Sensação Térmica e BSC
Por Dill Casella
15/10/2009
Certamente você já ouviu no noticiário da TV a seguinte frase: “A temperatura é de 2°C, mas a sensação térmica é de -9°C”.
Devemos acreditar em 2°C ou -9°C? Devemos então nos vestir, ou nos prepararmos para enfrentar qual temperatura? Será que ao invés do termômetro, deveríamos adotar equipamento de medição de sensação térmica? Existe?
O fato é que as duas situações estão corretas! O termômetro mede a temperatura em termos absolutos, em uma única variável. A sensação térmica envolve duas variáveis: temperatura e velocidade do vento. Quanto maior a velocidade do vento, menor será a temperatura que iremos perceber!
Então, pode estar 2°C, com vento próximo a zero e sentirmos de fato 2°C, no entanto, se o vento estiver soprando a 22 km/h, sentiremos na pele cerca de -9°C. Pode acreditar, ou perguntar a um motoqueiro no inverno...
Como podemos relacionar tal situação com o mundo corporativo?
Quantas vezes olhamos para um único indicador em nosso negócio, na empresa que trabalhamos, sem ao menos nos preocuparmos com fatores que podem influenciar, interferir e até sugerir significativas mudanças de interpretação.
Como olhamos para uma quantidade grande de variáveis sem dispersão do que é realmente mais importante? Como equilibramos objetivos de curto e longo prazo, medidas financeiras e não financeiras, tendências e ocorrências, perspectivas internas e externas, etc.?
Uma metodologia criada nos anos 90, muito funcional e ainda atual é o Balanced Scorecard.
O Balanced Scorecard (BSC) nada mais é que uma visão balanceada e integrada de uma organização que permite descrever a estratégia de forma muito clara, por intermédio de quatro perspectivas: financeira; clientes; processos internos; aprendizado e crescimento. Todos se interligam entre si, formando uma relação de causa e efeito.
Importante frisar a situação clássica que muitos confundem: BSC não é a definição da estratégia e sim um meio de promover a estratégia.
BSC é a cola que junta as partes do mapa e celebra os passos para atingirmos o tesouro!
Por outro lado, chegar ao tesouro quase sempre envolve muita transpiração e também vento frio nos ossos!
Sucesso dificilmente será alcançado por controle remoto de dentro de salas de reunião...
Portanto, defina, organize-se, meça indicadores sim, mas jamais, jamais tenha medo de por a mão na massa, porque a pior sensação térmica é o frio na espinha por não atingimento das metas e baixos resultados.
Dai posso garantir que você pode estar entrando numa gelada...
Dill Casella (www.dill.com.br) é Engenheiro Civil, pós graduado em Marketing, especialização em Desenvolvimento Gerencial e Empreendedorismo pela FDC e Practitioner pela SBPNL. Com mais de 15 anos em cargos de liderança de empresas de primeira linha, realiza palestras em vendas, atendimento ao cliente, liderança e motivação. Também é compositor, músico, escritor e ator amador.
Por Dill Casella
15/10/2009
Certamente você já ouviu no noticiário da TV a seguinte frase: “A temperatura é de 2°C, mas a sensação térmica é de -9°C”.
Devemos acreditar em 2°C ou -9°C? Devemos então nos vestir, ou nos prepararmos para enfrentar qual temperatura? Será que ao invés do termômetro, deveríamos adotar equipamento de medição de sensação térmica? Existe?
O fato é que as duas situações estão corretas! O termômetro mede a temperatura em termos absolutos, em uma única variável. A sensação térmica envolve duas variáveis: temperatura e velocidade do vento. Quanto maior a velocidade do vento, menor será a temperatura que iremos perceber!
Então, pode estar 2°C, com vento próximo a zero e sentirmos de fato 2°C, no entanto, se o vento estiver soprando a 22 km/h, sentiremos na pele cerca de -9°C. Pode acreditar, ou perguntar a um motoqueiro no inverno...
Como podemos relacionar tal situação com o mundo corporativo?
Quantas vezes olhamos para um único indicador em nosso negócio, na empresa que trabalhamos, sem ao menos nos preocuparmos com fatores que podem influenciar, interferir e até sugerir significativas mudanças de interpretação.
Como olhamos para uma quantidade grande de variáveis sem dispersão do que é realmente mais importante? Como equilibramos objetivos de curto e longo prazo, medidas financeiras e não financeiras, tendências e ocorrências, perspectivas internas e externas, etc.?
Uma metodologia criada nos anos 90, muito funcional e ainda atual é o Balanced Scorecard.
O Balanced Scorecard (BSC) nada mais é que uma visão balanceada e integrada de uma organização que permite descrever a estratégia de forma muito clara, por intermédio de quatro perspectivas: financeira; clientes; processos internos; aprendizado e crescimento. Todos se interligam entre si, formando uma relação de causa e efeito.
Importante frisar a situação clássica que muitos confundem: BSC não é a definição da estratégia e sim um meio de promover a estratégia.
BSC é a cola que junta as partes do mapa e celebra os passos para atingirmos o tesouro!
Por outro lado, chegar ao tesouro quase sempre envolve muita transpiração e também vento frio nos ossos!
Sucesso dificilmente será alcançado por controle remoto de dentro de salas de reunião...
Portanto, defina, organize-se, meça indicadores sim, mas jamais, jamais tenha medo de por a mão na massa, porque a pior sensação térmica é o frio na espinha por não atingimento das metas e baixos resultados.
Dai posso garantir que você pode estar entrando numa gelada...
Dill Casella (www.dill.com.br) é Engenheiro Civil, pós graduado em Marketing, especialização em Desenvolvimento Gerencial e Empreendedorismo pela FDC e Practitioner pela SBPNL. Com mais de 15 anos em cargos de liderança de empresas de primeira linha, realiza palestras em vendas, atendimento ao cliente, liderança e motivação. Também é compositor, músico, escritor e ator amador.