O Marketing cria ou satisfaz necessidades e desejos?
Por Igor Baraçal
01/09/2017
É de conhecimento público que diversos críticos do marketing defendem que o marketing cria necessidade e desejos incentivando o consumidor a gastar mais dinheiro do que deveria.
Esta ideia é íntima a de que o capital é maléfico. Na última década, muitos leigos de marketing e defensores ferrenhos do fim do capital, colocaram a culpa dos desastres sociais no marketing. Primeiro porque não conhecem marketing e portanto não sabem o que é, segundo porque o marketing é a linha de frente das empresas e companhias, a ele se designam, erroneamente, a propaganda, e ambos se confundem na mente de quem nunca os estudos.
Outro ponto de vista sobre o motivo de existir um pensamento como este é outra confusão que conecta o marketing a vendas. Vendas é apenas a ponta do iceberg do marketing. E por muito tempo, muitas empresas agiram orientadas para as vendas.
A orientação para vendas é uma das cinco diferentes orientações que uma empresa pode assumir. Coincidentemente essa orientação é menos eficaz em termo de lucratividade, pois parte do errado pressuposto de que as pessoas não têm vontade própria de comprar produtos ou adquirir serviços e da falha estratégia de ser agressivo na força de vendas. Esta orientação pode até funcionar para produtos e serviços que de fato não despertam nenhum interesse das pessoas, como seguros e serviços funerários, mas em geral é uma ação que não trará bons retornos para as empresas que a empregarem. Essa ideia se tornar mais clara à medida que se avança no estudo da administração de marketing. Estudo esse que alcança sua excelência prática quando o profissional é capaz de fazer com que o produto se venda sozinho. Um produto ou serviço só será um sucesso quando primeiramente for estudado o mercado-alvo e identificar a partir desse estudo o que é valor para esse mercado e quais as suas necessidades. Com essas duas informações, valor e necessidades, temos o conhecimento necessário para criar o desejo. Este ponto deve ser analisado com cuidado e devem ser feitas as distinções para que o texto não seja interpretado como paradoxal. Desejar algo é sentir a vontade de saciar uma necessidade com o objeto de desejo, por exemplo: existe a necessidade de ser socialmente integrado e existe o desejo de pertencer ao Jockey Club. Neste simples exemplo podemos identificar a necessidade, pertencer a um grupo social, o valor, grupo social de alta classe, com etiqueta e riqueza material, e então cria-se o Jockey Club, um lugar onde se reúne o ideal de valor e a satisfação da necessidade. Portanto as pessoas que integram este mercado-alvo terão o desejo de serem sócios do Jockey Club, mas este só veio a existir e a ter sucesso porque a necessidade existe.
Dados os argumentos e exemplos apresentados é possível concluir que o marketing cria apenas os objetos de desejos e o desejar a partir das necessidades existentes na condição humana e do ideal de valor que o mercado escolhido como alvo tem. E deste desejo obtém lucro. A partir desta consideração é correto afirmar que o marketing tem uma função social importantíssima, ele desmascara necessidades e as entrega com alto valor para a sociedade, solucionando problemas.
Por Igor Baraçal
01/09/2017
É de conhecimento público que diversos críticos do marketing defendem que o marketing cria necessidade e desejos incentivando o consumidor a gastar mais dinheiro do que deveria.
Esta ideia é íntima a de que o capital é maléfico. Na última década, muitos leigos de marketing e defensores ferrenhos do fim do capital, colocaram a culpa dos desastres sociais no marketing. Primeiro porque não conhecem marketing e portanto não sabem o que é, segundo porque o marketing é a linha de frente das empresas e companhias, a ele se designam, erroneamente, a propaganda, e ambos se confundem na mente de quem nunca os estudos.
Outro ponto de vista sobre o motivo de existir um pensamento como este é outra confusão que conecta o marketing a vendas. Vendas é apenas a ponta do iceberg do marketing. E por muito tempo, muitas empresas agiram orientadas para as vendas.
A orientação para vendas é uma das cinco diferentes orientações que uma empresa pode assumir. Coincidentemente essa orientação é menos eficaz em termo de lucratividade, pois parte do errado pressuposto de que as pessoas não têm vontade própria de comprar produtos ou adquirir serviços e da falha estratégia de ser agressivo na força de vendas. Esta orientação pode até funcionar para produtos e serviços que de fato não despertam nenhum interesse das pessoas, como seguros e serviços funerários, mas em geral é uma ação que não trará bons retornos para as empresas que a empregarem. Essa ideia se tornar mais clara à medida que se avança no estudo da administração de marketing. Estudo esse que alcança sua excelência prática quando o profissional é capaz de fazer com que o produto se venda sozinho. Um produto ou serviço só será um sucesso quando primeiramente for estudado o mercado-alvo e identificar a partir desse estudo o que é valor para esse mercado e quais as suas necessidades. Com essas duas informações, valor e necessidades, temos o conhecimento necessário para criar o desejo. Este ponto deve ser analisado com cuidado e devem ser feitas as distinções para que o texto não seja interpretado como paradoxal. Desejar algo é sentir a vontade de saciar uma necessidade com o objeto de desejo, por exemplo: existe a necessidade de ser socialmente integrado e existe o desejo de pertencer ao Jockey Club. Neste simples exemplo podemos identificar a necessidade, pertencer a um grupo social, o valor, grupo social de alta classe, com etiqueta e riqueza material, e então cria-se o Jockey Club, um lugar onde se reúne o ideal de valor e a satisfação da necessidade. Portanto as pessoas que integram este mercado-alvo terão o desejo de serem sócios do Jockey Club, mas este só veio a existir e a ter sucesso porque a necessidade existe.
Dados os argumentos e exemplos apresentados é possível concluir que o marketing cria apenas os objetos de desejos e o desejar a partir das necessidades existentes na condição humana e do ideal de valor que o mercado escolhido como alvo tem. E deste desejo obtém lucro. A partir desta consideração é correto afirmar que o marketing tem uma função social importantíssima, ele desmascara necessidades e as entrega com alto valor para a sociedade, solucionando problemas.