Big data e sua Importância na
Transformação Digital
Por: Sandra Turchi
16/03/2017
Segundo André Echeverria, um dos palestrante do
curso Transformação Digital e Big Data da ESPM,
“Hoje se fala muito de transformação digital que é
resultante do impacto das tecnologias emergentes
como Inteligência Artificial, Computação em Nuvem,
Prototipagem 3D e Big data. Sendo o Big Data um dos
assuntos que tem gerado mais repercussão”.
A expressão big data ganhou popularidade em meados
dos anos 2000, quando o Google e em seguida o Yahoo
passaram a fazer uso do recurso para alavancar suas
plataformas. O termo, que em inglês remete a
“grandes dados”, refere-se à possibilidade de
armazenamento de uma grande quantidade de dados
armazenados.
O objetivo do big data é basicamente aprimorar os
processos de trabalho de seu usuário, ao obter
interpretações rápidas e valiosas sobre as
tendências do mercado, comportamento de consumo e
oportunidades potenciais.
Os resultados alcançados usando esse recurso
refletem para as organizações na possibilidade de
agir de modo eficaz e antecipadamente à
concorrência, estando assim à frente no mercado.
Desse modo, o sucesso corporativo tende a ser mais
certo, considerando o contexto de extrema
competitividade do mundo globalizado.
Saber como funciona o big data, como também aplicar
o recurso aos negócios, é um critério de alta
relevância para alcançar e manter a liderança no
mercado. A ferramenta é essencial no atual cenário
corporativo e tem como base o volume, a velocidade,
a variedade, a velocidade e o valor. Entenda.
Os 5 V’s do big data
A base do recurso de grande armazenamento de dados
utiliza como base cinco critérios, ou os cinco V’s.
São eles:
Volume
O big data possibilita o armazenamento de fontes
variadas, como transações comerciais, redes sociais
e dados automáticos transmitidos por máquinas ou
sensores. Em outros tempos, seria inviável armazenar
essa quantidade de informações, ainda mais em se
tratando de vias estratégicas.
Velocidade
Os dados úteis para as organizações são
disponibilizados em uma velocidade impossível de se
trabalhar de forma manual. O big data faz uso de
identificação por radiofrequência (RFID), sensores,
dispositivos móveis e medidores inteligentes para
lidar com a velocidade do mundo informatizado.
Variedade
A variedade refere-se aos diferentes formatos e
estruturas em que os dados são gerados. Há
importantes dados numéricos, de áudio, vídeos,
textos e até não estruturados, que precisam ser
organizados e estudados de acordo com o objetivo de
cada organização.
Veracidade
O fundamento veracidade diz respeito aos dados de
dinâmica humana registrados nas trilhas de navegação
ou interação de redes sociais. Os dados assim
catalogados são entendidos como interações reais,
por isso válidos para o big data.
Valor
Esta é a base de maior importância para a
ferramenta. O big data tem a capacidade de discernir
quais dados e informações apresentam mais valor para
o negócio, como a página mais acessada, a que gera
mais interação e o canal com mais conversão de
vendas. Com isso, o empreendedor consegue
identificar o melhor foco de investimento para gerar
maior retorno ao seu negócio.
A junção das cinco bases do big data permite, então,
uma análise precisa de todas as informações
públicas, englobando dados estruturados e não
estruturados, como conteúdos disponíveis em áudios,
documentos, imagens e vídeos.
Entenda a importância do big data
O big data é de suma importância para uma
organização na medida em que, combinado com o
analytics, estrutura as informações coletadas. Dessa
maneira, o recurso pode ser utilizado para catalisar
o alcance de objetivos como:
• Identificar condutas de impostura e fraude
antecipadamente a qualquer dano que possa ser
causado à organização;
• Encontrar a origem dos problemas e falhas da
organização em tempo quase real;
• Refazer o cálculo de carteiras de investimento com
velocidade formidável;
• Criar dinâmicas de venda conforme o comportamento
dos clientes.
O recurso de armazenar um número significativo de
dados é capaz, enfim, de reduzir custos e tempo de
trabalho, repensar sobre produtos e serviços com
foco na otimização de vendas e auxiliar nas tomadas
de decisões mais eficientes. O big data possibilita
a execução de macroestratégias em tempo e espaço
antigamente inimagináveis.
Como aplicar a big data em uma organização
A implantação do big data deve ser adequada aos
objetivos e porte da cada organização. A ferramenta
pode ser utilizada, por exemplo, por uma empresa
farmacêutica que pretende ampliar sua rede regional.
Assim, o big data pode coletar dados demográficos
dos locais próximos à empresa, bem como informações
associadas às doenças predominantes na região,
intenções e comportamentos de compra.
A aplicação das técnicas do big data é bastante
vasta, com possibilidade de executá-las de acordo
com o cenário e o momento da organização. O recurso
catalisa a tomada de decisão estratégica, sendo que
pode ser utilizado por organizações de qualquer
dimensão.
3 Vantagens básicas do big data
A ferramenta de grande armazenamento de dados
apresenta três grandes vantagens:
Interpretação de quantidades exorbitantes de dados
O big data trouxe para a realidade a possibilidade
de analisar uma grande quantidade de dados em tempo
hábil. Em outras palavras, o recurso permite a
utilização de dados significativos na aplicação de
estratégias e tomadas de decisão urgentes. O
diferencial da ferramenta está na velocidade com que
a análise de dados acontece.
Capacidade de analisar dados não estruturados
O big data é apto para analisar dados não
estruturados sem perder a velocidade de análise e a
precisão dos resultados. O recurso diferencia-se das
outras ferramentas de análise pela capacidade de
estruturar dados não precisos em informações úteis à
organização, de maneira que possam ser utilizadas
para alcançar objetivos traçados.
Reconhecimento de tendência de eventos
A vantagem de conseguir prever eventos auxilia – e
muito – a organização a visualizar cenários futuros,
direcionando assim suas ações. O big data tem essa
capacidade porque analisa os dados de forma
aprofundada, com o cruzamento de dados não
superficiais, que não poderia ser realizado
manualmente.
O big data pode ser usado de diversas maneiras e
para variados objetivos, contudo questões referentes
à privacidade tornam-se polêmicas quando o recurso é
citado. Exemplos disso são os dados capturados pelo
Google e Facebook, que conseguem definir
parcialmente o que mostrar na tela de cada usuário,
conforme seu comportamento on-line.
As legislações da maioria dos países, por outro
lado, como no Brasil, não estão estruturadas para
tratar questões de tamanha grandeza, o que acarreta
uma expansão ilimitada da utilização de ferramentas
de armazenamento e análise de dados.
A utilização cautelosa do big data, por outro lado,
promete a reestruturação do modo de fazer marketing.
O recurso expande velozmente com a forte tendência
de revolucionar o mercado, da pequena à grande
empresa.
Sucesso!
Sandra Turchi é graduada pela FEA-USP, pós-graduada
pela FGV-EAESP e MBA pela Business School São Paulo
com especialização pela Toronto University e em
empreendedorismo pelo Babson College em Boston. É
superintendente de Marketing da Associação Comercial
de São Paulo (ACSP) instituição que administra o
SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Site:
www.sandraturchi.com.br - Twitter:
http://twitter.com/SandraTurchi