CONAR - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, conhecido pela sigla CONAR, é uma instituição privada brasileira criada em 1980 com a finalidade de regulamentar a publicidade no país. O CONAR é formado por empresas e entidades do setor publicitário, como agências, veículos de comunicação, anunciantes e profissionais da área.

O principal objetivo do CONAR é zelar pela ética na publicidade, combatendo abusos e excessos que possam prejudicar o consumidor, a concorrência leal e a imagem da atividade publicitária. O CONAR não tem poder legal de punir ou multar os envolvidos em práticas publicitárias irregulares, mas sua autoridade moral é reconhecida pelo mercado e suas decisões são amplamente divulgadas pelos meios de comunicação.

Uma das principais funções do CONAR é receber denúncias de consumidores, entidades civis e concorrentes sobre propagandas que possam ser consideradas enganosas, abusivas, discriminatórias ou desrespeitosas. O CONAR analisa cada caso e, se for constatada a infração, pode determinar a suspensão ou alteração da campanha publicitária. Além disso, o CONAR também emite pareceres sobre as práticas do setor e orienta as empresas e profissionais da área sobre as melhores práticas éticas.

O CONAR já tomou diversas ações ao longo de sua história, buscando garantir a ética na publicidade brasileira. Um exemplo é a campanha publicitária da cerveja Devassa, que utilizava imagens consideradas sexistas e que geraram muitas críticas por parte do público e de entidades feministas. Após receber diversas denúncias, o CONAR determinou a suspensão da campanha e exigiu que a empresa fizesse ajustes na comunicação de seus produtos.

Outro caso emblemático envolveu a marca de produtos de beleza Dove, que lançou uma campanha publicitária que gerou polêmica por retratar mulheres negras com pele mais clara após a utilização do produto. O CONAR determinou a suspensão da campanha e exigiu que a empresa realizasse ajustes em sua comunicação, evitando estereótipos e preconceitos.

O CONAR também tem atuado no combate às fake news e às práticas publicitárias enganosas na internet. Em 2020, o órgão determinou a suspensão de uma campanha publicitária de um site de apostas esportivas que usava a imagem do jogador Neymar Jr. sem autorização e apresentava informações enganosas sobre os valores das apostas.

Assim, o CONAR é uma importante instituição para a regulamentação da publicidade no Brasil, buscando garantir a ética na comunicação e proteger os interesses dos consumidores e da concorrência leal. Suas ações têm ajudado a evitar abusos e excessos na atividade publicitária, contribuindo para um mercado mais transparente e responsável.

Além dos casos mencionados anteriormente, o CONAR já tomou diversas outras ações ao longo de sua história, buscando garantir a ética na publicidade brasileira.

Um exemplo é o caso da campanha publicitária do leite Ninho, que apresentava a imagem de um bebê com um olhar triste e uma frase que sugeria que a falta de consumo do produto poderia causar desnutrição infantil. Após receber diversas denúncias de entidades de defesa do consumidor, o CONAR determinou a suspensão da campanha e exigiu que a empresa alterasse a comunicação de seus produtos.

Outro caso que gerou polêmica foi o da campanha publicitária da marca de cervejas Skol, que apresentava o slogan "Esqueci o Não em Casa" e sugeria a ideia de que mulheres que bebem são mais fáceis de serem seduzidas pelos homens. O CONAR determinou a suspensão da campanha e exigiu que a empresa fizesse ajustes em sua comunicação, evitando estereótipos e preconceitos.

O CONAR também atuou no combate à publicidade de cigarros, que foi proibida no Brasil em 2000. Em 2016, o órgão determinou a suspensão de uma campanha publicitária da marca de cigarros Lucky Strike, que apresentava imagens e frases que poderiam incentivar o consumo do produto, mesmo de forma subliminar.

Além disso, o CONAR também tem atuado no combate à publicidade infantil, exigindo que as empresas respeitem as regras estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor e evitem práticas que possam prejudicar a formação de valores e hábitos das crianças.

O CONAR tem atuado de forma proativa para garantir a ética na publicidade brasileira, exigindo que as empresas respeitem os princípios de transparência, responsabilidade social e respeito ao consumidor. Suas decisões têm sido amplamente divulgadas pelos meios de comunicação e têm contribuído para um mercado mais ético e responsável.