“Românticos Anônimos”, o filme, a vida. E você é um Hipersensível?
Por Silvia Malamud
22/08/2011

Talvez tenhamos que nos falar com algum grau de intimismo. Quando você entra em um ambiente onde as pessoas não estão bem costuma ficar mal, experimentando sensação desagradável que lhe impregna por período de tempo excessivo? Um simples comercial de televisão lhe provoca choro? Costuma sentir dentro de si sensações semelhantes a do outro? Facilmente se comove com a dor alheia? Grandes catástrofes e desgraças lhe afetam além daquilo entendido como normal? Se a maioria ou todas respostas forem positivas, então você faz parte dos seres humanos Hipersensíveis.

O que se pode entender sobre essas pessoas? Até que ponto é bom e saudável ser desta maneira e até onde os sensíveis demais podem prejudicar a si mesmos. Como agir ao se identificar como hipersensível? Como ajudar pessoas nesse padrão de funcionamento?

Certamente não é simples nem fácil viver quando, praticamente, todas as vivencias são filtradas de dentro para fora, de fora para dentro e mesmo de dentro para dentro, por meio de lentes de aumento altamente potentes, muitas vezes simulando caleidoscópio de emoções e sensações que, literalmente, tiram a pessoa do seu eixo. Entretanto, existe riqueza neste tipo de personalidade onde ocorrem percepções ampliadas e detalhadas de subtítulos do todo manifesto.

Situações comuns passando despercebidamente na maioria das pessoas são alta e totalmente identificadas por esses tipos psicológicos. Neste padrão de encontro com a realidade não há espaço para devaneios ou distorções perceptivas que poderiam facilmente se encaixariam, caracterizando, assim, alguma patologia emocional de maior relevância.

Esse estilo de personalidade, assim como todos os outros tem, simultaneamente, tudo de bom e de ruim quando em desestabilização. Explicando melhor: Percebem e sentem o amor e o afeto em distintas intensidades e, dependendo do modo como os executadores se exteriorizam, os hipersensíveis percebem com total clareza os coloridos, os tons e as matizes emocionais emanadas. Podem ficar totalmente transtornados quando percebem que estão sendo camuflada ou declaradamente rejeitados ou mesmo criticados. Em fim, tudo os afeta. Também ficam super emotivos quando estão amando ou se sentem amados, por exemplo.

Se não formos alguém hipersensível, com certeza estaremos cercados por algum. As pesquisas mostram que 20% da população o é.

Existe um provérbio americano que diz: Os hipersensíveis têm “pele fina”. Costumam ser permeáveis demais, em meio a um sistema nervoso também, deveras permeável.

Algumas pessoas hipersensíveis podem buscar alivio no álcool e nas drogas em geral, no sentido de anestesiarem o excesso de percepção e dor causado pelo alto nível de sensibilidade. Muitos entram em depressão. Pessoas adoecidas com hipersensibilidade podem mudar o temperamento do bem estar para o oposto em fração de segundos. Pior é que o mal estar pode perdurar dias até que a pessoa volte a ter estabilidade emocional sentindo-se resgatada em si mesma.

Mudanças de humor podem ocorrer nos hipersensíveis quando entram em contato com doentes ou com intenso sofrimento, por exemplo. A vida pessoal minutos antes colorida, de forma drastica pode se transformar em cinzas.

Pensamentos e sentimentos sobre extensão do sofrimento do outro, sobre a banalização de assuntos importantes os toma, de modo avassalador, profundo e intenso.

O excesso de empatia se transforma em doença da “alma” nos hipersensíveis.

Em geral são pessoas introvertidas e as relações humanas, seja de que ordem forem, sempre causam grande impacto sobre eles mesmos. Por isso necessitam de tempo pessoal maior do que a maioria das pessoas para se processarem suas experiencias.

Dentre os hipersensíveis, existem também aqueles extrovertidos, facilmente contaminados pelo bom clima do outro. Parecem estar focados nisso, com especial predisposição, facilmente contaminados pelo bom clima do outro. Aparentam estar focados nisso, com tal predisposição. Notem que esse tipo de personalidade não guarda relação com o conhecido transtorno bipolar onde os estados de humor se alternam entre mania, eu foria e a tristeza maior, depressão. Também não há comparação entre distimias ou estados depressivos. Estamos falando das pessoas hipersensíveis e de como o mundo externo pode afetar-lhes. Esta é uma configuração, um fato em si, seu normal e o adoecimento quando exacerbado transforma-se em complicação na vida das pessoas sensíveis demais.

Aqui há a sempre excelente dica de se fazer terapia. É bom ter alguém de confiança para acompanhar e nos ajudar em nossas passagens, dificuldades e êxitos. Existem dicas pessoais para lidar com o dia a dia e, principalmente, para reprocessar conteúdos que geram tensão e ansiedade em relações afetivas, sejam elas de que ordem forem... Hipersensíveis , exatamente pelo excesso de sensibilidade, alem de todo o exposto, possuem dificuldade maior em q uestões mais pessoais de afeto, amor e carinho.

Tem um filme Frances que esta vindo por ai e aborda este assunto...Chama-se “Românticos Anônimos”. Ainda não o vi, mas acabei de conversar com um amigo que reside na Alemanha e comentando sobre este tema, surpreso ele me conta sobre o filme...Será isso Hipersensibilidade Quântica e me levou a decidir abordar este tema justo agora...? A moça hipersensível do filme participa de um grupo de anônimos hipersensíveis e quando chega sua vez de falar de si mesma desmaia de tão hipersensível que é. A hipersensibilidade pode atrapalhar os sentimentos românticos, bloqueando a expressão e dificultando sobremaneira os relacionamentos amorosos.

Os românticos anônimos não acreditam em acaso, mas sim, na sincronia dos fatos e acontecimentos na vida das pessoas e na humanidade como um todo.

A própria vida e os eventos sincrônicos nos aproximam das pessoas e dos acontecimentos e isso, às vezes, pode assustar. Por conseqüência, como reação emocional de defesa, as pessoas podem se tornar frias, rasas e vazias agindo como verdadeiros autômatos. Supostamente protegidos, porém, pagando o preço da insensibilidade crônica, que gera a normopatia. Mesmo os hipersensíveis, muitas vezes promovem distanciamentos e isolamentos, mesmo fisicamente próximos, muitas vezes convivem em mundos distantes, numa distancia imposta pela própria hipersensibilidade.

Penso que em algum lugar de nós mesmos, todos somos hipersensíveis. Uma musica especial pode fazer disparar lagrimas, uma poesia idem, etc.

Pessoas hipersensíveis quando usam, de modo inteligente seus atributos, podem chegar as alturas de todas as sensibilidades, inclusive auxiliandomuito o outro na ativação do sentir. Quando pessoas fortalecidas entram de modo saudável e sempre intenso na paixão, fica como exemplo. Quando o hipersensível esta em equilíbrio e bem resolvido internamente pode usufruir, em máxima potencia o seu melhor, ou seja, seu senso diferenciado de existir. Silvia Malamud é Psicóloga e atua em seu consultório em São Paulo. Tel. (11) 9938.3142 - deixar recado. Autora do Livro: Projeto Secreto Universos. Email: silvimak@gmail.com