Adam Smith e a “mão invisível” do mercado na economia
Por Julio Cesar S. Santos
14/03/2011
O Que Adam Smith Representou Para a Economia Capitalista? O Que é
Laissez-Faire? Conheça os Princípios Básicos da Macroeconomia
Em 1723, na Escócia, nasceu um dos mais importantes pensadores
econômicos que o mundo teve notícia – Adam Smith. Filho de uma
família típica de classe média, desde muito cedo a figura de Smith
caracterizou-se pela sua distração e aos 16 anos foi estudar em
Oxford, na Inglaterra.
Ele é considerado o pai da Economia moderna e o mais importante
teórico do liberalismo econômico. Em plena Revolução Industrial –
1776 – ele publicou um livro que é considerado o marco da Teoria
Econômica – "A Riqueza das Nações", o qual serviu de base teórica
para a expansão do capitalismo industrial.
De acordo com Adam Smith o auto-interesse de uma sociedade livre
proporcionaria a forma mais rápida de uma nação alcançar o progresso
e o crescimento econômico. Na sua liberal opinião o maior obstáculo
a esse progresso econômico seria o intervencionismo do Estado na
Economia; pois, para ele, existiria uma "mão invisível" que
auto-regularia o mercado. Ou seja, para Adam Smith se o mercado
fosse deixado em paz pelos governos ele se manteria sempre em
equilíbrio. Isso ele denominou de "Laissez-Faire".
Para ele caberia ao Estado apenas três funções: (A) o
estabelecimento e a manutenção da justiça; (B) a defesa nacional;
(C) a criação e a manutenção de certas obras e instituições
públicas, as quais não fossem de interesse privado. Ele era
radicalmente contra qualquer restrição à liberdade econômica que
levasse ao monopólio de mercado.
ECONOMIA – Conceitos Básicos
A Economia estuda a maneira pela qual a sociedade distribui os
recursos limitados da Terra para os insaciáveis apetites dos seres
humanos e, nesse cenário, a "oferta" e a "demanda" (procura) são as
forças atuantes.
Naquilo que é chamado de "ponto de equilíbrio", o preço de mercado
permite que a quantidade oferecida seja igual à quantidade
demandada. Dessa forma, os fornecedores ficam dispostos a vender, os
consumidores dispostos a comprar e a oferta se iguala à demanda por
um determinado preço. Em poucas palavras esta é a base de toda a
Teoria Econômica.
Examinemos o exemplo do Bar Tavern que produz seu próprio chope – o
Mimus. Imagine que você seja um(a) bebedor(a) de chope da Skol, mas
o Tavern esteja cobrando um preço especial de R$ 1,50 pelo caneco de
Mimus. O dono do bar possui dez (10) barris em estoque, mas ele acha
que se tivesse que cobrar o preço habitual de R$ 2,80 o caneco,
talvez só conseguisse vender uns dois barris.
Você gosta de Skol, mas por R$ 1,50 decide experimentar a marca mais
barata. Aqui, neste bar, a "mão invisível" da economia está em ação,
pois ao preço certo, há uma demanda pelos dez barris.
Estruturas de Mercado
Num mercado competitivo existem forças que atuam movendo a oferta, a
demanda e os próprios preços. Pois, quanto maior for a concorrência
num determinado mercado, mais sensível fica o preço de mercado, em
relação à mudanças na oferta e na demanda. Por isso, veremos abaixo,
três tipos de estruturas de mercado:
* Monopólio Puro: caracteriza-se por haver apenas um vendedor de
determinado produto (ou serviço) sem similares no mercado. Exemplo:
a empresa LIGHT na cidade do R.J. detém o monopólio do fornecimento
da energia elétrica e a TELEMAR, detém o monopólio da exploração do
serviço de telefonia fixo no Estado do RJ
* Oligopólio: Caracteriza-se por haver uns poucos fornecedores de um
determinado produto (ou serviço), para o qual existem poucos
substitutos ou similares. Se o setor for competitivo, o monopólio é
benéfico para o consumidor. (Exemplo: o setor de telefonia móvel no
Brasil, onde existem apenas quatro fornecedores – Vivo, Claro, TIM e
Oi – é benéfico para os consumidores, pois o setor de telefonia
móvel está em franco crescimento. Mas, se o setor não for
competitivo, os consumidores não têm nenhum benefício. (Exemplo: o
setor de empresas aéreas, onde os quatro participantes – Varig, Tam,
Gol e BRA – não competem entre si e, conseqüentemente, os
consumidores não têm nenhuma vantagem.
* Concorrência: Caracteriza-se por haver muitos concorrentes
vendendo um determinado produto (ou serviço) com muitos similares,
os quais podem ser facilmente substituídos. E, nesse caso, a
competição favorece os consumidores, com produtos de qualidade e com
preços cada vez menores. (Exemplo: o setor de Extrato de Tomates,
Xampus, Massa, Biscoitos, etc.)
Portanto, quando o Gerente estiver pensando nas condições
específicas do mercado de um determinado ramo ou no comportamento
individual dos consumidores, é nesse aspecto da Teoria
Macroeconômica que ele deve estar atento, uma vez que as indústrias
produzem as quantidades que atendem à demanda, a um preço de
equilíbrio baseado na estrutura do mercado competitivo.
Julio Cesar S. Santos é Professor, Consultor, Palestrante e Co-Autor
do Livro: "Trabalho e Vida Pessoal - 50 Contos Selecionados".
Elaborou o curso de “Gestão Empresarial” e atualmente ministra
Palestras e Treinamentos Sobre Marketing, Administração, Técnicas de
Atendimento ao Cliente, Secretariado e Recursos Humanos. Contatos:
jcss_sc@yahoo.com.br (21) 2233-1762 / (21) 9423-9433 /
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