Você é importante para mim e eu para
você
Por Maria Inês Felippe
22/01/2012
Por mais que você tenha uma atuação ou
se sinta isolada (o), já que sai
solitariamente de casa para o trabalho
ou vice-versa, sentindo o peso da
responsabilidade no cargo, jamais deve
sentir-se sozinho(a). Este cenário não
acontece somente com os líderes,
reforçando a máxima de que “o poder é
solitário”. Acontece com todo mundo.
Hoje, os consultórios psicológicos estão
repletos de solidão a dois. Mesmo as
pessoas em contato com pessoas, no meio
de tantas outras, ainda se sente só.
Este cenário está no mundo corporativo e
nas casas, nas famílias e na sociedade.
Vivemos num condomínio e não conhecemos
nossos vizinhos.
No mundo corporativo, não devemos nos
esquecer do que há por trás dele: uma
equipe de suporte que faz tudo
acontecer, desde a telefonista que
atende com educação e transfere a
ligação para os departamentos corretos,
por exemplo, aos corpos administrativos,
de logística, financeiro e de pós-venda.
Vou citar um exemplo prático: “Algumas
empresas apenas se preocupam com a
remuneração variável do vendedor,
esquecendo-se de todo esse suporte e de
que se esse time não atuar de forma
sinérgica e com qualidade, nada
acontecerá. Há uma interdependência
entre as equipes, e é necessário
investir nela. Aliás, interdependência é
um dos termos mais usados no mundo
corporativo”. É como na música “Eu não
existo sem você”, de Tom e Vinícius:
“... Assim como uma nuvem, só acontece
se chover.
Assim como o poeta, só é grande se
sofrer.
Assim como viver, sem ter amor não é
viver.
Não há você sem mim, eu não existo sem
você.”
A arte do relacionamento é, em grande
parte, a habilidade de reconhecer e
considerar sentimentos à importância do
outro, favorecendo ambas as partes. Esta
habilidade é a base para sustentar a
popularidade, liderança e eficiência
interpessoal. Pessoas com esta
habilidade são mais eficazes e mais
criativas. Trata-se de uma das
habilidades mais essenciais para
sobreviver nos grupos de trabalho e na
liderança. Este cenário favorece a
iniciativa, o comprometimento, a
criatividade e a inovação. E na sua
casa, há este cenário? Há sinergia entre
o casal, com os filhos e entre eles?
Será que os ensinamentos empresariais
não nos ajudam como pessoa acima de
tudo?
Assim sendo, a vida é negociar, o nosso
papel é o de prevenir e resolver
conflitos. A nossa principal
característica é a diplomacia, assim
como buscar uma resposta que satisfaça
ambas as partes ou um grupo de
interessados.
Para o nosso sucesso pessoal e
profissional, teremos de ser muito
flexíveis para conseguir trabalhar em
equipe e relacionar-se, devemos - com
freqüência - reservar algum tempo para
tentar compreender profundamente os
nossos problemas, acertos e erros
pessoais, assim como problemas que
surgem, e sair criando soluções. Para
isso, devemos escutar a nós mesmos e as
pessoas à nossa volta. Isto evitará a
recair num erro grave na criação de
soluções, ou no relacionamento, por não
estar comprometido com a equipe e ela
conosco, conseqüentemente sentimo-nos
solitários. Em alguns casos, quando
lideramos equipes, sentimo-nos sozinhos,
solitários, mas isso acontece quando não
conseguimos compartilhar nossas idéias.
Uma dica fundamental : Escute o outro,
ele sempre terá opiniões e percepções
que poderão ser úteis a você. Escute
mais e, a partir daí, argumente e crie,
por isso é que se têm dois ouvidos e uma
só boca. A combinação uniforme dos
ingredientes faz com que uma receita
seja criativa, diferente e aceita por
todos.
Divida suas preocupações, necessidades e
formas de pensamento e, dessa forma,
perceberá a diferença imediatamente.
Outro dia, estava em uma grande
corporação, preparando os Gerentes e
aconteceu uma cena que vou compartilhar
com vocês.
“ O Diretor, uma pessoa de forte
personalidade e muito envolvido no
trabalho, e, por vezes, na tarefa de
seus colaboradores, agindo muito em
função das mudanças que a empresa está
passando e, por outras vezes, filtrando
informações,com o objetivo de poupar
seus Gerentes. Durante um determinado
momento do treinamento, envolvi o grupo
para soluções de problemas da própria
organização. Esse Diretor expressou
abertamente o cenário da empresa, suas
preocupações e suas ‘inseguranças'. Foi
impressionante a mudança de
comportamento dos seus Gerentes na busca
de soluções e na intenção de acolhê-lo
diante das preocupações apresentadas.
Muito interessante como o grupo
reconheceu ( o que já sabiam), porém não
era expresso pelo seu superior e,
rapidamente, abraçaram a causa como se
fosse do grupo.
Antes do acontecido em reunião com ele,
o Diretor manifestou sua preocupação e o
sentimento de solidão na direção da
organização.
Isso reforça a minha idéia de que
precisamos da sua voz, das suas idéias,
como você também precisa da nossa.
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