Como Fazer a diferença na vida pessoal e profissional - de fato
Werner Kugelmeier
20/01/2012

Hoje, a maioria dos profissionais oscila entre o medo da própria coragem e o otimismo não sustentável, ou seja, existe um certo desnorteamento: somos pessimistas demais, vítimas da omissão, ou somos otimistas demais e nos tornamos vítimas da utopia. A saída deste impasse não é optar por um extremo. O equilíbrio é a melhor saída: achar o ponto exato do otimismo que leva a uma atitude vencedora. Otimismo sozinho não resolve, e pessimismo atrapalha.

Creio que este meio termo está no que chamo de “autogestão do otimismo”. O indivíduo assume a total responsabilidade pela gestão sobre si, sem a necessidade da interferência externa. Ser otimista é um estado de espírito, uma questão comportamental, um patrimônio seu. É preciso pilotar nosso empreendimento “vida S/A”, aceitando que não existe vôo sem risco nem empreendimento sem exposição a situações de risco.

Trata-se de algo que aprendi ao longo da vida. A minha mudança para o Brasil – sou natural da Alemanha - provocou fortes questionamentos por parte de familiares, parentes e amigos. A maioria me perguntava: "e se você perder seu emprego?” Minha resposta era: “esta alternativa não faz parte do meu projeto; eu vou trabalhar para não acontecer isso”. Fiz viagens de negócios para áreas como África, Oriente Médio e América Latina. Sempre era questionado a respeito dos riscos de doenças, guerra na área do Golfo e guerrilha na Colômbia e em El Salvador. Meu argumento? Não existe negócio sem risco.

No entanto, há uma distância grande entre acreditar e realizar. Para encurtá-la, é preciso utilizar nosso potencial individual. Nesse aspecto, ser otimista faz toda a diferença: diversão e alegria são ingredientes-chave para superar limites. É preciso expandir internamente, oxigenar a mente com conhecimentos novos e se autopropulsionar através de projetos novos. Cair e levantar faz parte do jogo. Corrigir o passado e comandar o futuro: é esta a polaridade de sucesso.

Alegria de viver e higiene mental, aliadas ao tripé do pragmatismo: entusiasmo, coragem e força de vontade, perfazem a arte de viver. Faz parte desta caminhada uma dose de superestimação do próprio potencial, porque, caso contrário, não se sai da zona de conforto. A zona de desconforto – o estresse positivo – leva ao teste da auto-superação: quebrar a barreira dos nossos limites, a barreira entre aquilo que você é e aquilo que o sucesso é capaz de agregar para o seu bem-estar.

O indivíduo torna-se acionista do seu empreendimento “vida S/A”, que zela pelo bom desempenho das ações da empresa “eu”. Em outras palavras, ele manifesta a vontade de (sobre) viver, transformando-se, assim, em um solucionador profissional de problemas. Quando falo da ditadura do otimismo, refiro-me a várias situações, muito comuns hoje em dia: um modismo que prega a idéia de que basta querer; as palestras mirabolantes sobre "saiba o que quer", que deixam o participante com a pergunta "e agora - como fazer ?"; os exageros tipo "cada galinha pode virar uma águia".

O empreendedor é otimista, mas não quer nem pode ser iludido. Ele acredita nas possibilidades que a vida e o mundo oferecem e trabalha para transformar sonhos e idéias em soluções e resultados. Quando se é otimista, o risco ganha a forma de um desafio, um desejo, um destino, o dia "D", em que se pode abraçar a oportunidade de testar e superar limites. O processo do sucesso é: pense no seu objetivo, sonhe com ele, dia e noite. Preserve o entusiasmo, formule metas, aja rápido, zele pela credibilidade e nunca desista. O vencedor luta sempre.

O otimismo torna a pessoa mais empregável, pois, desenvolvendo a autogestão do otimismo, a pessoa evidencia a paixão pelos 3 R´s: R isco – R elações – R esultado. O profissional “empregável” é dotado com o Quociente do Empreendedorismo (QEM): Q uerer ousar na fixação de objetivos e metas, Envolver líderes e talentos e M over montanhas através de negociação e aprendizado contínuo.

A divisória entre otimismo e sonho é sutil: a pessoa que sonha mais é mais otimista. Basta lembrar de exemplos históricos de grandes realizadores: “Eu tive um sonho”, afirmou Martin Luther King. Walt Disney dizia: “Se você pode sonhar com algo, você pode realizar algo”. John F. Kennedy “sonhou”: “no final desta década (1960), o primeiro americano estará na lua” - e esteve.

Sonhe; avance; seja você, transformando os seus sonhos em realizações, suas idéias em soluções, suas metas em resultados. Quem sonha mais, assume mais riscos, realiza mais, vive mais. Pois, como diz Paulo Coelho: “O mundo está nas mãos daqueles que têm a coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos”.

Tudo o que foi exposto acima é aplicável a empresas, partindo da premissa de que elas são seres vivos:

> Empresas são como pessoas. Criam-se e mantêm-se graças a cuidados essenciais com a qualidade do ambiente onde estão inseridas e ao investimento na evolução das pessoas

> Empresas que quiserem se superar e se distinguir das demais devem se alimentar com hábitos que as preservem e buscar oxigenação que as leve a prosperar

> Empresas excelentes são aquelas que conseguem “enxergar” hoje o futuro, dar respostas diferenciadas e buscar novas vantagens competitivas, quebrando paradigmas

> Empresas de vanguarda tratam a mudança como algo inerente à natureza humana e, portanto, à natureza do negócio (Percepção + Propulsão = Mudança)

Faça a escolha em qual perfil de empreendimento você quer jogar....
Werner Kugelmeier é Diretor da WK PRISMA - EDUCAÇÃO CORPORATIVA MODULAR, Empresa de Treinamentos Empresariais, de Campinas – SP, www.wkprisma.com.br, Autor do Livro “PRISMA – girando a pirâmide corporativa”, wkprisma@wkprisma.com.br - (19) 3296 4341/ 3256 8534