O Homem, Planeta e a Vida
Por Ivan Postigo
23/01/2011
Nosso planeta é o brinquedo da criança grande.
Com os recursos naturais ela cria utilidades e diversões.
Repetindo seu comportamento desleixado, quando deixava o quarto uma
bagunça, agora deixa o que a cerca!
Quebrava seus brinquedos e papai e mamãe consertavam. Hoje, seu maior
brinquedo, a terra, não tem quem cuide, a não ser ela mesma.
Criança abandona o brinquedo velho e pega o novo, descartando aquele que
não quer mais. Ora, e a terra?
Fontes de água estão secando, reservas vêm sendo contaminadas, animais
estão em extinção, abelhas desaparecem sem explicação, a falta de pressa
e o desinteresse geral faz com que negligenciemos e desconheçamos uma
imensa ilha de plástico, no meio do pacífico, a 1600 quilômetros da
Califórnia.
Essa ilha, formada por lixo, principalmente do Japão e EUA, desde 1950,
tem o dobro do tamanho da Grã-Bretanha ou a soma das áreas de São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.
As vítimas visíveis são as aves e os peixes e as pouco visíveis todos
nós!
Não só nos alimentamos de peixes contaminados por resíduos químicos,
absorvidos pelo lixo plástico que age como esponja, como a absorção de
CO2 e a fotossíntese estão prejudicados, pois os corais estão morrendo
pela plastificação dos oceanos.
Não vamos entrar nesses detalhes, o assunto é extenso, mas vale a pena,
quando tiver oportunidade, entrar na internet entender um pouco porque
isso ocorre e começar a colocar o lixo no lixo.
Se duas potências estão emporcalhando os oceanos e cientistas sabem
disso porque ninguém faz nada?
Ora, quando vemos enchentes nas nossas cidades, logo após o desastre os
rios e córregos não ficam cheios de móveis que foram danificados pelas
águas?
Não muda muito não é?
São as crianças grandes descartando seus brinquedos quebrados,
infelizmente estes não têm papai e mamãe para recolhê-los!
Como o homem com esse comportamento tão negligente consegue criar
artefatos fantásticos?
Por que age na crise.
Faltam alimentos, cria a conserva, precisa pescar, inventa o anzol e
rede, tem que se locomover, desenvolve os veículos, sente necessidade de
se desafiar e ir em busca do desconhecido, vai ao espaço.
O homem é capaz de sujar marte e não limpar a terra, afinal a crise é
chegar lá e não permanecer sadio aqui!
Seria este o modelo de gestão dos próprios negócios?
Sem a menor dúvida!
Os melhores controles estão nas empresas que passaram por crises.
Estas não precisam ser esperadas, podem ser provocadas.
Como se provoca uma crise?
Simples, seguindo o modelo de prevenção de avalanches.
Ao observar pontos críticos os especialistas lançam bombas provocando
pequenos deslizamentos, prevenindo um desastre maior.
Essa técnica é fantástica para as empresas.
Ao provocar a crise o homem coloca a inteligência a serviço da solução.
Sabendo que o processo é tão simples porque a técnica não é amplamente
aplicada?
Ora, se o homem age por crise e esta gera desconforto, por que criaria
uma?
Sempre que a dúvida com relação ao futuro gerar crise, ele agirá.
Quando tiver que desenvolver um plano de contingência, além da prevenção
que já observou, a melhor pergunta a fazer é: Onde posso gerar crise?
Ficará fascinado com o que descobrirá!
Ta, mas e o planeta?
Impermeável!
Ivan Postigo é Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em
controladoria pela USP. Autor do livro: Por que não? Técnicas para
estruturação de carreira na área de vendas e diretor da Postigo
Consultoria de Gestão Empresarial - Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645
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