Marketing, Estratégia e Redes
por Daniel Portillo Serrano
20/11/2011
A tese de livre docência de M. Neves, “Uma proposta de modelo para o planejamento e gestão estratégica de marketing (orientação para o mercado nas organizações).” Aparenta ser uma boa opção para responder a esta pergunta.
O autor cria, em seu trabalho, um novo modelo para Planejamento e Gestão Estratégica de Marketing com enfoque em organizações arranjadas em redes de empresas. O Objetivo é criar um modelo de planejamento e gestão Estratégica para atividades de empresas em rede.
Como outros autores, Neves considera o Marketing com a mesma visão de Kotler: não apenas um departamento dentro da empresa, mas um “processo social e de gestão pelo qual indivíduos e grupos obtém o que necessitam e querem através da criação, oferta e troca de produtos e valores com outros”. Ou seja, cada vez mais o Marketing passa a ser um facilitador de transações entre as empresas. Por sua vez, as empresas estão, cada vez mais, organizadas em rede, já que atuar em rede é inerente à natureza da empresa, segundo Neves. Para o autor, rede é um conjunto de empresas fornecedoras e distribuidoras da empresa em análise. Os fluxos considerados podem incluir produtos, serviços, numerário, informações e comunicação suficientes para conectar os fornecedores de um lado da cadeia até os consumidores no outro extremo. É configurada separando a cadeia de suprimentos da empresa e os canais de Marketing. Vários atores da rede não são desenhados na forma tradicional, mas apenas descritos como existentes.
O Objetivo não é desenhar a rede, mas efetuar a conexão do tripé Marketing / Estratégia / Redes.
Fonte: Neves.
• Comprometimento da alta gestão das empresas;
• Conflito de interesses e grau de concorrência (inclusão de linha de produtos concorrentes, afinal existiam alguns mercados em que empresas tinham linhas concorrentes);
• Deixar claro qual é a atividade conjunta; (separar linhas de produtos se necessário, proibindo alguns de entrarem nas ações coletivas);
• Grande distancia geográfica entre as empresas;
• Perigo de vazamento de informações internas;
• Necessidade de retorno em curto prazo;
• Prioridades de marketing diferentes;
• Empresas de diferentes tamanhos, portanto com diferentes orçamentos de marketing.
• Comitê de coordenação externo (imparcial) e inclusão de instrumentos para mensuração;
• Representantes não exclusivos de vendas que representem os concorrentes de empresas em suas áreas podendo criar potenciais conflitos;
• Ações pontuais e regionais, colocando de lado as áreas em que esses problemas ocorrem;
• Convencer da necessidade de visão estratégica, planejamento e mensuração dos resultados;
• Uso de correspondência eletrônica e escritórios regionais;
• Criação de um código de ética;
• Segmentar atividades e flexibilidade interna dos participantes;
• Estabelecer proporções
Após o Workshop, foi estabelecido, um modelo para utilização pelas empresas que seria apropriado à ligação de Marketing, Estratégia e empresas em redes. Antes, porém teve que se estabelecer as principais diferenças entre planejamento estratégico e planejamento de Marketing. E, para isso, se utilizou o modelo de Greenley:
Planejamento estratégico |
Planejamento de marketing |
Preocupação geral com a direção da organização no longo prazo |
Preocupação com a performance e os resultados do dia-a-dia |
Providenciar uma estrutura de longo prazo para a organização |
Representa apenas um estágio do desenvolvimento da organização |
Orientação geral necessária para combinar a organização e seu desenvolvimento |
Orientação funcional e profissional tende a ser predominante |
Objetivos e estratégias são avaliados por uma perspectiva geral |
Objetivos são subdivididos em alvos específicos |
A relevância dos objetivos e estratégias é evidente somente em longo prazo |
A relevância dos objetivos e estratégias é evidente de imediato |
Fonte: Greenlay e Neves
Maior velocidade da tecnologia
Novos e mais agressivos competidores
Aumento das demandas legislativas
Crescimento/declínio econômico
Emersão de novas oportunidades de mercado
Globalização de mercados
Forças contra as mudanças
• Políticas de gerenciamento conservador
• Aderência gerencial a fórmulas ultrapassadas
• Percepções de riscos
• Soluções de compromisso
• Implicações de recursos
• Paradigmas culturais
• Falhas e erros prévios

Fonte: Neves
Daniel Portillo Serrano é Palestrante, Consultor e Professor. Bacharel em Comunicação Social com ênfase em Marketing Pela Universidade Anhembi Morumbi, e pós graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário Ibero-Americano - Unibero, Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Paulista - UNIP. É consultor de Marketing e Comportamento do Consumidor e editor dos sites Portal do Marketing e Portal da Psique . Tem atuado como principal executivo de Vendas e Marketing em diversas empresas do ramo Eletroeletrônico, Telecomunicações e Informática. É professor de Marketing, Administração, Estratégia, Comportamento do Consumidor e Planejamento em cursos universitários de graduação e pós-graduação. Contato: daniel@portaldomarketing.com.br .