O Trabalho em Minha Vida
Por Irlei Wiesel
16/11/2009
O trabalho é a razão pelo qual as
pessoas movimentam o planeta e, por
conseguinte, a economia de cada país.
Mesmo, quando exercido individualmente,
ele determina uma reação em cadeia, onde
todos acabam se beneficiando.
Inúmeras são as áreas em que atuamos por
isso estruturamos o trabalho de acordo
com os demais aspectos da nossa vida.
Nada é isolado. Tudo está interligado.
Estudiosos distinguem três formas de
orientação no trabalho, sendo que, de
algum modo, cada um de nós nelas se
enquadra:
-Tarefa
-Carreira
-Vocação
Especialistas afirmam que, quando o
trabalho é considerado uma tarefa, a
pessoa se limita a cumprir exatamente o
que lhe é proposto. Essa, ao ser
cumprida, resultará em pagamento no
final do mês. Não existe a menor ambição
por uma recompensa maior. O que importa,
neste caso, é receber o dinheiro para
sustentar a família e cumprir com os
compromissos firmados. Caso o pagamento
não ocorra, a pessoa simplesmente se
afasta, suspendendo com isso a execução.
Quando o trabalho é encarado como uma
carreira, a pessoa faz um investimento
pessoal considerável.
A realização pessoal, neste caso, também
passa pelo dinheiro, porém há um fator
motivador que é o progresso
profissional. O foco está voltado às
possíveis promoções e ao aumento
salarial. O prestigio e o poder seduzem
os interessados em construir uma
carreira.
A partir do momento em que as promoções
cessam – chegou-se ao mais alto patamar
– começa aos poucos a alienação e, com
ela, a falta de significado para
continuar.
Quando a pessoa considera o trabalho uma
vocação, estamos diante de alguém que é
apaixonado pelo que faz. A conotação é
ampla. O trabalho passa a ser uma
contribuição para o bem maior, para algo
maior do que tão somente o dinheiro no
final do mês ou a promoção e o
prestigio.
Bem, diante de tais classificações fica
inevitável a comparação com o nosso
momento profissional. Será que o nosso
trabalho representa uma tarefa, uma
carreira ou uma vocação?
Admiro as pessoas que conseguem
transformar um trabalho modesto em uma
grande vocação. Elas estão contribuindo
para os novos rumos da economia, que
está lentamente passando de uma economia
de dinheiro, para uma economia de
satisfação. Obviamente que essa
tendência aumenta, na proporção em que
aumenta a oferta de trabalho. Quando
falta trabalho, a satisfação pessoal,
fica prejudicada..
Percebo pelas minhas observações que a
moeda corrente, para muitas pessoas, é a
satisfação com a vida. Embora,
dificilmente ela esteja no exercício de
tarefas e, por vezes, nem em promoções
financeiras. Geralmente, essa moeda é
disputadíssima entre os felizardos que
deslizam suavemente no que consideram
uma vocação. Sem dúvida, a vocação é a
forma mais satisfatória de trabalho. Por
esse motivo, sugiro a todos que
diariamente perguntem a si mesmos:
- Minha vida profissional precisa ser
assim?
- O que posso fazer ?
Com toda certeza, a insistência dessa
pergunta permitirá o avançar da
indignação. E, à medida que a indignação
cresce, obrigamo-nos a mudar. Quem sabe
então, desejaremos sair da condição de
cumpridores de tarefas e de uma pessoa
de carreira, para um ser humano com
vocação para a felicidade.
Quem sabe?
Irlei Wiesel blog:
http://irleiwiesel.blogspot.com