Primeiros Passos no Atendimento
Psicológico Dentro do Hospital
Por Susana Alamy
2010
Ao chegar ao hospital pela primeira vez o estagiário ou psicólogo não sabe por onde começar. Sente-se perdido, não compreende a terminologia técnica do vocabulário utilizado. Os pacientes são muito diferentes daqueles vistos em psicologia clínica e são em número muito maior, reunidos em um mesmo espaço físico. A supervisão é uma demanda urgente, bem como conhecimentos técnicos-científicos.
A experiência em lidar com estagiários mostra que o primeiro contato em psicologia hospitalar deve ser feito com livros e cursos. Já dentro do hospital, o estagiário ou profissional deve ser apresentado aos funcionários e médicos, aos locais físicos em que irá trabalhar. Deve nos primeiros dias observar os doentes, seus familiares e a atuação das pessoas, familiarizando-se com o ambiente de trabalho.
É recomendado que se faça um anteprojeto de trabalho, com a proposta inicial da sua atuação, com levantamento de bibliografia e especificação do tipo de doença do paciente a ser atendido.
Uma visão global dos pressupostos da psicologia hospitalar ajudam o estagiário/profissional a se posicionar. Ele deve ser paciente em suas observações, tornando mais criterioso o seu modo de seleção dos atendimentos.
Deve informar-se, de modo geral, sobre:
Diagnóstico
Prognóstico
Propedêutica
Grau de risco de vida
Tempo de internação (até o momento do início do atendimento e a previsão do tempo total)
Cuidados especiais com determinado doente
Por exemplo: Um paciente renal crônico em hemodiálise apresentará características muito distintas de um paciente neurológico.
Traçar as primeiras impressões do paciente visitado e da área de atendimento, poderá ajudá-lo a fazer um diagnóstico situacional e a partir de então dar-lhe a idéia das primeiras ferramentas de trabalho a serem utilizadas.
1. Estabelecimento da forma de atendimento:
O doente deverá ser encaminhado pelo médico?
Pela enfermagem?
Deverá o psicólogo abordar aquele que ele julgar necessitado de acompanhamento psicológico?
Deverá atender a todos ou só aos encaminhados?
2. Estabelecimento do tempo de duração do processo terapêutico:
Do início do atendimento até a alta hospitalar e/ou alta da psicologia?
Determinado número de sessões para trabalhar os sintomas-foco?
3. Critério de atendimento - técnica a ser utilizada:
Ludoterapia?
Arteterapia?
Psicodrama?
Terapia individual?
Terapia em grupo?
O hábito de fazer relatório dos seus atendimentos é muito útil. Através destes se tem feed-back dos atendimentos, além de possibilitar estudos estatísticos futuros. Os relatórios nos possibilitam reestudar um caso e observar as falhas e os sucessos do atendimento. Devem ser feitos do modo mais completo possível, porém sem serem prolixos e floreados de inutilidade. Devem ser técnicos, com vocabulário próprio, sem coloquialismos.
O estudo teórico sempre acompanha os atendimentos e os relatórios. Sem teoria o atendimento ao doente poderia ser realizado por qualquer pessoa disposta a ajudar. A diferença se faz em conhecimentos, responsabilidade nas intervenções e na resolução dos conflitos inconscientes.
Copyright Ó Susana Alamy. Todos os direitos reservados. Este texto é protegido por leis de Direitos Autorais (copyright) e Tratados Internacionais. É proibida a sua reprodução em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita de Susana Alamy, detentora do Copyright.
Susana Alamy é Psicóloga Clínica e Hospitalar. Coordenadora de Cursos de Psicologia Hospitalar. Coordenadora e Supervisora de Estágios em Psicologia Clínica e Hospitalar. E-mail para contato: susanaalamy@uol.com.br
Por Susana Alamy
2010
Ao chegar ao hospital pela primeira vez o estagiário ou psicólogo não sabe por onde começar. Sente-se perdido, não compreende a terminologia técnica do vocabulário utilizado. Os pacientes são muito diferentes daqueles vistos em psicologia clínica e são em número muito maior, reunidos em um mesmo espaço físico. A supervisão é uma demanda urgente, bem como conhecimentos técnicos-científicos.
A experiência em lidar com estagiários mostra que o primeiro contato em psicologia hospitalar deve ser feito com livros e cursos. Já dentro do hospital, o estagiário ou profissional deve ser apresentado aos funcionários e médicos, aos locais físicos em que irá trabalhar. Deve nos primeiros dias observar os doentes, seus familiares e a atuação das pessoas, familiarizando-se com o ambiente de trabalho.
É recomendado que se faça um anteprojeto de trabalho, com a proposta inicial da sua atuação, com levantamento de bibliografia e especificação do tipo de doença do paciente a ser atendido.
Uma visão global dos pressupostos da psicologia hospitalar ajudam o estagiário/profissional a se posicionar. Ele deve ser paciente em suas observações, tornando mais criterioso o seu modo de seleção dos atendimentos.
Deve informar-se, de modo geral, sobre:
Diagnóstico
Prognóstico
Propedêutica
Grau de risco de vida
Tempo de internação (até o momento do início do atendimento e a previsão do tempo total)
Cuidados especiais com determinado doente
Por exemplo: Um paciente renal crônico em hemodiálise apresentará características muito distintas de um paciente neurológico.
Traçar as primeiras impressões do paciente visitado e da área de atendimento, poderá ajudá-lo a fazer um diagnóstico situacional e a partir de então dar-lhe a idéia das primeiras ferramentas de trabalho a serem utilizadas.
1. Estabelecimento da forma de atendimento:
O doente deverá ser encaminhado pelo médico?
Pela enfermagem?
Deverá o psicólogo abordar aquele que ele julgar necessitado de acompanhamento psicológico?
Deverá atender a todos ou só aos encaminhados?
2. Estabelecimento do tempo de duração do processo terapêutico:
Do início do atendimento até a alta hospitalar e/ou alta da psicologia?
Determinado número de sessões para trabalhar os sintomas-foco?
3. Critério de atendimento - técnica a ser utilizada:
Ludoterapia?
Arteterapia?
Psicodrama?
Terapia individual?
Terapia em grupo?
O hábito de fazer relatório dos seus atendimentos é muito útil. Através destes se tem feed-back dos atendimentos, além de possibilitar estudos estatísticos futuros. Os relatórios nos possibilitam reestudar um caso e observar as falhas e os sucessos do atendimento. Devem ser feitos do modo mais completo possível, porém sem serem prolixos e floreados de inutilidade. Devem ser técnicos, com vocabulário próprio, sem coloquialismos.
O estudo teórico sempre acompanha os atendimentos e os relatórios. Sem teoria o atendimento ao doente poderia ser realizado por qualquer pessoa disposta a ajudar. A diferença se faz em conhecimentos, responsabilidade nas intervenções e na resolução dos conflitos inconscientes.
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Susana Alamy é Psicóloga Clínica e Hospitalar. Coordenadora de Cursos de Psicologia Hospitalar. Coordenadora e Supervisora de Estágios em Psicologia Clínica e Hospitalar. E-mail para contato: susanaalamy@uol.com.br