O Sucesso da Comunicação das Marcas
Por Julio Cesar S. Santos
23/08/2013
É Possível Transformar Produtos
Regionais em Marcas Globalizadas? Qual é
o Papel da Comunicação Nesse Processo? A
Comunicação Vende Produtos ou Marcas?
Você já ouviu falar na marca de Leite
Clac? E no Frango Vit, no Arroz Cristal
ou na Farmácia Homeopática Artesanal? E
no Café Bandeira, você já ouviu falar?
É bem provável que essas marcas sejam
completamente estranhas para você,
embora sejam bem conhecidas nos estados
do Paraná e de Goiás.
Você acredita que as marcas Caloi,
Hering ou Sadia sejam bem conhecidas dos
europeus ou dos americanos?
Não. Pois ainda lhes falta desenvolver –
à exceção da Sadia, talvez – um esforço
de comunicação bem planejado para
globalizar essas marcas.
Sendo assim, é quase impossível
imaginá-las como marcas atraentes no
varejo internacional, fato este que não
nos deve levar a concluir que elas não
tenham valor algum.
Estudiosos do assunto vêm afirmando que,
nos seus mercados de origem, as marcas
possuem as maiores possibilidades de
fortalecimento e de enriquecimento, pois
são raras as marcas, os produtos ou
serviços com potencial para uma expansão
globalizada, sem exigirem esforços e
grandes gastos em comunicação.
Para eles, é possível que algumas marcas
de determinados produtos possuam
possibilidades que facilitem uma
expansão nacional, bastando que a
comunicação seja bem desenvolvida para
atender às características dos novos
mercados de consumo.
Sob o ponto de vista desses cientistas
comunicar bem as marcas como um fenômeno
regional reforça-as em seus nichos de
mercado, permitindo assim o correto
dimensionamento dos hábitos de consumo
dos novos consumidores internacionais.
Dessa forma, perguntamos: _ A
comunicação vende o quê? Vende marcas ou
produtos? Essa pergunta pode parecer um
tanto acadêmica, mas qualquer que seja
sua função no processo mercadológico
pode-se afirmar que a comunicação
trabalha a marca e não o produto.
Coca-Cola é muito mais do que um
refrigerante sabor cola, Marlboro é
muito mais do que um bastão repleto de
nicotina e Nike é muito mais do que um
calçado esportivo. Na verdade, marca é
muito mais do que um simples produto.
Marca é uma percepção, uma sensação
cunhada na cabeça – e no coração – das
pessoas. É uma rica e delicada tapeçaria
de associações, sentimentos e emoções
que derivam de uma poderosa comunicação
com o público.
Produtos são desenvolvidos por técnicos,
marcas são formadas na concepção das
pessoas. Produtos são feitos nas
indústrias, marcas são preferidas pelas
pessoas. Produtos são vendidos em
prateleiras, marcas são compradas antes
de fabricadas. Produtos são copiados,
marcas são únicas. Produtos ficam
obsoletos, marcas podem ser eternas.
Portanto, na visão de muitos estudiosos
de marketing é possível transformar
esses produtos regionais – Leite Clac,
Frango Vit ou o Arroz Cristal – em
marcas internacionais, desde que sua
comunicação seja bem desenvolvida para
atender aos anseios dos consumidores
regionais e internacionais.
Julio Cesar S. Santos é Professor,
Consultor, Palestrante e Co-Autor do
Livro: "Trabalho e Vida Pessoal - 50
Contos Selecionados". Elaborou o curso
de “Gestão Empresarial” e atualmente
ministra Palestras e Treinamentos Sobre
Marketing, Administração, Técnicas de
Atendimento ao Cliente, Secretariado e
Recursos Humanos. Contatos:
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