ignoram a famosa expressão que faz referência ao olho do dono do porco e engordam a triste e robusta lista das empresas que fecham, nós ignoramos sua morte anunciada e não fazemos nada para ajudar.
Será que criticar ou reclamar das pessoas e das empresas não é maldade?
Não, não é. Maldade é o que pessoal anda fazendo com empresas que poderiam crescer e aumentar o profissionalismo, o empreendedorismo e o desenvolvimento de nosso comércio e a incompetência não deixa. Preste atenção, e veja o nosso comércio assim, como uma Atlântida tropical, submergir num mar de amadorismo.
O frentista do posto de gasolina, na ânsia de atender rapidamente, não espera o tempo suficiente para ouvir o que exatamente se deseja e já sai andando em direção à bomba, deixando a pessoa falando sozinha. Em casa, quem deseja ardentemente ouvir o que se está dizendo mesmo que o assunto não esteja relacionado a ela, é a empregada doméstica. Contratada para passar e cozinhar, a infeliz não sabe passar roupas, enquanto cozinhar nunca foi o seu forte.
A atendente da panificadora, ao invés de buscar aquilo que se está pedindo, primeiro anota tudo em um papelzinho, sem que ela saiba exatamente o que está escrevendo e sem que se tenha tempo, durante o atendimento, para olhar para os lados, ver quais são as opções que se tem para comprar e só então poder decidir o que se vai levar. Em contrapartida, quem não anota nada é o garçom, cujo pedido de bebidas, traz de cabeça, tudo errado e distribui aquilo que não foi pedido para pessoas que decididamente não pediram aquilo.
Dentro do táxi, descobre-se que o motorista nunca foi no endereço desejado, não sabe o caminho, não sabe qual é a melhor faixa para seguir, nem qual é a melhor estação de rádio para se ouvir. A balconista da loja de roupas, por sua vez, garante que trabalha com roupas há vários anos, que sabe tudo sobre tecidos enquanto jura de pés juntos que 100% viscose quer dizer algodão puro.
Como diz minha mãe, na sabedoria mineira que herdou da mãe dela, para um macaco, é fácil falar do rabo dos outros enquanto ele está sentado em cima do próprio rabo. Está na hora de pararmos de lamuriar e apenas procurar motivos e desculpas para a situação em que vivemos. Não será o Lula, nem seus programas de governo que nos ajudará, mas nós mesmos. Somos capazes de transformar as coisas. A nossa vida, o nosso trabalho, nossos resultados e nossos erros.
Se cada um de nós procurar, de alguma forma, alertar os empresários sobre suas responsabilidades, cobrar serviços melhores, exigir respeito por nós e por nosso dinheiro e ao mesmo tempo, soubermos contratar, treinar, delegar e cobrar os resultados esperados de nossos próprios funcionários, estaremos contribuindo com nossa humilde parte, para que o Brasil como um todo, saia do amadorismo geral e torne-se um vencedor profissional.
Luiz Renato Roble criacao@datamaker.com.br
Designer e Diretor de Criação da Datamaker Designers www.datamaker.com.br
Fonte: Datamaker
Por Luiz Renato Roble
08/02/2010
O presidente Bush quer guerra. O presidente Lula quer matar a fome do povo. A gasolina não pára de subir. Os impostos continuam altos e o salário, baixo e para completar o quadro da dor, este ano o carnaval é só em março. Chega ou quer mais? Se quiséssemos poderíamos aumentar a lista dos prováveis e possíveis motivos para explicar o porquê das coisas neste país não acontecerem.
Graças à globalização, podemos por a culpa em tudo. Desde o conflito do Golfo Pérsico até em qualquer coisa que acontecer em qualquer lugar do mundo, de preferência, bem longe de nós. Mas será que a razão pela qual as coisas no Brasil não acontecem, não está relacionada com o mundinho que nos rodeia ou pior, com nós mesmos?
Acostumamo-nos a escutar cantores que não têm ouvido musical. É comum vermos empresários que não têm visão e vendedoras que não sabem vender nada, pois foram contratadas, não pela capacidade ou conteúdo, mas pelo visual e não nos assustamos.
Sabemos de pessoas que abrem uma empresa, fecham os olhos e viram as costas deixando tudo por conta de funcionários. Enquanto elas ignoram a famosa expressão que faz referência ao olho do dono do porco e engordam a triste e robusta lista das empresas que fecham, nós ignoramos sua morte anunciada e não fazemos nada para ajudar.
Será que criticar ou reclamar das pessoas e das empresas não é maldade?
Não, não é. Maldade é o que pessoal anda fazendo com empresas que poderiam crescer e aumentar o profissionalismo, o empreendedorismo e o desenvolvimento de nosso comércio e a incompetência não deixa. Preste atenção, e veja o nosso comércio assim, como uma Atlântida tropical, submergir num mar de amadorismo.
O frentista do posto de gasolina, na ânsia de atender rapidamente, não espera o tempo suficiente para ouvir o que exatamente se deseja e já sai andando em direção à bomba, deixando a pessoa falando sozinha. Em casa, quem deseja ardentemente ouvir o que se está dizendo mesmo que o assunto não esteja relacionado a ela, é a empregada doméstica. Contratada para passar e cozinhar, a infeliz não sabe passar roupas, enquanto cozinhar nunca foi o seu forte.
A atendente da panificadora, ao invés de buscar aquilo que se está pedindo, primeiro anota tudo em um papelzinho, sem que ela saiba exatamente o que está escrevendo e sem que se tenha tempo, durante o atendimento, para olhar para os lados, ver quais são as opções que se tem para comprar e só então poder decidir o que se vai levar. Em contrapartida, quem não anota nada é o garçom, cujo pedido de bebidas, traz de cabeça, tudo errado e distribui aquilo que não foi pedido para pessoas que decididamente não pediram aquilo.
Dentro do táxi, descobre-se que o motorista nunca foi no endereço desejado, não sabe o caminho, não sabe qual é a melhor faixa para seguir, nem qual é a melhor estação de rádio para se ouvir. A balconista da loja de roupas, por sua vez, garante que trabalha com roupas há vários anos, que sabe tudo sobre tecidos enquanto jura de pés juntos que 100% viscose quer dizer algodão puro.
Como diz minha mãe, na sabedoria mineira que herdou da mãe dela, para um macaco, é fácil falar do rabo dos outros enquanto ele está sentado em cima do próprio rabo. Está na hora de pararmos de lamuriar e apenas procurar motivos e desculpas para a situação em que vivemos. Não será o Lula, nem seus programas de governo que nos ajudará, mas nós mesmos. Somos capazes de transformar as coisas. A nossa vida, o nosso trabalho, nossos resultados e nossos erros.
Se cada um de nós procurar, de alguma forma, alertar os empresários sobre suas responsabilidades, cobrar serviços melhores, exigir respeito por nós e por nosso dinheiro e ao mesmo tempo, soubermos contratar, treinar, delegar e cobrar os resultados esperados de nossos próprios funcionários, estaremos contribuindo com nossa humilde parte, para que o Brasil como um todo, saia do amadorismo geral e torne-se um vencedor profissional.
Luiz Renato Roble criacao@datamaker.com.br
Designer e Diretor de Criação da Datamaker Designers www.datamaker.com.br
Fonte: Datamaker